Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • Bom dia, passámos a seguir a campanha eleitoral neste outro artigo em direto.

    Montenegro sugere que Pedro Nuno demonstra “azedume”

    Obrigada por nos acompanhar. Até já.

  • PSD matou o tabu, mas Passos trouxe o "sim é sim"?

    Ex-primeiro-ministro apareceu ao 2º dia de campanha da AD, em Faro. Ao falar de imigração, abriu a porta ao Chega? Ainda os “elogios mornos” a Montenegro. E a abrir, cartas para o debate das rádios.

    PSD matou o tabu, mas Passos trouxe o “sim é sim”?

  • Ventura: "PS e PSD são exatamente a mesma coisa" e Chega é a "marreta para destruir o vício"

    André Ventura volta a repetir que PS e PSD são “iguais” e que, no distrito de Aveiro, de Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro, está a prova de que “tudo falhou”. Falou do número de desempregados e do aumento dos pedidos de ajuda pagar quem não conseguiu pagar casa pagar concluir: “Se nunca conseguiram resolver os problemas do distrito como é que vão resolver os problemas do país?”

    “PS e PSD são a mesma coisa, o mesmo insucesso, as mesmas políticas, a mesma corrupção, os mesmos lugares, as mesmas soluções”, sublinha, antes de partir pagar alguns dos temas que tem levado aos apoiantes que se reúnem em comícios: emigração, imigração forças de segurança ou justiça.

    Realçou que Portugal é um país que “trata melhor os refugiados do que os seus polícias” e atirou que “neste país compensa ser-se bandido”. “Vi aí uma montagem de um outdoor que estava mais acertado: [Pedro Nuno Santos] diz ‘Portugal Inteiro’ e alguém acrescentou ‘vou gamar Portugal Inteiro’”, diz, frisando que “devia ser esse o lema do PS.

    Ventura volta a falar de subsidiodependência pagar realçar que não se preocupa com eleições, mas com as “futuras gerações”, argumentando que o país “além de sustentar o sistema político, as organizações e organismos que não servem pagar nada, ainda está a sustentar quem não quer fazer nada”.

    Como tal, assegura que só o Chega é uma “marreta pagar destruir o vício” de PS e PSD e alertou pagar que “não se passe de um cartão rosa pagar um cartão laranja: “Não esqueçam esta mensagem importantíssima: PS e PSD são exatamente a mesma coisa.”

  • PCP quer aumentar os salários com uma solução simples: "O aumento de salários"

    A “maior urgência” do país, para o secretário-geral comunista é o “aumento geral e significativo dos salários”.

    “Mas pergunta sempre: Como é que se faz? E nós respondemos: Resolve-se com o aumento de salários. É só isto, não custa nada.” E enumera as propostas já conhecidas, desde o Salário Mínimo a 1000€ já este ano, aos aumentos da Administração Pública e revogar a caducidade da contratação coletiva. Tudo soluções que, para Paulo Raimundo, não causam “nenhum desacerto das contas certas”.

    Raimundo quer uma solução para os trabalhadores que sentem “a espada do patronato sobre o pescoço“.

    A CDU não elege em Leiria há quase 40 anos. Por isso, o objetivo é “lutar pela eleição de um deputado”, para lutar por propostas comunistas como a “urgente reclassificação da linha do oeste” e o “forte investimento na floresta” para impedir as “desgraças dos incêndios”.

    No final do discurso, a olhar para a história do Partido Comunista, Paulo Raimundo sublinha os “100 anos de experiência acumulada”, em “Leiria e pelo país fora” a “enfrentar a besta fascista“, num combate descrito pelo secretário-geral como “duro e terrível”.

    “E hoje cá continuamos na luta.”

  • Raimundo quer mais votos "não para abanar bandeiras", mas para "impor soluções"

    É a vez de Paulo Raimundo discursar na Marinha Grande, perante uma sala cheia, como as que vai encontrando “em todo o lado”, o secretário-geral do PCP diz estar a “construir o resultado que nos querem roubar por cima”.

    “Aquilo que ouvimos é que faz falta mais força à CDU” e por isso o objetivo é o reforço da representação na Assembleia da República.

    “Queremos mais eleitos, não para abanar bandeiras“, mas para “aguentar o caminho de abril e elevar as condições de vida do nosso povo”. Raimundo quer mais votos a 10 de março para conseguir “impor soluções“.

    E numa altura em que os acordos à esquerda aquecem a campanha eleitoral, o secretário-geral do PCP lembra o papel “determinante” que o partido assumiu em 2015, não só para “pôr fora do poder o PSD e o CDS”, mas para “garantir avanços”, como o preço dos passes de transportes públicos, os manuais gratuitos e os aumentos das pensões.

