Momentos-chave
- “Sem um CDS forte", PSD poderá transformar-se "no partido da toranja: laranja por fora, vermelho por dentro", diz líder centrista
- Antigo dirigente do CDS, Adolfo Mesquita Nunes, declara apoio à iniciativa Liberal: "Merece o meu voto de confiança"
- Costa aproveita pandemia. "Se não foi o diabo e o vírus que nos derrotaram também não vai ser a oposição"
- "Onde estava o diálogo quando era preciso?", questiona Inês Sousa Real sobre PCP e Bloco de Esquerda
- 13.118 pessoas votam a partir de amanhã em confinamento e em lares
- A palavra "bandidos" volta à campanha, com o Chega a prometer "mais autoridade" e 300 euros de subsídio de risco
- Rio diz que frases de Costa sobre gado foram deselegantes e lamenta: "Baixa o nível quando diz que estou refém da extrema-direita"
- João Oliveira diz que Marcelo terá que "respeitar o resultado que decorra dos votos"
- Lesados do BES na campanha do Chega. Ventura sugere usar bens arrestados a Salgado e Rendeiro para "pagar" a estas pessoas
- Rui Tavares defende uma Península Ibérica livre do risco de nuclear
- “António Costa cheira a Fernando Medina, cheira a derrota do PS no país”, diz líder do CDS
- "Entre o Zé Albino e o dr. Rui Rui eu hesito". Bichos à parte, Costa admite "aflição que melhora com otimismo"
- Rui Rio aconselha Costa a estar mais vezes "calado" e dá exemplo do gato Zé Albino
- Cotrim responde à CDU sobre habitação: "Nos países comunistas é que não se resolveu problema nenhum"
- Rui Tavares e o meio ponto que pode fazer a diferença
- Costa responde a convite de Catarina Martins: "Nunca recusei qualquer conversa com o BE"
- Livre vai pedir reuniões a todos os partidos à esquerda a 31 de janeiro
- CDS recusa acordos parlamentares com o Chega, mas espera que Ventura viabilize "solução alternativa" PSD/CDS
- Líder do CDS não quer participar no novo reality show "Quem quer casar com António Costa?"
- CDS volta à carga contra "elefante na sala", o bloco central: "O PSD foi mais colaboração do que oposição"
- Rio ironiza e desvaloriza sondagem que dá vitória a Costa no debate entre os dois
Histórico de atualizações
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Boa noite,
hoje os políticos terminaram as ações e o dia mais cedo e, por isso, os jornalistas do Observador também. Aproveitamos a exceção para fechar este Liveblog antes da 01h00.
Mas não terá tempo para sentir falta da cobertura das legislativas, que regressa já daqui a umas horas, quando faltarem pouco mais de quatro dias para o fim da campanha.
Obrigado por nos ter acompanhado.
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Rio volta a superar Costa em nova sondagem, mas esquerda consegue maioria
Numa sondagem da Aximage para o DN, JN e TSF, o PSD (34,4%) ultrapassa o PS (33,8%). Chega é a terceira força política, seguido de BE e CDU. IL tomba e é superado pelo PAN. Esquerda consegue maioria.
Rio volta a superar Costa em nova sondagem, mas esquerda consegue maioria
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“Sem um CDS forte", PSD poderá transformar-se "no partido da toranja: laranja por fora, vermelho por dentro", diz líder centrista
Pela terceira vez esta segunda-feira, Francisco Rodrigues dos Santos voltou a criticar a ideia de um eventual bloco central após as eleições de dia 30. Desta vez, usou uma analogia: “Sem um CDS forte, o PSD poderá deixar de ser o partido da laranja para se transformar no partido da toranja: laranja por fora, mas vermelho por dentro”, ao juntar-se a António Costa, disse, num jantar-comício em Viseu.
Sobre as sondagens, Francisco Rodrigues dos Santos diz acreditar que a “família do CDS” vai dar um “cartão vermelho” às empresas de estudos de opinião.
O líder do CDS também fez alusão às notícias de que tem feito campanha em sítios vazios — aconteceu esta segunda-feira, no mercado da Guarda e nas ruas da cidade. Rodrigues dos Santos disse que isso acontece devido ao despovoamento do interior. “Aproveito as eleições legislativas para levar este bocadinho de Portugal para que os senhores que vivem nos meios urbanos percebam como o estado em que anos e anos de governação socialista conduziram à desertificação”, apontou.
