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  • Lula quer voltar a investir no Brasil e deixar escândalos para trás: "A corrupção só aparece quando se permite que seja investigada"

    Encerramos aqui este liveblog. Pode ficar a saber tudo o que aconteceu durante a entrevista de Lula da Silva à TV Globo neste especial. Obrigado por nos ter acompanhado.

    Lula quer voltar a investir no Brasil e deixar escândalos para trás: “A corrupção só aparece quando se permite que seja investigada”

  • "Nós já provámos que é possível cuidar do povo brasileiro"

    No minuto final que lhe foi dado para se dirigir aos eleitores brasileiros, Lula da Silva voltou a puxar dos galões da sua governação: “Nós já provámos que é possível cuidar do povo brasileiro.”

    Resumindo esta missão de “cuidar” com a colocação do “pobre no orçamento do país”, Lula da Silva lembrou que quando tomou posse havia 3,5 milhões de estudantes universitários no país e, quando deixou a presidência, o número tinha subido para 8 milhões.

    Lula terminou dizendo que pretende “voltar” para continuar o investimento no povo brasileiro.

  • Lula defende que é preciso explorar riquezas da Amazónia "cientificamente"

    Nas perguntas finais, Lula da Silva falou sobre as questões ambientais, rejeitando que a exploração agrícola e a preservação do meio ambiente sejam intrinsecamente incompatíveis e apelando à necessidade de explorar “cientificamente” as riquezas naturais da Amazónia, sem desflorestar.

    Sobre política internacional e, em concreto, sobre as acusações de que é alvo relativamente à sua proximidade a regimes ditatoriais da América Latina, Lula salientou a necessidade de “respeitar a autodeterminação dos povos”.

  • Lula da Silva diz que polarização não é problema em democracia. "Não tem polarização no Partido Comunista Chinês"

    Questionado sobre se uma retórica de “nós vs. eles” pode contribuir para a polarização da política brasileira, Lula da Silva desvaloriza as críticas e diz que a polarização não é um problema numa democracia — comparando até a militância partidária com as claques de futebol.

    “Não tem polarização no Partido Comunista Chinês nem no Partido Comunista Cubano”, diz, sublinhando que a polarização é “saudável” numa democracia. “Faz a militância ir para a rua”, diz, acrescentando que “é importante que não se confunda com o incentivo ao ódio”.

  • Lula da Silva critica "orçamento secreto" e diz que Bolsonaro "não manda nada"

    Lula da Silva continua a ser questionado sobre o combate à corrupção e rebate com o escândalo do “orçamento secreto“, expressão com que foi batizado um esquema de alocação de uma parte significativa do orçamento brasileiro à decisão direta do Congresso Nacional, que pode decidir diretamente sobre a atribuição de verbas.

    Para Lula da Silva, o escândalo do “mensalão” (caso de compra de votos de deputados que veio a público no seu mandato) não é pior do que este caso do “orçamento secreto”. É, diz Lula, uma “usurpação do presidencialismo”. “Bolsoaro não manda nada, está refém do Congresso Nacional”, diz.

  • Lula da Silva puxa dos galões da sua governação e lembra bons indicadores económicos do seu mandato

    Lula é agora questionado sobre os seus planos para a economia do Brasil e puxa dos galões da sua governação, lembrando que quando tomou posse, em 2003, o Brasil tinha indicadores económicos muito maus no que toca ao desemprego e à dívida pública — que melhoraram significativamente durante o seu mandato.

    Além disso, diz Lula, “fizemos a maior política de inclusão social que a história deste país conheceu”.

    Lula da Silva aponta ainda as “três palavras mágicas para governar o país: credibilidade, previsibilidade e estabilidade”.

  • "O Bolsonaro troca qualquer diretor [de polícia], basta ele não gostar"

    O tema da entrevista continua a ser a justiça, com Lula da Silva a ser questionado sobre as atuais queixas de interferência governativa na Polícia Federal.

    Lula atira as culpas para Bolsonaro: “O Bolsonaro troca qualquer diretor, basta ele não gostar. Eu nunca fiz isso, nem vou fazer.”

