Momentos-chave
- Kremlin desmente rumores do divórcio de Bashar al-Assad
- Irão diz que a Síria não se deve tornar "um refúgio para o terrorismo"
- Israel ordena encerramento do Kamal Adwan, um dos últimos três hospitais em funcionamento no norte de Gaza
- Milícias iraquianas apoiadas pelo Irão vão suspender ataques contra Israel
- Forças israelitas cercam abrigo em Nuseirat
- Hamas diz que ataque ao Hospital Adwan é um "crime contra a humanidade"
- Pelo menos 35 pessoas morreram este sábado na Faixa de Gaza
- Ataques israelitas fazem 11 mortos durante a noite
- Mike Waltz ameaça "com bala na testa" quem magoar os reféns dos EUA em Gaza
Atualizações em direto
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Kremlin desmente rumores do divórcio de Bashar al-Assad
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, desmentiu hoje os rumores de que Asma al-Assad, a mulher de Bashar al-Assad, tinha pedido o divórcio e queria sair da Rússia.
No domingo, os meios de comunicação turcos e árabes noticiaram que Asma al-Assad tinha apresentado um pedido de divórcio na Rússia, onde a família do ex-Presidente da Síria está exilada, e que Bashar al-Assad estava confinado a Moscovo, tendo os seus bens sido congelados. De acordo com a Reuters, Peskov veio agora rejeitar todas as alegações.
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Irão diz que a Síria não se deve tornar "um refúgio para o terrorismo"
O porta-voz do ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão afirmou que apoia a soberania da Síria e que o país não se deve tornar “um refúgio para o terrorismo”, citou o Times of Israel.
“A nossa posição sobre a Síria é muito clara: preservar a soberania e a integridade da Síria e permitir que o povo sírio decida sobre o seu futuro sem interferência estrangeira destrutiva”, afirmou, acrescentando que o país não deve “tornar-se um refúgio para o terrorismo.”
“Não temos qualquer contacto direto com a [nova] autoridade no poder na Síria”, garantiu.
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Israel ordena encerramento do Kamal Adwan, um dos últimos três hospitais em funcionamento no norte de Gaza
A ordem foi emitida pelas autoridades israelitas na noite de domingo, 22 de dezembro. De acordo com o ministério da Saúde de Gaza, há apenas três hospitais a operar no norte da região, dos quais o Kamal Adwan faz parte.
Husam Abu Safiya, o diretor deste hospital, comunicou à agência Reuters que obedecer a tal ordem é “quase impossível” por não haver ambulâncias suficientes para retirar os doentes.
A operar a partir de Beit Lahiya, este centro hospitalar é dos poucos ainda a funcionar parcialmente na zona norte de Gaza.
“Temos atualmente cerca de 400 civis no hospital, incluindo bebés na unidade neonatal, cujas vidas dependem de oxigénio e de incubadoras. Não podemos retirar estes pacientes em segurança sem assistência, equipamento e tempo”, disse o diretor à Reuters.
Abu Safiya denuncia ainda aquilo que diz ser um “bombardeamento pesado” por parte de Israel, tendo como alvos diretos “tanques de combustível, que, se forem atingidos, causarão uma grande explosão e baixas em massa dos civis que se encontram no interior”.
As ordens das autoridades israelitas, afirma o diretor hospitalar, é que para os doentes e staff médico sejam deslocados para um hospital com ainda piores condições. Já Telavive afirma que, na sexta-feira, enviou combustível e alimentos para o hospital, tendo também ajudado a evacuar mais de 100 doentes e pessoal de saúde para outros hospitais de Gaza.
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Milícias iraquianas apoiadas pelo Irão vão suspender ataques contra Israel
Grupos de milícias apoiados pelo Irão no Iraque decidiram que vão suspender os ataques contra Israel 14 meses depois do início da guerra em Gaza, avançou o meio de comunicação libanês al-Akhbar, ligado ao Hezbollah, citado pelo The Times of Israel.
Como aponta o jornal israelita, os grupos chegaram a um acordo com o governo iraquiano, ao mesmo tempo que evitam envolverem-se com a Síria.
Milícia iraquiana pró-Irão lança ataque com drone no sul de Israel
“As fações armadas aderiram às palavras do governo iraquiano, sobretudo depois do que aconteceu na Síria, que diz que pode haver a intenção de arrastar o país para um cenário pior do que a queda do regime de Bashar al-Assad, o que pode levar ao regresso do terrorismo ao Iraque novamente”, afirmam.
Argumentam ainda que “as operações das fações contra Israel estavam ligadas às operações do Hezbollah, e quando o cessar-fogo foi alcançado no Líbano, as operações das fações iraquianas pararam, e há também parceiros no Iraque que têm uma opinião e reservas sobre essas operações, e devem ser ouvidos”.
Desde 7 de outubro que estas milícias têm lançado ataques com drones contra Israel. Em outubro, dois soldados israelitas morreram e 24 ficaram feridos.
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Médio Oriente. Irão está atrasado no processo nuclear? "Longe disso"
José Filipe Pinto alerta para os problemas internos “gravíssimos” do Irão. Já a continuação de um cenário de cessar-fogo em Gaza parece imprevisível; irá Netanyahu quererá, realmente, manter a paz?
Médio Oriente. Irão está atrasado no processo nuclear? “Longe disso”
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Forças israelitas cercam abrigo em Nuseirat
As forças israelitas cercaram durante a madrugada uma escola que serve de abrigo no campo de refugiados de Nuseirat, impedindo a circulação e saída das pessoas. De acordo com a Al Jazeera, uma pessoa foi morta.
