Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • Boa noite, termina aqui o Liveblog em que acompanhámos o último dia de Congresso do PS e a apresentação da Aliança Democrática. Obrigado por ter estado desse lado.

  • Aliança Democrática entra em campo: Melo segura a direita, Montenegro tenta seduzir o centro

    Na apresentação da nova AD, líderes de PSD e CDS, com PPM e independentes, tentaram a bênção da sociedade civil, estancar fuga de votos à direita e agarrar eleitores desiludidos com os socialistas.

    Aliança Democrática entra em campo: Melo segura a direita, Montenegro tenta seduzir o centro

  • Montenegro para desiludidos com o PS: "Àqueles que acreditaram no PS há dois, este projeto é para vós"

    Luís Montenegro ensaia agora um claro apelo ao voto jutno daqueles que votaram no PS nas últimas eleições legislativas.

    “Àqueles que acreditaram no PS há dois, este projeto é para vós. Para aqueles que se desiludiram. O PS desperdiçou a bela oportunidade que lhe deram”, argumenta.

    Luís Montenegro faz depois a defesa de Marcelo Rebelo Sousa e recusa a tese alimentada pelo PS (com António Costa à cabeça) de que o Governo chegou ao fim por intervenção do Presidente da República ou do Ministério Público. “Acabou por pura incompetência”, atira Montenegro.

    A terminar, o líder do PSD recupera uma frase que se tornou uma das marcas da fundação do PPD, no primeiro grande comício do partido, em 1974. Citando Paulo Mota Pinto, “Hoje somos muitos. Amanhã seremos milhões!”, despediu-se Luís Montenegro.

  • Montenegro: "Ao contrário do PS, não somos um movimento político ressabiado"

    Luís Montenegro é o último a discursar. “Estamos hoje, aqui e agora, para dar esperança e confiança a Portugal. Este projeto político é de esperança num país mais próspero e confiança numa sociedade mais justa. Não se alimenta nem pela ameaça, nem pela hostilidade. Não se move pela instigação infantil do medo ou do terror. Ao contrário do PS, não somos um movimento político ressabiado. É feito a favor das pessoas, não contra ninguém”, diz.

    “É um projeto para um bom Governo ao país”, continua. “Um Governo que cuide das urgências e das aflições têm de ver resolvidas. Mas é um projeto que, tendo preocupações imediatas, se vai materializar a olhar para o futuro”, diz Montenegro.

    O líder enumera depois como prioridade a educação de qualidade paras os mais jovens, que olhe para a “geração do meio”, a que está no ativo, que “tantas vezes tem sido esquecida” e que está “preocupada com os seus filhos e com o seus pais”, e que defenda o “presente e o futuro” dos mais velhos.

    “Tal como no final dos anos 70, Portugal encontra-se hoje num impasse: estamos em tempo de estagnação; estamos em tempo de ressaca de todas as experiências de governo socialista. E todas as [fórmulas] redundaram num falhanço clamoroso dos objetivos a que se propuseram”, acusa. Montenegro fala depois da gestão da Saúde no país e acusa os socialistas de terem destruido o Serviço Nacional de Saúde (SNS).

    “Chocou-me que o grande ausente do congresso do PS tenha sido o SNS. Tanta paixão pelo SNS e não convidaram o SNS para o congresso. Percebe-se porquê: o PS esvaziou e desorganizou quase tudo no SNS. Neste congresso, o novo líder e antigo líder tudo fizeram para desprezar aquilo que hoje é a primeira preocupação que os portugueses têm: a Saúde. Como é possível este manto de silêncio?”, desafia.

    Montenegro recupera, a esse propósito, as taxas de mortalidade infantil, de maternidade e até as taxas globais de mortalidade, dizendo que estes números “têm de ser olhados de uma forma humana e responsável”, mas que não podem ser justificados apenas como resultado de picos de crise — são também sintomas de que algo não vai bem no SNS.

    O líder do PSD garante que a coligação não se conformará com a “fatalidade” de ver um SNS, em particular as urgências, transformadas num “totoloto”, onde os mais frágeis são deixados à sua sorte. Para Montenegro, só o facto de a Saúde ter chegado ao ponto a que chegou era motivo que baste para que o Governo fosse posto na “rua”.