    O ex-presidente diz ainda que não quer procuradores leais a si, mas leais ao povo brasileiro. “Não quero amigos no Ministério Público nem na polícia.”

  • "Aqui no Brasil as pessoas são condenadas pelas manchetes de jornal"

    Lula da Silva insiste que foi durante o seu mandato que o Brasil intensificou a luta contra a corrupção e reitera que foi injustiçado no caso Lava Jato: “Aqui no Brasil as pessoas são condenadas pelas manchetes de jornal.”

    O candidato e ex-presidente diz também que “por conta da Lava Jato tivemos 4.400.000 desempregados neste país” — e a economia brasileira sofreu bastante, o que significa que é necessário um “plano de investimentos” para recuperar a economia do Brasil.

  • Lula da Silva diz que foi no seu governo que Brasil intensificou luta contra corrupção

    A entrevista começa com o tema da corrupção. Lula da Silva, que foi libertado da prisão depois de o Supremo Tribunal lhe dar razão, é questionado pelos jornalistas se, mesmo tendo sido ilibado, conseguirá convencer os brasileiros a votarem nele tendo em conta os escândalos de corrupção que marcaram os últimos anos.

    “Durante cinco anos, fui massacrado e estou tendo hoje a primeira oportunidade de falar disso abertamente ao vivo com o povo brasileiro”, começou por dizer Lula, afirmando que, na verdade, foi durante o seu mandato como presidente que o Brasil começou a lutar contra a corrupção.

    “A corrupção só aparece quando você permite que ela seja investigada”, diz Lula. “Foi no meu governo que a gente criou o portal da transparência”, acrescentou, lembrando que foram criadas leis contra a corrupção e contra a lavagem de dinheiro.

    Lula da Silva diz também que o problema do processo Lava Jato foi ter entrado “no campo da política”, onde “o objetivo era o Lula”.

  • Lula vai à TV Globo lembrar o "legado que mudou o Brasil" — e já escolheu a gravata

    Antes de entrar em direto no Jornal Nacional da TV Globo, Lula da Silva garantiu no Twitter oficial que vai dar aos espectadores “motivos” para votar nele. O principal é “lembrar o legado que mudou o Brasil”.

    Noutra publicação, mostrou a gravata que escolheu para a entrevista

  • Eleições são a 2 de outubro

    As eleições presidenciais brasileiras deste ano estão agendadas para o dia 2 de outubro. À semelhança do sistema eleitoral português, no caso de nenhum dos candidatos conseguir obter mais de 50% dos votos, haverá lugar a uma segunda volta entre os dois mais votados no dia 30 de outubro.

  • Lula da Silva, o regresso que marca (e polariza) as eleições

    Lula da Silva é a figura destas eleições brasileiras, regressando em força depois de anos a braços com a justiça e polarizando ainda mais um país já profundamente dividido, atravessado pelas dificuldades económicas, devastado pela pandemia da Covid-19 e fragmentado no que toca à avaliação da governação de direita radical de Jair Bolsonaro. De acordo com as sondagens mais recentes, Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores, está perto de voltar a liderar o Brasil, reunindo 44% das intenções de voto na sondagem da revista Exame publicada esta quinta-feira, contra 36% para Jair Bolsonaro e 9% para Ciro Gomes.

    Os números das sondagens mais recentes apontam todos para uma vitória de Lula da Silva (embora a distância para Bolsonaro tenha caído) na primeira e na segunda volta, mas o passado do candidato do PT, que foi presidente do Brasil de 2003 a 2011, persegue-o na campanha eleitoral, polarizada entre o atual presidente, Jair Bolsonaro, que se vê com a espinhosa missão de defender quatro anos de governação polémica (incluindo no toca à pandemia da Covid-19, amplamente desvalorizada por Bolsonaro, que matou quase 700 mil brasileiros), e Lula da Silva, cujo envolvimento em casos de justiça no passado contribuiu para a perda de credibilidade do PT na governação do país. O terceiro candidato nas sondagens, Ciro Gomes, que se assume como uma terceira via contra a polarização e oferece uma alternativa de centro-esquerda para a oposição a Bolsonaro, não tem, de resto, poupado nas críticas a Lula da Silva, classificando os escândalos de corrupção no PT como a grande causa da eleição de Bolsonaro em 2018.