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Antigo dirigente do CDS, Adolfo Mesquita Nunes, declara apoio à iniciativa Liberal: "Merece o meu voto de confiança"
O antigo dirigente e antigo candidato à presidência do CDS, Adolfo Mesquita Nunes, anunciou esta segunda-feira na SIC que apoia a Iniciativa Liberal nestas eleições: “Não precisamos apenas de mudar de Governo, precisamos de mudar de modelo de desenvolvimento. Andamos desde 1995 a seguir o modelo socialista de desenvolvimento. Precisamos mesmo de fazer reformas sob pena de não darmos oportunidades às pessoas”.
Nos últimos dois anos, e acho que se reforça isso nesta campanha eleitoral, este espaço do reformismo sensato foi ocupado pela Iniciativa Liberal”, apontou Mesquita Nunes.
O antigo dirigente apontou que é a IL que tem posto no centro da agenda política “os instrumentos de criação de riqueza”, necessários “para podermos depois discutir todos a distribuição de riqueza”.
Adolfo Mesquita Nunes acrescentou ainda: “Acho que nestas eleições merece o meu voto de confiança. Se concordo com tudo o que dizem? Não”
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Costa aproveita pandemia. "Se não foi o diabo e o vírus que nos derrotaram também não vai ser a oposição"
Não que a pandemia nunca tenha sido referida pelo líder socialista nesta campanha — aparece em todos os discursos com a promessa de “virar de página” — mas esta noite, em Vila Real, António Costa usou o seu capital na gestão da mesma para convencer eleitores.
Falou na pandemia mais do que noutro comício qualquer, justificando por que razão não fez “tudo bem”: “Lamento, nunca li um manual de como se governa em tempo de pandemia, mas aprendi que em tempo de pandemia se governa unindo um país, mobilizando coletivamente o país dirigindo-me a todos”.
Mas tinha mais para dizer do que aproveitar esse momento a seu favor, entrou pelos dois últimos anos como governante para dizer que foi quando estava “a combater a pandemia e já tínhamos um vírus que dava muito trabalho. Quando tínhamos finalmente conquistado os recurso necessário para responder à feridas da crise e ter a oportunidade única de o país dar o salto em frente, resolveram criar uma crise política”.
Estava feita a cama para a frase que trazia para usar em Vila Real esta noite, que junta não só o ataque a Passos Coelho (que tem passado os últimos dias a trazer à memória para dizer que Rio tem a mesma agenda), como também fala na Covid-19. “Se não foi o diabo e vírus que nos derrotaram também não vai ser a oposição”, afirmou Costa arrancando um aplauso aos socialistas que encheram o Teatro Municipal de Vila Real.
Para os outros oradores da noite ficaram as críticas mais intensas a Rio, com Rui Santos, líder da distrital, a afirmar que o país “não tem absolutamente nada, nada, nada a agradecer a Passos Coelho”. Lembrou como o anterior primeiro-ministro “mandou os portugueses emigar” — um argumento também usado por Costa sempre que passa pelo interior –, reconhecendo, no entanto, uma diferença de Passos para Rui Rio. “Nem Pedro Passos Coelho teve a ousadia de se unir à extrema direita, aos que defendem o anterior regime, de Salazar, e a quem o PSD de Rui Rio se uniu nos Açores”.
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Maioria absoluta na gaveta. Costa agora "chocalha" todos os partidos (menos o Chega)
Em Podence, a metros de um mural de Guterres, Costa escancarou portas a todos os partidos. Nem a vitória está garantida, quanto mais a maioria… que desapareceu do discurso do líder.
Maioria absoluta na gaveta. Costa agora “chocalha” todos os partidos (menos o Chega)
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Bloco quer manter deputados em Aveiro para "fechar porta" ao Chega. Catarina apela ao voto das mulheres, "a linha da frente do país"
Moisés Ferreira, dirigente e deputado do Bloco por Aveiro, frisa as razões pelas quais o Bloco precisa mesmo de eleger ali — mais um caso em que a disputa direta deverá ser com o Chega. “Sabemos porque é que Ventura e a extrema-direita têm medo do Bloco. Não passará. Eleger deputados do Bloco em Aveiro significa que o Chega não elege em Aveiro, fica à porta”. E dá mais duas razões para votar Bloco: por um lado, “a força do Bloco é que garantirá que Rio não terá poder neste país, nem no Governo nem por via do bloco central”; por outro, e dando por certo que não haverá maiorias absolutas, “vai ser a terceira força que vai decidir muito do que vai ser o programa a aplicar ao país e condicionar o futuro” — e o Bloco quer ficar nessa posição.
