Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • Bom dia. Este liveblog vai ser encerrado. Obrigada por nos ter acompanhado.

    Pode continuar a par dos desenvolvimentos da guerra na Ucrânia neste novo liveblog.

  • Rússia está a "apagar Sudzha da face da terra", acusam forças armadas da Ucrânia

    As forças armadas da Rússia estão a “apagar da face da terra” a cidade de Sudzha, na região de Kursk, disse este sábado o comandante das Forças Terrestres da Ucrânia, Oleksandr Pavliuk, citado pelo Kyiv Independent.

    Numa tentativa de atingir as forças ucranianas, que ocupam a cidade há cerca de duas semanas, a Rússia está a atacar Sudzha, de forma constante, com bombas aéreas guiadas e com drones kamikaze.

    [As forças russas] estão a destruir o seu próprio povo. Apesar de Sudzha estar na retaguarda, os russos estão a apagá-la da face da terra”, disse Pavliuk. Apesar de a maioria parte dos cinco mil habitantes da cidade terem sido retirados, ainda há cerca de 200 pessoas que permanecem em Sudzha — uma cidade que dista cerca de 10 quilómetros da fronteira com a Ucrânia.

    Segundo Pavliuk, as tropas ucranianas estão a ajudar os habitantes da cidade.

  • Ministro da Defesa ucraniano recusa ligação entre saída de Oleshchuk e queda de F-16

    Rustem Umerov, o ministro da Defesa ucraniano, confirmou hoje que Kiev apresentou a Washington uma lista de alvos russos a abater, com o objetivo de obter permissões para utilizar armas de longo alcance contra eles, pedido que ainda não foi aceite pelos Estados Unidos. As declarações foram feitas em entrevista à CNN horas antes de se ter reunido com o secretário da Defesa norte-americano.

    Na mesma entrevista, Umerov recusou que a demissão de ontem do Comandante da Força Aérea, Mykola Oleshchuk, tenha estado relacionada com a queda de um jato F-16. “Diria que isto foi uma rotação. São dois assuntos separados. Neste momento, eu não os ligaria”, afirmou, classificando a morte do piloto como “infeliz”, que já está a ser investigado, e a demissão como uma tentativa de “fortalecer” a Força Aérea.

    Fontes ocidentais, que tiveram acesso a esta investigação preliminar, relataram esta manhã ao New York Times, que havia “indicações” que a queda do jato tinha sido causada por “fogo amigo” de um sistema de defesa anti-aérea Patriot. Porém, a possibilidade de ter sido um erro do piloto ainda não foi excluída.

  • Dois mortos em novo bombardeamento russo em Kharkiv

    O governador regional de Kharkiv relatou hoje dois mortos e oito feridos num bombardeamento russo na localidade de Cherkaska Lozova. Oleh Syniehubov escreveu no Telegram que uma das vítimas foi retirada dos escombros e outra morreu na ambulância. Kharkiv assinala hoje um dia de luto pela morte de sete pessoas num outro ataque ontem.

  • "Num cenário militar real, a NATO podia esmagar a Rússia", afirma ministro da Lituânia

    Gabrielius Landsbergis, ministro dos Negócios Estrangeiros da Lituânia, que tem sido um dos países mais vocais no apoio da entrada da Ucrânia na União Europeia e NATO argumentou que estes grupos precisam de tomar decisões mais fortes, para fazer frente aos desafios russos, pois têm capacidade militar para o fazer.

    “Quando juntamos o número de tropas, tanques e dinheiro, a Rússia não está nem perto do poder que tinha durante a União Soviética, quando igualava a NATO. Num cenário militar real, é incomparável. A NATO podia esmagar a Rússia”, argumentou, numa entrevista ao Kyiv Independent publicada hoje. “Mas os russos não estão a contar com isto. Estão a contar com fraqueza democrática, incapacidade de tomar decisões e diferença de opiniões”, acrescentou, numa crítica indireta aos bloqueios que a Hungria tem colocado aos processos de decisão na comunidade europeia.

    Sobre a capacidade de previsão durante uma guerra, Landsbergis classificou a ofensiva ucraniana em Kursk como “inteligente”, por ter sido feita de maneira tão discreta. O ministro afirmou que a necessidade de transparência entre os aliados torna as decisões do Ocidente muito previsíveis para Putin.

    Ainda assim, considerou que as ações do Kremlin são igualmente previsíveis para quem “não vive debaixo de uma pedra”. “Não houve uma única pessoa nos Bálticos que tivesse ficado surpreendida [com a invasão em 2022]. Ficámos chocados com a ferocidade, mas não surpreendidos. Depois de 2008, quando Putin passou a fronteira da Geórgia, ele mostrou o que era capaz e estava pronto para fazer”, declarou.

  • Cinco mortos em ataque russo em Chasiv Yar

    O responsável da administração militar regional de Donetsk relatou hoje um bombardeamento russo em Chasiv Yar, que matou cinco pessoas, entre os 24 e os 38 anos.

    Esta cidade localiza-se a poucos quilómetros da frente de batalha leste, onde os combates são mais intensos. “Chasiv Yar é uma cidade em que uma vida normal não tem sido possível por mais de dois anos”, escreveu Vadim Filashkin no Telegram, apelando ainda aos moradores que ainda vivem na cidade, que a evacuem, para a sua segurança.

