• A embaixadora norte-americana na ONU revelou que Volodymyr Zelensky poderá participar presencialmente na semana de alto nível das Nações Unidas, que decorrerá em setembro em Nova Iorque;
• Um funcionário do Ministério da Defesa ucraniano (que não foi identificado) confirmou à BBC que Kiev foi responsável pelo ataque com drones à base aérea russa de Pskov;
• O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, enviou uma carta ao chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, com um conjunto de propostas para repor o Acordo dos Cereais do Mar Negro;
• Lavrov disse hoje que a Rússia está disposta a voltar à iniciativa — mas apenas se o Ocidente aceder às suas exigências no que à exportação de cereais e fertilizantes russos diz respeito;
• A maior empresa da indústria militar britânica anunciou a assinatura de acordos com o governo ucraniano para o fornecimento de mais armas e equipamentos para o esforço de guerra;
• A Rússia realizou hoje eleições locais em algumas regiões ocupadas da Ucrânia, numa tentativa de legitimar a autoridade de Moscovo sobre os territórios ocupados;
• O Presidente da República afirmou hoje que a Ucrânia será um dos pontos do Conselho de Estado da próxima terça-feira;
• O chefe da diplomacia da União Europeia insistiu que o plano de paz do Presidente da Ucrânia foi o “único que ganhou tração” e apelou à sua adoção por mais países para isolar Moscovo;
• O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano disse aos críticos da contraofensiva para se “calarem” e comparou as críticas a “cuspir na cara dos soldados ucranianos”;
• Um cidadão com nacionalidade russa e alemã foi detido nos EUA sob suspeitas de ter traficado equipamento militar para a Rússia.

Volodymyr Zelensky anunciou um acordo que deverá garantir à Ucrânia um “grande contingente” de veículos blindados de evacuação médica.

As notícias mais importantes na frente de batalha são as de que acordámos o envio de uma grande quantidade de veículos blindados de evacuação médica. Foi isto que os guerreiros nas brigadas de combate me disseram quando os visitamos”, afirmou o Chefe de Estado.

No seu habitual discurso noturno, o Presidente ucraniano tornou a referir-se a alguns dos principais temas da sua agenda nas últimas horas — entre os quais o acordo assinado entre Kiev e a BAE Systems, uma das maiores fabricantes de armas do Reino Unido.

Um cidadão com nacionalidade russa e alemã foi detido nos EUA sob suspeitas de ter traficado equipamento militar para a Rússia

Arthur Petrov está acusado de ter violado a lei de exportações dos EUA, como parte de um esquema para fornecer aparelhos eletrónicos a Moscovo para fins militares.

Petrov “é suspeito de ter participado numa rede ilícita de tráfico internacional, baseada na Rússia, usando empresas-fantasma para enviar carregamentos de micro-elterónicos de produção norte-americana para fins militares através de países terceiros, com o objetivo de ocultar o derradeiro destino destes materiais sensíveis: a Rússia”, afirmou o advogado de acusação no processo, Damien Williams.

Um funcionário do Ministério da Defesa ucraniano (que não foi identificado) confirmou à BBC que Kiev foi responsável pelo ataque com drones à base aérea russa de Pskov.

O ataque, que ocorreu na quarta-feira, terá destruído ou danificado vários aviões de carga Ilyushin.

Moscovo terá voltado a abater um drone ucraniano no seu território.

Segundo a Sky News, que cita o Ministério da Defesa russo, o incidente em questão ocorreu na região de Bryansk, no sul do país.

O ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Hakan Fidan, de visita a Moscovo, considerou hoje essencial o relançamento do acordo de exportação de cereais ucranianos, mas o seu homólogo russo, Serguei Lavrov, disse precisar de mais garantias.

Moscovo retirou-se em julho deste acordo — mediado pela Turquia e pelas Nações Unidas — para o abastecimento alimentar global, criticando o facto de as exportações de cereais e fertilizantes russos terem sido dificultadas pelas sanções ocidentais.

“Reiteramos a nossa convicção de que a retoma do acordo restaurará a estabilidade”, disse Fidan durante uma conferência de imprensa ao lado de Lavrov.