    Montenegro fala depois do empobrecimento e recusa aceitar como fatalidade as várias manifestações de pobreza. À cabeça, a ideia de que é possível que exista em Portugal quem, trabalhando, seja mais pobre do que possas que não trabalham. “É uma sociedade que não é justa. É uma sociedade pobre. E eu não quero para Portugal a pobreza como estado natural do país.”

  • Melo: "A AD é a única alternativa capaz de dar um novo rumo a Portugal"

    Discursa agora Nuno Melo. O líder do CDS começa lembrar Francisco Sá Carneiro, Freitas do Amaral e Adelino Amaro da Costa, e também Gonçalo Ribeiro Telles, do PPM.

    “Temos visto muitas pessoas a tentarem a comparação entre estes obreiros fundadores e aqueles que são aqueles que concretizam aquilo que estamos hoje a lançar. Temos a mesma determinação no combate ao socialista e no amor a Portugal”, diz.

    “As próximas eleições não serão umas eleições apenas. As eleições de 10 de março vão ser a primeira oportunidade de os portugueses responderem ao referendo se aceitam o estado a que Portugal chegou e se estão disponíveis para fazer alguma coisa para mudar”, continua.

    Para Melo, os portugueses terão de dizer a 10 de março se continuam a aceitar “filas intermináveis no centro de saúde”, “falta de médicos de família” e “doentes esquecidos nos corredores dos hospitais”. Se vão ou não aceitar que “metade da população” continue a viver “no limiar da pobreza” graças a um Governo “que se diz socialista”.

    O líder do CDS fala depois da carga fiscal e também da crise na Habitação, argumentando que Pedro Nuno Santos “é o rosto personificado do desastre”. O ainda eurodeputado não esquece ainda o “surto amnésico” do antigo ministro na indemnização de Alexandra Reis.

    Melo defende também que a AD é o único capaz de pôr fim ao “absoluto descontrolo de fronteiras que se vive em Portugal porque não há mínimo de humanidade da integração”.

    O líder do CDS diz também que os portugueses terão pela frente a escolha na AD ou num “PS ainda mais radicalizado à esquerda e com o apoio do populismo que, dizendo-se de direita, antecipa que vai apresentar uma moção de censura à AD” — uma referência mais do que evidente a André Ventura ao Chega.

    Referindo-se ao que assistiu durante os últimos três dias no 24.º Congresso do PS, onde se multiplicaram as referências ao período da troika, Melo faz a defesa desse Governo. “A culpa não é de Pedro Passos Coelho, nem de Paulo Portas. É de António Costa. E, já agora, tenho muito orgulho de ter feito parte desse Governo.”

    Melo responde também aos muitos e destacados socialistas que sugeriram que esta crise era da responsabilidade de Marcelo Rebelo de Sousa. “[Esta crise] não nasceu em Belém, nasceu em São Bento, pela mão de um primeiro-ministro que saiu”, respondeu.

    “Não se conseguem melhores resultados a votar nos mesmos. A AD é a única alternativa credível, experimentada e com quadros extraordinários capazes de dar um novo rumo a Portugal. Não temos tempo para experimentalismos em Portugal.”

    “Luís Montenegro será capaz de fazer da AD uma vez mais um projeto transformador. Sempre que nos juntámos em eleições legislativas, nunca perdemos. Não há-de ser agora. Acredito profundamente que vamos vencer as eleições”, despede-se Melo.

  • Gonçalo da Câmara Pereira: "O perigo da eternização da esquerda é um risco"

    Gonçalo da Câmara Pereira, presidente do PPM, discursa agora. “Para o meu partido, é uma honra estar aqui neste momento simbólico para o nosso país”, começa por dizer.

    Câmara Pereira começa por recordar a AD de 1979 e como o partido era inicialmente ridicularizado até por se afirmar ecologista. Na altura, “o perigo da eternização da esquerda era um risco”, recupera. “E continua a ser um risco e um problema dos nossos dias”, nota.

    Representa hoje a única esperança de derrotar o PS e os seus aliados da ‘geringonça’. “Se assim não for, o PS instalar-se-á no poder durante anos”, avisa.

    “Em defesa do valor da família. É a mais velha instituição da sociedade portuguesa. Um porto de abrigo de todos e de cada um de nós. Como uma espécie de antídoto contra o inverno demográfico que nos ameaça”, termina.