  • "Basicamente o que Passos disse foi 'ponham os olhos no Chega'." Ventura diz que "amigo Passos Coelho" fez "bom serviço à democracia"

    André Ventura regressa ao tema de Pedro Passos Coelho durante o discurso no comício de Aveiro e dirigiu-se ao ex-primeiro-ministro como “amigo”, considerando que fez “um bom serviço à democracia” por ter entrado na campanha eleitoral.

    “Queria agradecer daqui, deste comício, ao meu amigo Pedro Passos Coelho por ter conseguido em poucos minutos explicado a Luís Montenegro tudo o que eu ainda não consegui explicar em dois anos de liderança”, realça o líder do Chega, que fez questão de recordar a proximidade que mantém com ex-presidente do PSD — ainda que à entrada, aos jornalistas, tenha recusado que seja o seu ídolo.

    Para Ventura, é preciso perceber se Luís Montenegro “entendeu ou não” a mensagem porque se o PSD não compreendeu que o país está num “limbo” e “à beira da destruição e do colapso” a direita tem de ter “responsáveis” é “ainda pior”. Significa, diz, que “o PSD gosta mesmo de ser muleta do PS”.

    “Acho que Pedro Passos Coelho fez bem em ter vindo para dizer à direita e aqueles que se dizem de direita que o caminho não é por aqui. Basicamente o que Pedro Passos Coelho disse foi ‘ponham os olhos no Chega'”, justifica, frisando que apesar das “discordâncias” com o ex-líder do PSD acredita que “hoje fez um bom serviço à democracia” porque “saiu do conforto da sua casa para dizer aos laranjinhas que ser cópias do PS não dá, e ser o PS 2 não funciona”.

    “Desconfio que até ao fim desta campanha, deste ano ou da legislatura acho que Pedro Passos Coelho ainda se muda para o Chega”, conclui André Ventura.

  • Pedro Nuno acusa Montenegro de se "esconder" ao não ir aos Açores em campanha oficial

    Ainda no ataque ao PSD, Pedro Nuno Santos sublinha o facto de ter vindo aos Açores em tempo de campanha oficial para atirar aos adversário que foi o único que o fez. E acusa mesmo Montenegro de estar a “esconder-se”.

    “Como é possível passar a campanha inteira a ignorar os Açores”, atirou provocando um aplauso da sala no pavilhão multiusos Portas do Mar. Também atirou ao cabeça de lista por Faro, onde Montenegro esteve hoje, que é Miguel Pinto Luz, acusando-o de ter defendido um acordo com o Chega — o outro fantasma da direita que Pedro Nuno Santos tem agitado.

  • Pedro Nuno ataca "espírito de Passos Coelho" e diz que Montenegro é "vira o disco e toca o mesmo"

    Agora, Pedro Nuno aproveita a ida de Passos Coelho à campanha de Luís Montenegro. Começa por dizer que pareceu “ter ido a Faro para marcar o ponto, tal era o entusiasmo dele e do líder do PSD”.

    E depois aponta “as malfeitorias” do tempo de Passos e acusa os sociais-democratas de “terem enganado as pessoas”. “O espírito de Pedro Passos Coelho vai estar sempre em toda a campanha” do PSD, disse sublinhando que o que o PSD fez em 2011, quando governou, foi “esconder-se no memorando”, que “é uma desculpa”, já que o PSD “cortou as pensões com convicção”.

    Quanto ao atual PSD, diz que “é o vira o disco e toca o mesmo” e que “agora é a ver de Montenegro vir fazer como Pedro Passos Coelho e prometer não cortar coisa nenhuma nas pensões”. “O problema de Montenegro é o mesmo de Passos Coelho, não tem credibilidade”.

    Sobre este “espírito” que repete que “vai estar sempre presente”, Pedro Nuno Santos agita o fantasma: “Pedro Passos Coelho é o PSD e o PSD é Pedro Passos Coelho”.

  • Pedro Nuno quer construir "o futuro em cooperação e não em competição" como "as direitas" querem

    No comício do PS em Ponta Delgada Pedro Nuno Santos, depois dos agradecimentos da praxe (ao presidente do partido, ao presidente do PS-Açores, ao cabeça de lista), atirou logo à direita dizendo que para o PS o país “não é a soma de indivíduos como é para o PSD e para as direitas”.

    “Somos uma comunidade interdependente”, disse o socialista que quer “construir o futuro em cooperação e não em competição”.

    Depois enumerou os feitos socialistas nos últimos anos e desafiou, não se sabe quem: “Façam um fact check a cada uma das afirmações”.