O Presidente da República afirmou hoje que a Ucrânia será um dos pontos do Conselho de Estado de terça-feira, uma reunião que servirá para terminar a anterior com espaço para intervenções do chefe de Estado e primeiro-ministro.

“O Conselho de Estado tem dois pontos, um primeiro ponto é a intervenção do senhor primeiro-ministro, se ele quiser tê-la, porque ele não teve oportunidade de ter no final das intervenções dos demais conselheiros e depois a intervenção do Presidente da República que normalmente faz uma intervenção tendo em linha de conta as dos conselheiros e fazendo um ponto da situação, agora já com mais um mês e meio de experiência”, explicou.

A Rússia está hoje a realizar eleições locais em algumas regiões ocupadas da Ucrânia, numa tentativa de legitimar a autoridade de Moscovo sobre os territórios ocupados.

Os atos eleitorais decorrem em Donetsk, Lugansk, Zaporíjia e Kherson, e visam a escolha de governadores pró-russos para as regiões — isto apesar de a Rússia nem sequer controlar totalmente nenhum dos territórios.

A legitimidade do ato eleitoral não é reconhecida pela comunidade internacional.

A maior empresa da indústria militar britânica anunciou hoje a assinatura de acordos com o governo ucraniano para o fornecimento de mais armas e equipamentos para o esforço de guerra.

A BAE Systems vai também estabelecer um local de produção no território ucraniano, com o objetivo de facilitar o apoio direto a Kiev, segundo a Sky News.

“É um sinal muito importante de apoio ao nosso povo, aos cidadãos ucranianos”, disse o Presidente Volodymyr Zelensky.

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, disse hoje que enviou uma carta ao chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, com um conjunto de propostas para repor o Acordo dos Cereais do Mar Negro.

“Apresentamos um conjunto de propostas concretas numa carta que enviei ao ministro das Relações Exteriores da Rússia, (…) que permitem criar as condições para a renovação da iniciativa do Mar Negro. Acreditamos que essa iniciativa dá um contributo muito importante para tornar os mercados alimentares mais conforme os nossos objetivos de segurança alimentar”, disse Guterres a jornalistas, na sede da ONU, em Nova Iorque.

O chefe da diplomacia russa referiu-se hoje ao fim da iniciativa, à margem do seu encontro com o homólogo turco, em Moscovo. Citado pela Sky News, Serguei Lavrov voltou a reiterar a posição russa: a de que o Kremlin está disposto a retomar o acordo “amanhã” — mas só se o Ocidente aceitar as suas exigências.

*com Lusa

Dmytro Kuleba partiu ao ataque na resposta àqueles que têm criticado a falta de avanços da contraofensiva ucraniana. Em Toledo no âmbito de um encontro dos ministros da Defesa da União Europeia, o chefe da diplomacia ucraniana disse aos críticos para se “calarem” e valorizou os esforços dos soldados ucranianos na frente de combate.

Criticar a lentidão da contraofensiva é o equivalente a cuspir na cara dos soldados ucranianos que sacrificam as suas vidas todos os dias, avançando e libertando o solo ucraniano, quilómetro após quilómetro. Recomendo a todos os críticos que se calem, vão até à Ucrânia e tentem libertar um centímetro quadrado por eles próprios”, disse Kuleba.

O alto-representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros insistiu hoje que o plano de paz do Presidente da Ucrânia foi o “único que ganhou tração” e apelou à sua adoção por mais países para isolar Moscovo.

“É o único [plano] que ganhou tração e é o único que está a ser discutido”, disse Josep Borrell, em conferência de imprensa conjunta com o ministro dos Negócios Estrangeiros de Espanha, José Manuel Albares, no final de uma reunião dos governantes com a pasta da diplomacia dos 27, em Toledo (Espanha).

O chefe da diplomacia europeia reconheceu que “houve muitos outros, da China, do Brasil, da África do Sul”, mas “nenhum deles tem palco”, apenas o plano apresentado por Volodymyr Zelensky e que já foi “discutido na Arábia Saudita”.

A embaixadora norte-americana nas Nações Unidas (ONU), Linda Thomas-Greenfield, afirmou esta quinta-feira que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, poderá participar presencialmente na semana de alto nível da Organização, que decorrerá em setembro em Nova Iorque.