Também Catarina Martins começa por argumentar que o voto no Bloco tem três vantagens — “é o único que dá a absoluta garantia de derrotar a extrema-direita, vencer a direita e garantir o dia seguinte” — e frisa a importância de conquistar votos em Aveiro — “o BE aqui é a esquerda que elege e faz toda a diferença”. Ainda lança uma farpa a António Costa, por ter dito que terá abertura para negociar com todos os partidos: “A ambiguidade do PS diz-nos poucos sobre o caminho que quer para o país. Nós gostamos de compromissos claros”.
Passa, depois, para o tema principal do seu discurso: as mulheres, a quem dirige diretamente um apelo ao voto. As mulheres, vai explicando, “são a maioria no SNS”, como nas escolas, como são a maioria das trabalhadoras de limpeza e cuidadores informais, além de terem a maior parte do trabalho doméstico. São, por isso, “a linha da frente do país” e fazem-no “sempre com uma carga maior do que os homens e é preciso dizê-lo”. “Nunca falharam ao país mas o Governo esqueceu-as”, defende, dando o exemplo das 2100 grávidas que perderam o emprego durante a pandemia ou da verba para cuidadores informais que ficou na gaveta.
“Recusamos violência e assédio, dizemos que queremos respeito. Sabemos que vivemos num país desigual, mas o voto de uma mulher vale exatamente o de um homem”, diz, levantando a sala. “Faço um apelo a todas as mulheres deste país: do salário, pensão, liberdade. O voto das mulheres vai fazer a diferença nestas eleições”.
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Inês Sousa Real agitou as águas à esquerda, com críticas a PCP e Bloco, e lembrou (outra vez) "Zé Albino" e a "coelha Acácia"
Surgindo pela primeira vez na campanha junto da cabeça de lista pelo Porto, Sousa Real sabe que é o tudo ou nada. Subiu tom as acusações à esquerda e lembrou animais dos candidatos de direita.
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Renata Cambra. Cabeça de lista do MAS em Lisboa contra os "grilhões" das propinas
O MAS alertou para o “peso do valor das propinas” para os estudantes: “Todos os anos há muita gente que não acede ao ensino superior”, disse Renata Cambra.
Renata Cambra. Cabeça de lista do MAS em Lisboa contra os “grilhões” das propinas
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No "Isto É Gozar Com Quem Trabalha", Cotrim mostra o comprimido azul: quer ser "o Viagra do PSD"
O candidato da Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo, está esta segunda-feira no programa “Isto É Gozar Com Quem Trabalha”, da SIC, e aproveitou para fazer um número humorístico.
Arranja alguém que olhe para
ti como o Cotrim olha para o Viagra pic.twitter.com/FLrPko0ghA— Bilbia mt engarsada (@BilbiaOfissial) January 24, 2022
Em conversa com Ricardo Araújo Pereira, o candidato notou que o PSD “perdeu ímpeto reformista, anda mortiço, anda murcho” e aproveitou para mostrar um comprimido azul: “Eu queria ser isto para o PSD, queria ser o Viagra do PSD”.
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Luís Fazenda avisa: "O que é que é isso de conversar com todos? É mais ou menos um caminho para encontrar negociação com o PSD"
Em Santa Maria da Feira, em mais um comício noturno, o Bloco de Esquerda conta pela primeira vez com um fundador no palco. Luís Fazenda entra em cena para fazer sérios avisos sobre a estratégia do PS e os perigos do bloco central: “O que é que é isso de conversar com todos? Queremos encontrar formas de entendimento. Essa ideia do falamos com todos mais ou menos é mais ou menos coisa alguma. É mais ou menos um caminho para encontrar negociação com o PSD e vai ter uma fatura”.
Para Fazenda, esses entendimentos possíveis com o PSD, anunciados com a fórmula de “governar à Guterres” — “afastado o delírio da maioria absoluta” — representam perigos sérios: se governar à Guterres “mereceu do próprio o classificativo de pântano” e “era um negócio, não era política”, o bloco central informal será ainda mais perigoso. “PS e PSD criaram toda uma carreira de privatizações, fizeram sucessivas revisões constitucionais e descaracterizações do regime saído do 25 de Abril para tentar impedir uma expressão plural da participação democrática”.