    Operário da metalurgia e sindicalista, Lula da Silva esteve envolvido nas lutas dos trabalhadores durante as décadas de 1960 e 1970, durante a ditadura militar. Envolveu-se na política partidária já nos anos 80, tendo sido eleito deputado federal pelo estado de São Paulo pelo PT. Candidatou-se pela primeira vez à presidência brasileira em 1989, ficando em segundo lugar atrás de Fernando Collor de Mello, e voltou a candidatar-se em 1994 e 1998, sendo derrotado ambas as vezes por Fernando Henrique Cardoso.

    “Um ato de amor”. Lula da Silva anuncia candidatura à presidência do Brasil

    Chegou ao poder em 2002, com a sua primeira vitória eleitoral, liderando um governo, abrindo as portas a um período que ficou marcado pelo crescimento económico, mas também por uma sucessão de escândalos, incluindo suspeitas de corrupção de pequena e média escala, compra de votos no Congresso (o célebre escândalo “mensalão”) e o caso Lava-Jato, o maior escândalo de corrupção da história recente do Brasil, que num dos seus muitos desdobramentos acabaria por levar à prisão efetiva de Lula da Silva por corrupção e lavagem de dinheiro.

    Lula da Silva acabaria por ser libertado na sequência de uma decisão do Supremo Tribunal Federal em 2019 — e desde então que se especulou sobre uma futura recandidatura à presidência brasileira. Ainda em 2021, Lula da Silva confirmou a sua intenção de se apresentar a votos — e a candidatura foi oficialmente apresentada em maio deste ano.

    O ex-presidente brasileiro está a focar a sua campanha eleitoral essencialmente no discurso económico, afirmando que é possível voltar ao crescimento económico que marcou o seu período enquanto presidente. Quanto a promessas concretas, Lula quer aumentar o valor mínimo do salário que é isento de impostos sobre o rendimento, pretende renegociar as dívidas contraídas pelos empresários que foram impactados pela pandemia e está também a promover o novo programa Bolsa Família, um programa de apoio financeiro às famílias mais pobres, com novos benefícios em função das condições de cada família.

  • Lula da Silva é o terceiro entrevistado da semana

    Lula da Silva é o terceiro candidato a ser entrevistado esta semana pelo Jornal Nacional da TV Globo.

    O atual presidente, Jair Bolsonaro, candidato pelo Partido Liberal, foi o primeiro a ser questionado no principal noticiário televisivo do Brasil, na segunda-feira. Pode recordar aqui um resumo dessa entrevista, em que Bolsonaro passou praticamente todo o tempo a defender a sua governação.

    A pandemia, a credibilidade dos resultados eleitorais e a economia. Jair Bolsonaro jogou à defesa na primeira entrevista da campanha

    Na terça-feira, foi a vez de Ciro Gomes, do PDT, o terceiro candidato mais bem colocado nas sondagens. Ambicionando captar votos tanto a Bolsonaro como a Lula da Silva, Ciro Gomes procurou assumir-se como uma alternativa de centro-esquerda a Lula na oposição a Bolsonaro. Pode recordar aqui os principais pontos da entrevista.

    Ciro Gomes quer “reconciliar” o Brasil e transformar país “num Portugal”. Na entrevista à Globo, tentou ir buscar votos a Bolsonaro e a Lula

    Para sexta-feira está marcada a entrevista com Simone Tebet, do MDB, que surge em quarto lugar nas sondagens. Já na noite do próximo domingo (já durante a madrugada em Portugal) haverá um debate com os candidatos mais bem colocados nas sondagens.

  • Boa noite,

    O antigo presidente do Brasil Lula da Silva vai dar esta noite uma entrevista ao Jornal Nacional da TV Globo.

    É a terceira de uma série de entrevistas aos candidatos presidenciais brasileiros, agendada para esta semana no principal noticiário televisivo daquele país.

    A entrevista está agendada para as 20h30, hora do Rio de Janeiro, quando forem 00h30 em Lisboa.

    O Observador vai acompanhar aqui os principais destaques desta entrevista.

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