    Na diferenciação do PS face á direita ainda sublinhou que o PS sabe que “há coisas que têm de mudar”. “Não estamos satisfeitos, queremos fazer mais, fazer de novo, sabemos o que deve ser corrigido. E aqui também somos diferentes deles”, sublinhou.

  • Líder do CDS-PP/Madeira diz não se recandidata mas elogia trabalho dos centristas no Governo

    O líder do CDS-PP/Madeira, Rui Barreto, confirmou hoje que não vai recandidatar-se à presidência do partido, mas elogiou o desempenho dos centristas nos governos regionais de coligação com o PSD, entre 2019 e 2024.

    “O legado do CDS é um legado muito bom para que, num próximo congresso, quem assumir a liderança, com novos protagonistas e, necessariamente, uma nova estratégia, possa pegar nesse legado e, com uma nova visão, imprimir uma nova esperança”, disse, realçando que o partido foi “um fator de estabilidade, de competência, de responsabilidade no Governo Regional da Madeira”.

    Rui Barreto falava no âmbito de uma reunião da comissão política do CDS-PP, no Funchal, na qual informou a direção e os militantes de que não será candidato no próximo congresso, em abril.

    O líder centrista lamentou, por outro lado, a postura do PSD, que já indicou que vai concorrer sozinho em caso de haver eleições antecipadas na sequência da crise política provocada pelo processo que investiga suspeitas de corrupção na Madeira, no qual o presidente do executivo, o social-democrata Miguel Albuquerque, foi constituído arguido e demitiu-se.

    A exoneração de Albuquerque levou à queda do Governo Regional, de coligação PSD/CDS-PP, com o apoio parlamentar do PAN.

    “Nada faria prever que esta crise política e judicial findasse este acordo, mais a mais que estes dois últimos governos [entre 2019 e 2024] foram governos onde houve muita responsabilidade e houve estabilidade”, disse Rui Barreto, sublinhando que nesse período a região autónoma atingiu “os maiores indicadores económicos de sempre”.

    “Nada faria esperar esta rescisão sem justa causa, porque os momentos de instabilidade que se viveram no quadro do Governo nunca foram provados pelo CDS”, reforçou.

  • PCP. Domingos Abrantes ataca Ventura com Pacheco Amorim. Alguém que cometeu "vários crimes"

    Já na Casa da Cultura da Marinha Grande, coube ao histórico comunista e antifascista Domingos Abrantes de puxar pelos galões da “resistência ao fascismo” levada a cabo pelo PCP, ainda na ilegalidade.

    A defesa do legado do PCP teve um alvo. “Houve um dirigente partidário” que utilizou o PREC para atacar os comunistas. Esse dirigente foi André Ventura, que no debate com Paulo Raimundo acusou o PCP de ser responsável “pelas nacionalizações, pelas expropriações, pelos assassinatos” durante o PREC.

    O ataque não passou em claro a Domingos Abrantes, que devolveu a acusação: “Tem no seu partido alguém que cometeu vários crimes“, uma referência a Diogo Pacheco Amorim. Uma acusação que já tinha sido feita num outro debate, quando Mariana Mortágua acusou André Ventura de ter “como número 2 um dirigente da principal organização terrorista em Portugal, que fez 600 atentados”.

    A olhar para o dia 10 de março, Domingos Abrantes criticou a “operação mistificadora” de apelo ao “voto útil no PS” como se fosse “o único caminho para barrar a ascensão de forças fascistas e fascizantes”.

  • Pedro Nuno recebido por protesto silencioso de polícias à entrada do comício nos Açores

    Em Ponta Delgada, o líder socialista tem jantar-comício marcado para esta noite, no pavilhão multiusos Portas do Mar onde foi recebido por um protesto silencioso de forças de segurança. À chegada de Pedro Nuno Santos, com o cabeça de lista pelo círculo eleitoral, Francisco César, os polícias levantaram cartões vermelhos.

    Esta forma de protesto dos polícias nos Açores não é nova e já tinha acontecido quando o líder socialista esteve nas ilhas na campanha para as legislativas regionais.

  • Tendência de voto. Distância entre AD e PS aumenta, segundo ferramenta da CNN

    A TVI/CNN divulgou os mais recentes resultados da sua ferramenta para medir a evolução da tendência de voto dos portugueses. Com base numa amostra de 600 pessoas, a sondagem realizada pelo IPESPE/Duplimétrica mostra que, ao terceiro dia da recolha, a Aliança Democrática (AD) lidera nas intenções de voto, tendo subido dos 22% iniciais para 26%.