“Será que é desta vez que vão mudar leis eleitorais? Vão mudar a substância do regime político? Há tantos anos que tentam. Não têm conseguido por causa da força dos partidos mais pequenos, para mais facilmente conseguirem maiorias absolutas, ganharem na secretaria o que não ganham na inteligência dos portugueses”. Os exemplos já andam aí, avisa: nos acordos PS/PSD sobre as CCDR, o fim dos debates quinzenais, etc. “Estamos a lutar contra descaracterização do regime político, pelos direitos constitucionalmente adquiridos. As propostas de revisão do PSD… não é ali há gato, aquilo é um gatil!”. É mais uma referência ao famigerado gato de Rui Rio, Zé Albino, que tem sido tema de campanha e já chegou à do Bloco.
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Mais um João na CDU e este arrecada o prémio de deputado da legislatura. CDU em Beja para falar de "soberania alimentar"
João Dias volta a ser cabeça de lista por Beja e a decisão não foi difícil de tomar. É o próprio que reconhece, orgulhoso, que o trabalho que desempenhou na Assembleia da República foi de qualidade. Pelo menos quando comparado com os deputados socialistas eleitos pelo mesmo círculo.
“Um deputado do PCP trabalhou mais que os dois do PS que foram lá para resolver a sua vida”, disse João Dias perante um auditório bem cheio para o comício desta segunda-feira.
Logo depois, havia de ser João Oliveira a constatá-lo novamente: “O João disse aqui que um deputado da CDU vale mais que dois do PS. O João Dias tem um trabalho ímpar, não temos medo de comparar com nenhum outro deputado, não encontramos trabalho mais empenhado”.
Mas não era só para falar de trabalho parlamentar que a CDU ali estava. O dia foi dedicado às questões da exploração intensiva dos terrenos no Alentejo e era impossível não falar de Odemira.
Reclamam os comunistas que o mote da campanha “ao teu lado todos os dias” também lhes permitiu “descobrir” o que se passava em Odemira e sinalizá-lo várias vezes “antes que o país tivesse acordado para o sobressalto Odemira”.
“No ano passado o país acordou em sobressalto porque descobriram Odemira. É bom lembrar que mais que um deputado da CDU foi fazendo essa denúncia, foi confrontando as entidades e estruturas do Estado que tinham de intervir”, disse e atirou as críticas: “ninguém quis saber do que nós andávamos a dizer”.
Aproveitando a cobertura mediática da campanha eleitoral, a passagem por Beja serviu também para deixar críticas ao “Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva” e à falta de requisitos para a exploração. No entender dos comunistas, os projetos deviam ser aprovados mediante determinadas condições, nomeadamente ao nível da diversificação de culturas “adaptadas ao tipo de solo” e sem que “comprometam a bioversidade”.
Com olival e amendoal a perder de vista, algum do olival a passar inclusivamente de intensivo para superintensivo, a CDU alertou para os perigos que o tipo de exploração traz ao ecossistema. Querem os comunistas que Portugal se torne soberano ao nível alimentar, com uma produção nacional diversificada em todas as áreas.
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Sondagem. PS distancia-se do PSD e está a quase quatro pontos de distância
A sondagem diária publicada pela CNN Portugal mostra novamente, tal como o registado ontem, uma subida do PS, que consegue 35,3% das intenções de voto. Já o PSD cai e angaria 31,4%, aumentando a desvantagem para os socialistas para 3,9 pontos percentuais.
Face à sondagem do dia anterior, o PS sobe 1,2 pontos percentuais, ao passo que o PSD desce 2,1 pontos percentuais. Ainda assim, é considerado um empate técnico, uma vez que a diferença está dentro do intervalo de confiança de cada partido.
Ainda segundo a tracking poll, o Chega é a terceira força política (6,9%), seguindo-se o BE (6,1%) e a CDU (4,9%). A Iniciativa Liberal cai para os 4,7%, sendo que, há dois dias, estava empatada com o partido liderado por André Ventura.
A grande surpresa da sondagem de hoje é o CDS, que consegue 1,8% dos votos (sobe dos 0,8%) e empata com o PAN. O Livre cai e está com 0,8% das intenções de voto.
Se se tiver em consideração este cenário, a esquerda mantém a preponderância (48,9%) sob a direita (44,8%). Há ainda 6,5% de votos em branco/nulo, que podem alterar a dinâmica dos dois blocos.