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Hamas diz que ataque ao Hospital Adwan é um "crime contra a humanidade"
O Hamas condenou os ataques israelitas ao hospital Kamal Adwan, no norte da Faixa de Gaza, que está a ser alvo desde sábado à noite, descrevendo-os como “um crime contra a humanidade sem precedentes”.
“O exército de ocupação continua o seu bombardeamento brutal e a destruição sistemática de áreas no norte da Faixa de Gaza, especialmente Jabalia, o seu campo de refugiados e Beit Lahiya”, afirmou o grupo em comunicado, citado na Al Jazeera.
O Hamas afirmou também que foram feitas ameaças por Israel para evacuar os doentes, os feridos e as pessoas deslocadas do hospital, chamando-lhe “um crime de limpeza étnica e de deslocação forçada”, perante o silêncio e a inação internacionais.
No sábado, o diretor do hospital disse ser “quase impossível” cumprir essas ordens de evacuação uma vez que não tinham ambulâncias suficientes para retirar os 400 pacientes que continuavam dentro edifício, incluindo bebés dependentes de “oxigénio e incubadoras”.
Na sexta-feira, o exército israelita garantiu ter enviado comida e combustível para o hospital e ter ajudado a transferir mais de 100 pacientes e profissionais para outros hospitais.
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Pelo menos 35 pessoas morreram este sábado na Faixa de Gaza
Pelo menos 35 pessoas morreram este sábado devido a bombardeamentos das Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) na Faixa de Gaza, avançou a Proteção Civil do território palestiniano.
Um dos ataques aéreos teve como alvo um edifício da escola Moussa Ben Nousseir que albergava deslocados na cidade de Gaza, no norte do enclave, e fez oito mortos, incluindo quatro crianças, disse a Proteção Civil.
As IDF alegaram ter realizado “um ataque direcionado contra terroristas do [movimento islamita palestiniano] Hamas que operavam” dentro do sistema “para preparar ataques terroristas contra as tropas israelitas e o Estado de Israel”.
“Foram tomadas várias medidas antecipadamente para reduzir o risco de afetar os civis”, disse o exército israelita.
De acordo com a Proteção Civil, um outro ataque, visando a casa de uma família em Deir al-Balah, também no centro da Faixa de Gaza, fez 13 vítimas.
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Ataques israelitas fazem 11 mortos durante a noite
Pelo menos 11 pessoas morreram na Faixa de Gaza durante esta noite, vítimas dos ataques das Forças de Defesa de Israel. De acordo com a Al Jazeera, Israel teve como alvo uma tenda que albergam palestinianos deslocados, perto do Hospital Britânico na chamada zona humanitária de Al Mawasi, e dois carros que transportavam pessoas deslocadas e voluntários que estava a trabalhar para assegurar a entrega de ajuda humanitária.
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Curdos anunciam detenção de 18 membros do Estado Islâmico no norte da Síria
As Forças Democráticas Sírias (SDF, na sigla em inglês), lideradas por uma milícia curda, anunciaram a detenção de 18 alegados membros do grupo Estado Islâmico (EI) no norte do país.
Num comunicado divulgado no domingo, as SDF disseram que as detenções aconteceram durante uma operação antiterrorismo, realizada no sábado, na cidade de Raqqa, em conjunto com a coligação liderada pelos Estados Unidos.
A operação foi lançada “em resposta às tentativas do Estado Islâmico de estabelecer instabilidade e perturbar a segurança das regiões norte e leste da Síria”, disseram as SDF.
O grupo lamentou que a queda do regime de Bashar al–Assad, que fugiu do país a 8 de dezembro, tenha dado ao EI “a oportunidade de tirar partido do caos, apreendendo numerosos depósitos de armas pertencentes ao exército sírio em diversas regiões”.
O EI “utilizou estes recursos para melhorar a sua capacidade operacional, realizar atos de terrorismo e expandir a sua influência no território sírio”, alertaram as SDF.
O grupo defendeu que, “para alcançar a derrota duradoura do Estado Islâmico, é necessária uma cooperação internacional sustentada, uma vez que qualquer ressurgimento” do grupo fundamentalista “representa uma ameaça global”.
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Mike Waltz ameaça "com bala na testa" quem magoar os reféns dos EUA em Gaza
O conselheiro de Segurança Nacional de Donald Trump deixou uma ameaça ao Hamas durante uma entrevista num podcast com o conservador Ben Shapiro afirmando que podem ser mortos se magoarem os cidadãos norte-americanos ainda feitos reféns em Gaza. Mike Waltz acrescentou ainda que os quatros restantes estão detidos há mais tempo do que aqueles feitos reféns durante a crise de 1979 no Irão.
“Isso é totalmente inaceitável e penso que, em geral, nunca houve consequências suficientes”, disse, citado no Times of Israel. “É sobre isso que temos de falar com estas pessoas. Se magoarem um norte-americano… vai ser um inferno para pagar. Não haverá nada além de consequências financeiras e talvez até uma bala na testa”.
“Da próxima vez que pensarem nisso… muitos destes grupos vão dizer: ‘Uau, não vale a pena com Donald Trump’”, prevê.
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Bom dia,
Iniciamos aqui um novo dia de cobertura jornalística da guerra na Ucrânia. Pode ver o que se passou ontem neste artigo em direto.
EUA temem que um Irão enfraquecido desenvolva armas nucleares