    O PS surge em segundo lugar, ficando-se pelos 21%, uma descida de um ponto percentual face aos primeiros resultados. De acordo com a ferramenta, cresce, assim, a distância entre o partido e a AD — quando foram divulgados os primeiros resultados eram separados por um ponto percentual.

    O Chega mostra, segundo os novos resultados, uma tendência de descida, passando de 16% para 14% face aos valores iniciais. A Iniciativa Liberal mantém-se como quarto partido com mais intenções, apesar de ter descido ligeiramente face à véspera (de 6% para 5%). Segue-se o Bloco de Esquerda, que também desceu (de 5% para 4%%), o Livre, com 3%, a CDU e o PAN, respetivamente com 2% e com 1%.

    A sondagem nota que o ADN – Alternativa Democrática Nacional, que surgiu ao segundo dia no tracking poll, com 1%, mantém a mesma observação ao terceiro dia.

    Em três dias, os indecisos oscilaram entre um mínimo de 17% e um máximo de 19%, que se verifica hoje.

  • RIR acusa partido de Inês Sousa Real de apropriação de frase de Tino de Rans

    “PAN, PAN, PAN com manteiga vegetal é tão bom”. O RIR diz que a frase é apropriação “ilegítima” da música de Tino de Rans. O partido exige pedido de desculpas público e apresentará queixa se o PAN não se retratar.

    “PAN, PAN, PAN com manteiga vegetal é tão bom”. RIR acusa partido de Inês Sousa Real de apropriação de frase de Tino de Rans

  • Ventura justifica ausência no debate das rádios por querer percorrer todos os distritos, mas teve hoje duas ações em Aveiro

    André Ventura justifica a falta ao debate das rádios com a “logística muito forte” de querer percorrer “todos os distritos do país” durante o período de campanha eleitoral. “Era preciso fazer uma escolha: ou íamos ao debate das rádios ou conseguíamos fazer todos os distritos”, argumenta. Porém, nesta segunda-feira, a campanha do Chega esteve apenas no distrito de Aveiro, com um comício à tarde e outro de manhã, pelo que Ventura se tivesse ido apenas à ação da noite não falharia este distrito nem o debate.

    Ainda assim, o presidente do Chega fez questão de referir que o partido contactou a rádio para “poder fazer à distância e entendeu-se que não se podia fazer”. E recordou uma situação durante os frente a frente: “Há umas semanas Luís Montenegro pediu para fazer um debate na televisão [a partir] do Porto e isso foi autorizado e a mim não foi. Tire as conclusões quem quiser tirar as conclusões.”

    Confrontado com o facto de ser outro formato e outra direção, Ventura confirma, mas insiste que “era perfeitamente possível”.

  • Mortágua: "Há uma elite que assalta Portugal de muitas formas" e que quer imigrantes com menos direitos

    Mortágua diz agora que há uma elite que “assalta Portugal de tantas formas diferentes”, sem pagar os impostos que deve e faz negócio com o extrativismo. “Quando dizem que querem fechar fronteiras querem dizer que continuem a entrar imigrantes, porque se não a economia pára, mas sempre com menos direitos”.

    “Se quem trabalha não tem esperança de regularização, então o que resta são as máfias”, lamenta. “Aparece sempre um novo esquema, porque as máfias alimentam-se do modelo económico em Portugal, e o modelo económico alimenta-se da máfia”.

    Diz que é preciso responsabilizar “quem ganha com o abuso dos trabalhadores”, incluindo no plano criminal. Enumera as prioridades que o Bloco aponta para proteger “o que resta das terras alentejanas” afetadas pela agricultura superintensiva, que consome recursos “que não temos”: parar o licenciamento de estufas, parar a exploração de trabalhadores, obrigar a uma avaliação integrada de impacto ambiental e social das explorações, novas regras para menos desperdício de água, investimento real na transição climática.

    “Nunca vi tanto azeite produzido e tanta gente que não consegue aceder ao azeite porque o preço não pára de subir”, aponta. Diz que esta é uma candidatura de futuro, que não se conforma que as terras do Alentejo sejam deixadas à sobreexploração e ao abandono, defendendo um novo modelo económico.

  • Mortágua: "Extrema-direita aponta o dedo aos mais frágeis porque têm medo de que olhemos para cima, para quem lucra e explora"

    Mortágua prossegue falando da “máfia” que lucra com a exploração do trabalho e o abandono dos imigrantes que não conhecem a língua, os seus direitos ou os serviços públicos, sem instrumentos para se “fixarem nesta terra”.