Realizada entre 20 a 23 de janeiro de 2022, o inquérito contou 152 inquiridos, sendo que o “apuramento dos 4 últimos dias de trabalho de campo, implica uma amostra de 608 indivíduos”.
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"Onde estava o diálogo quando era preciso?", questiona Inês Sousa Real sobre PCP e Bloco de Esquerda
Já fala a porta-voz do PAN, no Porto. Inês Sousa Real pede mais força na Assembleia da República: “Não queremos a Bebiana sozinha, a nossa líder parlamentar, no Parlamento”, apela.
Inês Sousa Real acusa PS e PSD de terem uma “visão conservadora” e de não terem “preocupações de futuro”.
As críticas chegam também ao partido de André Ventura. Sem mencionar nomes, a líder do PAN sublinha que “hoje temos forças políticas que odeiam pobres, que falam com desprezo” de quem recebe o Rendimento Social de Inserção.
“Temos de promover a igualdade e inclusão no nosso país e na nossa sociedade”, aponta Inês Sousa Real.
A líder do PAN atira também a quem defende a privatização do Serviço Nacional de Saúde. “Estar a defender a privatização do SNS é negar a saúde a quem dela mais precisa”, defende, afirmando que “a saúde não se resolve com cheques de saúde”.
12 minutos depois do início do discurso, Inês Sousa Real fala de Bloco de Esquerda e PCP. “Alguns rejeitaram o Orçamento do Estado”, mas agora “ouvimos essas mesmas forças políticas disponíveis para o diálogo. Onde estava o diálogo quando era preciso?”, questiona a líder do PAN, que arranca fortes aplausos da plateia.
Inês Sousa Real acusa também o PSD de “irresponsabilidade política” por querer a plantação de espécies de crescimento rápido, como eucaliptos. São “ideias estapafúrdias”, diz a líder do PAN.
A candidata lembra agora “o Zé Albino” ou a “Coelha Acácia” para defender que “a política de bem estar animal não se faz só nas redes sociais”.
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PAN "não vai faltar ao país", garante Bebiana Cunha
“Somos uma resposta genuína, comprometida e uma resposta que as pessoas sabem que não vai faltar ao país”, assegura Bebiana Cunha.
A cabeça de lista do PAN pelo distrito do Porto fala a esta hora no palaque, na apresentação da candidatura, que conta com a presença da porta-voz, Inês Sousa Real.
No seu discurso, Bebiana Cunha afirma que “os outros só vêm [ao Porto] nas eleições” e lembra prioridades do PAN para o setor da Saúde e da Educação.
A candidata defende que é preciso “reforçar o compromisso com a ligação entre a saúde humana e saúde ambiental” e lembra o estuário do Douro: “O plano de proteção deste estuário está na gaveta há 12 anos. Com o PAN, valorizaremos o nosso património natural”, garante.
Bebiana Cunha visa também os partidos da oposição: “Não basta abanar e agitar as bandeiras, como tenho assistido em tantos debates por aqui fora. Onde todos se preocupam afinal com a proteção social, ambiental e animal. Mas depois nós sabemos como é que votam as propostas do PAN”.
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13.118 pessoas votam a partir de amanhã em confinamento e em lares
Entre hoje e amanhã, um total de 13.118 de pessoas vão votar antecipadamente em confinamento e em lares, informou a Administração Eleitoral (AE) da Secretaria Geral do Ministério da Administração Interna ao Observador.
Dessas 13.118 pessoas, 12.721 são cidadãos internados em estruturas residenciais, enquanto 397 inscreveram-se através da modalidade de voto antecipado em confinamento. A partir de amanhã, equipas das Câmaras Municipais vão começar a recolher os votos.
Este é um ligeiro aumento face às presidenciais de 2021, em que 12.906 cidadãos optaram por esta modalidade de voto, sendo que 4.952 estavam internados em lares.
“O Ministério da Administração Interna reforça o apelo a todos para o rigoroso cumprimento das normas de segurança sanitária durante o exercício de voto”, reforça.
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António Costa solidário com o gato Zé Albino mas critico de Rui Rio
Em Podence, António Costa visitou a Casa dos Caretos e à saída mostrou-se solidário com o Gato Zé Albino e disse esperar que Rui Rio possa ter mais tempo para estar em casa depois das eleições.