  • Miguel Guimarães: "O Governo está a destruir o Serviço Nacional de Saúde"

    Miguel Guimarães, antigo bastonário da Ordem dos Médicos e mais do que provável cabeça de lista da coligação pelo distrito do Porto, foi o escolhido para representar as personalidades independentes que também integram a candidatura. É o primeiro a falar

    “Não posso continuar calado perante o que está a acontecer no país. A [AD] tem todas as condições para poder governar Portugal. Para fazer mais e melhor. São quase nove anos em que os aspetos negativos suplantam claramente aquilo que foram os aspetos positivos”, começa por dizer.

    Guimarães fala depois do peso dos impostos, da destruição da classe média, da falta de apoio às empresas, para se lançar às críticas ao rumo escolhido pelo Executivo socialista.

    “O Governo está a destruir o Serviço Nacional de Saúde. Estamos a falar da falência daquilo que são os responsáveis pela Saúde em Portugal. Falta estratégia, planeamento e orientação.”

    Miguel Guimarães pede um acordo de regime para a promoção de Saúde e um novo modelo de reorganização do Serviço de Saúde. “Temos que aproveitar a capacidade instalada no Sistema Nacional de Saúde”.

    “O nosso primeiro-ministro e ministro de Saúde dizem que temos o maior Orçamento do Estado para a Saúde. É verdade. Que temos mais médicos, enfermeiros e profissionais de saúde. Se temos isto tudo, o que é que está a falhar? Será falta de competência?”, desafiou Miguel Guimarães.

  • Montenegro, Melo e Câmara Pereira assinam acordo para a AD

    Numa sala muito bem composta, com gente dos três partidos — PSD, CDS e PPM –na Alfândega do Porto, Luís Montenegro, Nuno Melo e Gonçalo da Câmara Pereira assinaram o acordo que vai dar origem à nova Aliança Democrática.

  • Montenegro aponta nova AD contra Pedro Nuno: “Alguém pode acreditar em tal personalidade?”

    Líder do PSD defende que há um padrão de comportamento grave em Pedro Nuno, comprovado pelos casos TAP e CTT: primeiro oculta, depois, quando apertado, assume. “Esta bandalheira tem de ter um fim”.

    Montenegro aponta nova AD contra Pedro Nuno: “Alguém pode acreditar em tal personalidade?”

  • Dos salários à habitação. As medidas de Pedro Nuno Santos

    No encerramento do congresso do PS, Pedro Nuno Santos promete aumentar o salário mínimo para mil euros até 2028 e propõe “novo indexante de atualização das rendas com ligação à evolução dos salários”

    Ouça aqui as propostas apresentadas por Pedro Nuno Santos

    Dos salários à habitação. As medidas de Pedro Nuno Santos

  • Miguel Guimarães discursa na apresentação da AD. Rui Moreira esperado

    Miguel Guimarães, antigo bastonário da Ordem dos Médicos, vai discursar na abertura da apresentação da Aliança Democrática, que acontece este domingo no Porto.

    Esta escolha acaba por reforçar um rumor que há muito vem correndo nos bastidores do partido: Miguel Guimarães pode vir a ser o cabeça de lista da coligação pelo Porto.

    Além de Guimarães, é esperada a presença de Rui Moreira na apresentação da AD. Ainda que não esteja previsto o discurso do atual presidente da Câmara de Porto, é naturalmente um sinal de apoio a Luís Montenegro e a Nuno Melo.

  • Análise: Pedro Nuno Santos "não tirou coelho da cartola"

    Numa análise ao discurso de Pedro Nuno Santos, Rui Pedro Antunes e Miguel Pinheiro consideram que o novo secretário geral do Partido Socialista apresentou esta tarde um “curto” programa eleitoral.

    [Ouça aqui a análise de Miguel Pinheiro e Rui Pedro Antunes]

    Análise: Pedro Nuno Santos “não tirou coelho da cartola”

  • O "segredo" de Costa para manter o "diabo" fora. Os 'bloopers' do Congresso do PS

    Aos militantes, Costa contou um segredo: como não deixar entrar o diabo. E o “farol do Atlântico” terá levado a reunião magna do PS a bom porto? Estes foram os momentos mais inusitados do Congresso.

  • O Congresso começa a ser desmontado e a escultura de Mário Soares também

    Depois de terminado, o Congresso começa a ser desmontado pelas equipas técnicas inclusive a escultura de Mário Soares que esteve no átrio da FIL durante todo o fim‑de‑semana.