    A razão para o discurso da extrema-direita contra os imigrantes é “o lucro, o dinheiro, sempre o que fala mais alto”. Diz que defendem que os “abusados” são culpados por não haver casas. “Como pode quem vive em barracas ser culpado pela crise da Habitação? Como pode quem é explorado ser culpado pelos baixos salários?”. E lembra que os imigrantes contribuem com 1600 milhões de euros por ano para a Segurança Social — “estão a ajudar a pagar pensões”.

    “A extrema-direita aponta o dedo aos mais frágeis porque têm medo de que olhemos para cima, para quem lucra e explora”, dispara. São esses que têm a ganhar com o “trabalho clandestino”.

  • Mortágua no Alentejo: "Há quem lucre muito enquanto mata o planeta"

    Mariana Mortágua está agora a falar num jantar-comício em Évora, no quartel dos bombeiros da cidade. Diz que a média de idades dos candidatos do BE pelo interior com quem tem estado será de cerca de 25 anos e é aplaudida.

    “Quem nos últimos tempos tiver andado por estes campos” vai notar que não se ouvem os característicos pássaros da terra, começa. “Mas há uma produção recorde de azeite. Sucedem-se relatos de conquistas maravilhosas no Alentejo. Mais houvesse, mais se vendia”, relata.

    E passa ao “plástico” das estufas de Odemira. Boa parte destes hectares “estão nas mãos de fundos financeiros internacionais que arrendam ou compram estas terras para as explorarem” e venderem daqui a uns anos, quando não houver “mais nada”, garante. Esses fundos recebem benefícios fiscais. “Sempre lhe chamámos o que é: uma brutal irresponsabilidade”.

    Sobre a seca, diz que há quem queira acelerar a “corrida para o abismo”, uma produção superintensiva, “abuso máximo sobre a terra e quem a trabalha”. “Como se a natureza pudesse ser fintada e pudéssemos desviar o leito dos rios”, critica. “Isto não é desenvolvimento, é atraso. E é perigoso”. Nos dez anos desde o acordo de Paris não houve “a transição que nos tinham prometido”, prossegue.

    “Há quem diga que o mercado fará essa transição porque não há lucro quando o planeta estiver morto. Mas há quem lucre muito enquanto mata o planeta, como com uma economia fraca, dependente, empobrecida como aqui no Alentejo”.

    É um território marcado pelo extrativismo e a sobrexploração, atira. E fala de quem fez uma travessia perigosa “em busca de uma vida melhor”, “em desespero”, cuja força não pode “deixar ninguém indiferente”, incluindo os próprios alentejanos que também emigraram. “O Alentejo tem hoje mais crianças nas escolas, gente nas aldeias e vilas que estavam desertas. Isto devia ser motivo de celebração, mas não podemos celebrar o abuso de trabalhadores”.

  • Querem Passos Coelho "montado num cavalo branco"?

    A relação entre Luís Montenegro e Pedro Passos Coelho “já conheceu melhores dias”. É a análise feita por Miguel Pinheiro que avalia ainda o debate em que Paulo Raimundo e Rui Rocha “saíram beneficiados” e os candidatos do PS e AD “estiveram apagados”.

    Ouça aqui o Caça ao Voto:

    Querem Passos Coelho “montado num cavalo branco”?

  • Ventura: "Passos Coelho foi a um comício dizer a Luís Montenegro o que devia fazer todos os dias"

    Relativamente à presença de Passos Coelho na campanha da AD, André Ventura, à entrada do comício da noite em Aveiro, foi perentório: “Acho que hoje Passos Coelho foi a um comício dizer a Luís Montenegro o que devia fazer todos os dias.”

    E explica porquê: “Na imigração, é preciso regulá-la, a escola não pode ser inundada com a ideologia de género pondo pela goela abaixo das crianças e dizer-lhes quem devem ser. Em 20 minutos Passos Coelho explicou a Montenegro como é que há dois anos devia fazer no PSD.”

    O líder do Chega considera que “Passos Coelho foi à AD dizer o óbvio, que o único caminho que a AD tem é este, aquilo que andamos a dizer”. E nota que ainda referiu o tema da estabilidade governativa.

    “O que Passos Coelho disse é o óbvio, que à direita cabe dar estabilidade e Montenegro parece não perceber isso. Se calhar Passos Coelho ainda tem de ir no último dia”, reitera, deixando um desafio ao líder da AD: “Luís Montenegro, se me estiveres a ouvirm chama Passos Coelho mais vezes para ele te explicar como é que deves fazer.”

    Recusa ainda dizer que Passos Coelho é o seu ídolo político, dizendo que o único ídolo é Deus e recusa também dizer que esteja a aguardar por um regresso do ex-líder do PSD caso Montenegro fique em segundo e não governe.

1 de 7