[Ouça aqui a reportagem da Rádio Observador]
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"António Costa é quase difamatório. É politiqueiro, pode funcionar, mas não é sério. Não quero enganar as pessoas"
Ainda em Évora, na última ação de campanha do dia, mais uma sessão de esclarecimento para militantes e simpatizantes, desta vez dedicada ao tema da Agricultura, Rui Rio voltou a defender-se das acusações de António Costa, que tem insistido na ideia de que o PSD é contra o aumento do salário mínimo nacional.
“É fácil vender que somos contra o salário mínimo. Mas isso é mentira, quase difamatório. Quem é que consegue viver aceitavelmente viver com 700 e 800 euros? É politiqueiro, pode funcionar, mas não é sério. Mesmo em campanha eleitoral, não quero enganar as pessoas. Aumentar os salários é um objetivo central”, atirou Rio.
“Queremos subir os salários, mas temos de ser capazes de produzir mais riqueza. O problema não é trabalhar mais, é trabalhar melhor. Esforço as pessoas já fazem.”
Depois de Rio, foi a vez de Arlindo Cunha, especialista do partido em Agricultura e que chegou a ser apontado por Rio, nas legislativas de 2019, como futuro ministro da Agricultura. O social-democrata revelou que o PS terá enviado uma carta aos agricultores a garantir que só alguém pouco sério poderia sugerir que os socialistas não cuidam da Agricultura.
“Significa que alguém está com medo”, disse Arlindo Cunha. “[Os agricultores] assistiram àquelas intimidades todas entre o líder do PS e a líder do PAN”, sugeriu.
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Catarina regista que Costa deixou de falar em maioria absoluta ("ainda bem, finalmente") e espera que PS vá além do "nim" à esquerda
À entrada de um encontro com profissionais da Cultura no Coliseu do Porto, Catarina Martins reage à entrevista que António Costa deu esta segunda-feira à Renascença, dizendo que estará disponível para falar com todos os partidos menos o Chega após as eleições.
“Registo que o PS deixou de falar de maioria absoluta e fala de necessidade de entendimentos. Ainda bem, e ainda bem que lhe fiz ontem o convite”, congratula-se, lembrando o convite que lançou ontem a Costa para uma reunião a 31 de janeiro, depois das eleições.
“Agora espero que seja possível, nestes dias que ainda faltam de campanha, o PS dar o outro passo, deixar o nim e ser mais claro sobre a necessidade de precisarmos de um contrato à esquerda pela Saúde e o Trabalho. Já sabem da nossa disponibilidade e vontade”.
E que garantias pode o BE oferecer ao PS de que desta vez a negociação vai correr bem? “As negociações fazem-se… Podia perguntar-me: e que garantias tenho eu de que desta vez o PS não vai esquecer-se das pessoas que prometeu apoiar e as causas em que trabalhámos juntos e ficaram esquecidas?”. Lembra que o acordo em 2015 correu bem e que o BE como terceira força será “a garantia de que não haverá maioria de direita” e de que o acordo poderá ser renovado.
“Finalmente. Tinha feito a campanha e provocado a crise por ter maioria absoluta. É agora preciso ser mais claro”. Mais claro do que quando falou em negociar com todos os partidos, e não apenas a esquerda? “Temos de decidir o caminho que temos. Um caminho com a direita leva sempre à privatização da Segurança Social, com mais precariedade”, frisa. “Isto não se faz em ziguezagues, mas com uma direção clara”.
Mas ainda haverá tempo para travar o aparente crescimento da direita? “Era o que mais faltava se achássemos que está tudo decidido porque há sondagens para um gosto ou outro, isso não conta”, rejeita. E esperava um “sim” claro ao seu convite? “Temos ainda três dias de campanha e o dia seguir às eleições”.
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A palavra "bandidos" volta à campanha, com o Chega a prometer "mais autoridade" e 300 euros de subsídio de risco
No final da arruada, em frente ao letreiro “Aqui Nasceu Portugal”, André Ventura gritou perante dezenas de pessoas que “aqui nascerá uma grande maioria do Chega” e prometia mais: um subsídio de 300 euros para as forças de segurança em Portugal.
À entrada da segunda semana de campanha e ao trazer novamente o tema das polícias para o debate, André Ventura disse várias vezes a palavra “bandidos” e sublinhou que os agentes “têm medo de agir perante bandidos”.
“Connosco será o contrário, a polícia terá força para agir e a bandidagem terá medo de agir em Portugal”, apontou, com uma promessa que vem de longe: mais autoridade para as forças de segurança.