    A figura de Mário Soares, representado sentado numa cadeira composta por palavras como Liberdade, Abril, Humanismo, Solidariedade ou Cultura, da autoria de Leonel Moura.

    Um escultura que estará avaliada em mais de 20 mil euros já foi motivo de uma petição — que Costa já recebeu — para a sua instalação no Palácio de São Bento para as comemorações dos 50 anos do 25 de Abril. A escultura de Soares pesa cerca de 120 quilos e é feita de fibra e resina.

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

  • José Manuel Rodrigues (CDS): "O que este PS tem para oferecer é uma geringonça ainda mais extremada e perigosa"

    José Manuel Rodrigues, a representar o CDS na reação ao discurso de encerramento de Pedro Nuno Santos, não poupou as críticas ao PS. “Desbarataram uma maioria absoluta nos últimos dois anos, entraram em confronto com o Presidente da República e com diversos poderes do nosso Estado de Direito”, acusou.

    Para o democrata-cristão, os socialistas “são os responsáveis pela degradação dos serviços públicos de saúde e educação” e o que “este PS tem para oferecer é apagar o passado e oferecer uma geringonça ainda mais extremada e perigosa”.

    E garante: “Os portugueses vão fechar este ciclo político e vão abrir outro com uma aposta na Aliança Democrática, com mais ambição, crescimento económico e coesão social.”

  • Pedro Nuno Santos: "Capítulo está prestes a ser encerrado. Agora é a nossa vez"

    No encerramento do Congresso, novo líder do PS elogiou “capítulo” escrito por António Costa, mas prometeu novo rumo. De olho nas eleições, promete atualização de rendas e aumento de salários.

    [Ouça aqui o discurso de Pedro Nuno Santos]

    Pedro Nuno Santos: “Capítulo está prestes a ser encerrado. Agora é a nossa vez”

  • Isabel Mendes Lopes apela a uma "maioria de esquerda plural" com o Livre a fazer parte da solução

    Isabel Mendes Lopes, número dois das listas do Livre por Lisboa, representou o partido no congresso do PS e reagiu ao discurso de Pedro Nuno Santos no encerramento dos trabalhos. Refere a “necessidade de Portugal reinventar a sua economia”, algo que “o Livre defende há muito tempo”. E acusa: “Foi algo que não foi conseguido nos últimos oito anos em que o PS esteve à frente do país.”

    Para que tal aconteça, a candidata garante que é necessária uma “maioria de esquerda plural que trabalhe em conjunto uma nova visão para o país” e que o “Livre faça parte dela”, para, assim, “os extremistas ficarem afastados do poder”.

    Isabel Mendes Lopes garante que a escolha a fazer a 10 de março “é entre uma maioria de esquerda ou de direita”.

  • António Costa já abandonou a sala do Congresso sem prestar declarações aos jornalistas

    O secretário-geral cessante a primeiro-ministro, António Costa, que esteve presente no terceiro e último dia a convite de Pedro Nuno Santos, saiu pouco depois do fim da intervenção de Pedro Nuno por uma porta lateral e sem prestar quaisquer declarações aos jornalistas.

    Tirou várias fotografias com apoiantes e ouviu largos elogios à sua governação. “Obrigado, António Costa”, ouviu-se repetidas vezes enquanto se dirigia para a saída lateral e enquanto retribuia os agradecimentos.

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

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  • O discurso de Pedro Nuno Santos na íntegra

    Acompanhe a emissão especial da Rádio Observador em vídeo.

  • Bloco critica caminho de "continuidade" do PS e diz que é preciso "rutura com o legado" da maioria absoluta

    Luís Fazenda, do Bloco de Esquerda, olha para o PS deste congresso, com um novo secretário-geral, como a “continuidade do legado do governo da maioria absoluta, que em áreas fundamentais é bastante negativo”.

    “São necessárias políticas que façam rutura com o legado do governo anterior, medidas à esquerda”, realça, apontado para “a existência de um campo enorme para essa rutura”.

    Relativamente à proposta de salário mínimo a 1000 euros para 2028, Fazenda realça que “o ritmo de crescimento menor [comparado] com o deste ano”. “Temos muito caminho para andar e para enterrar esse legado negativo de António Costa para a maioria absoluta”, insiste.

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