“Segundo sei, a Albânia irá acolher, durante a semana de alto nível, uma reunião sobre a Ucrânia, e ouvimos dizer que o presidente Zelensky poderá estar aqui. Portanto, sim, a Ucrânia também estará no topo da agenda de todos”, disse a diplomata norte-americana à imprensa, após fazer um balanço da sua presidência rotativa do Conselho de Segurança, a qual deteve durante agosto.

A abertura da 78.ª sessão da Assembleia-Geral está agendada para 5 de setembro e o seu debate geral acontecerá a partir do dia 19 do mesmo mês, onde são esperados chefes de Estados e de governo de dezenas de países.

• As tropas ucranianas já conseguiram cruzar a principal linha de defesa russa no sudeste do país, com avanços em Verbove e Robotyne — um sinal de que a contraofensiva está a fazer progressos, depois de meses de avanços lentos;
• O líder da administração militar de Sumy revelou que as forças russas bombardearam a região dezenas de vezes nas últimas 24 horas, provocando centenas de explosões;
• O ministro da Defesa ucraniano poderá em breve ser afastado do cargo, avançou o jornal Ukrainska Pravda, citando fontes do governo;
• Um grupo de ucranianos das forças especiais tentaram realizar uma série de “atos terroristas em infraestruturas militares e energéticas” na região de Bryansk, situada na fronteira com a Ucrânia;
• Ben Wallace confirmou a sua renúncia ao cargo de ministro da Defesa do Reino Unido, que ocupou nos últimos quatro anos. O ministro para a Segurança Energética, Grant Shapps, foi nomeado para o cargo;
• Jens Stoltenberg confirmou, em entrevista à jornalista da CNN Christiane Amanpour, que este será o seu último mandato à frente da NATO;
• O Ministério da Defesa russo revelou que os seus caças intercetaram uma aeronave norueguesa que se aproximava das suas fronteiras durante a manhã, na zona do mar Barents;
• O Ministério da Defesa Britânico diz que as defesas aéreas russas estão a ter dificuldades a detetar e destruir drones ucranianos no seu território. Moscovo terá destruído durante a madrugada um drone que se aproximava da capital russa;
• A Ucrânia testou novos mísseis de longo alcance que conseguiram atingir com sucesso alvos a 700 quilómetros de distância;
• O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, recebeu em Moscovo o homólogo turco, Hakan Fidan. Entre os temas em discussão estará o acordo dos cereais;
• O porta-voz do Kremlin disse hoje que a Rússia quer fortalecer as relações diplomáticas com a Coreia do Norte;
• O Presidente da Bielorrússia, Alexandr Lukashenko, considerou que os pedidos sobre retirada do grupo Wagner do país “não têm fundamento” e são exigências “estúpidas”;
• Teve hoje lugar o funeral do número dois do grupo Wagner, Dmitry Utkin, um dos fundadores da organização e ex-oficial das forças especiais russas;
• O nacionalista russo Igor Girkin, detido sob acusações de incitar ao extremismo, disse que seria um melhor Presidente do que Vladimir Putin, que vê como um homem ingénuo e “demasiado bondoso”.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, recebeu em Moscovo o homólogo turco, Hakan Fidan. Um dos temas que terá sido discutido pelos líderes, é o acordo de exportação de cereais, segundo a CNN.

A visita de Hakan Fidan à Rússia — que tem durará 48 horas — acontece dias após se ter deslocado a Kiev para conservações com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

O presidente ucraniano confirma o uso de armas de longo alcance na Rússia. Ainda os dados do Ministério Público: 75 crianças ucranianas foram torturadas desde o início da guerra.

Ouça aqui este episódio de Guerra Traduzida:

Zelensky: Ucrânia atinge alvo a 700 km de distância

A descrição é feita por uma fonte militar à imprensa estatal russa. Destaque ainda para combates no sul da Ucrânia e para a queda de dois helicópteros em Donetsk.

Ouça aqui este episódio de Guerra Traduzida:

Militares ucranianos “cansados e em pânico”, diz Rússia