  • "É preciso dar as armas certas para a Ucrânia"

    Ana Miguel dos Santos afirma que Zelensky insiste nos apelo por armas. A especialista em assuntos militares garante que “oferecer carros sem dar as chaves” pode ter um efeito perverso.

    Ouça aqui o novo episódio do “Gabinete de Guerra” da Rádio Observador.

    “É preciso dar as armas certas para a Ucrânia”

  • Rússia reivindica controlo de nova localidade em Donetsk

    O Ministério da Defesa russo declarou hoje ter tomado controlo da localidade de Kirove, na região de Donetsk, relatou o jornal The Guardian. Neste momento, esta frente tem sido palco do maior número de combates e os russos continuam a reivindicar avanços na direção de Pokrovsk, uma importante cidade mineira que já foi evacuada.

    Ontem, o mesmo jornal citava analistas militares e dados público, notando que os avanços russos no leste aceleraram desde que a Ucrânia começou a operação em Kursk, no dia 6 de agosto, e focou os seus esforços de guerra nessa região. Contudo, soldados ucranianos dizem que “a incursão em Kursk não justifica o colapso das linhas da frente”, apontando em vez disso a “exaustão das tropas”.

  • Biden recusa enviar norte-americanos para a Ucrânia para manutenção dos F-16

    A administração de Joe Biden recusou a proposta de enviar civis norte-americanos para a Ucrânia, para ajudarem na manutenção dos equipamentos militares ocidentais, incluindo os jatos F-16 que foram enviados pela primeira vez este mês, avançou hoje o Wall Street Journal.

    O Conselho de Segurança Nacional analisou esta semana esta possibilidade, mas acabou por se considerada um risco de segurança. “A comunidade de informação levantou preocupações sobre a possibilidade de a Rússia tomar como alvos os funcionário norte-americanos na Ucrânia”, relatou um oficial norte-americano ao jornal.

  • Cinco mortos em ataques ucranianos na região russa de Belgorod

    O governador regional de Belgorod relatou esta manhã vários ataques das Forças Armadas ucranianas, que mataram cinco civis, durante as últimas 24 horas.

    Vyacheslav Gladkov detalha ainda vários estragos em infraestruturas, carros e habitações, assim como 37 feridos, incluindo sete crianças, que foram transportados para o hospital da cidade de Belgorod. Os ataques foram levado a cabo com recurso a vários drones, escreveu o governador no Telegram.

    Do lado ucraniano, o número de mortos no ataque de ontem a um prédio residencial em Kharkiv subiu para sete durante a noite, depois dos trabalhos dos serviços de emergência. A cidade declarou um dia de luto por estas vítimas.

  • Rússia lança novo ataque com 52 drones, Ucrânia diz ter destruído 24

    A Força Aérea ucraniana relatou na manhã deste sábado um novo ataque aéreo russo contra várias regiões do país, incluindo a capital Kiev. As defesas anti-aéreas foram ativadas, tendo sido destruídos 25 dos 52 drones Shahed-131/136, que foram disparados da região de Kursk, relatam as autoridades num comunicado no Telegram.

    Dos restantes drones, 25 caíram sem intervenção das forças ucranianas, outros dois regressaram à Rússia e um último voou para a Bielorrússia, declaram no mesmo comunicado. Para além destes drones de fabrico iraniano, Moscovo terá disparado ainda um míssil balístico e quatro mísseis teleguiados, a partir da região ocupada de Donetsk. Até agora, não foram registadas vítimas ou danos.

  • "Todos têm de se lembrar que a tática mais eficaz é impedir o mal de acontecer": Zelensky insiste nos apelos por armas

    O Presidente ucraniano utilizou o seu discurso diário para insistir naquela que tem sido a maior prioridade de Kiev: as armas de longo alcance. Volodymyr Zelensky destacou a morte de uma rapariga em Kharkiv, partilhando o seu nome e a sua idade, como prova dos “horríveis e cruéis ataques russos contra prédios e parques“.

    “A Rússia vai ser responsabilizada por todo o mal. Mas todos têm de se lembrar que a tática mais eficaz é impedir o mal de acontecer”, afirmou, reforçando o apelo aos parceiros para a entrega de armas de longo alcance. Para além de equipamentos militares, Zelensky destacou a necessidade de “outras coisas que nos aproximem do fim da guerra, porque para Putin o aspeto mais importante das suas guerras é o terror contra civis, a intimidação, o abuso das pessoas. É assim que o terror russo chegou a todo o lado, à Síria, à Geórgia, à Ucrânia”, argumentou.

    Para além destes apelos, o chefe de Estado ucraniano salientou ainda as reuniões regulares com o Comandante das Forças Armadas, que continuou a garantir “esforços máximos” na frente mais difícil, em Pokrovsk, e o aumento do “fundo de troca” na ofensiva em Kursk. Outra reunião que mereceu o destaque foi a do executivo sobre a preparação do novo letivo, nomeadamente a garantia de energia nas escolas, face aos ataques russos que têm diminuído a capacidade da rede nacional.

    Por último, Volodymyr Zelensky confirmou que “decidiu substituir” o Comandante da Força Aérea. Sem apresentar justificações para a decisão, afirmou apenas que “precisamos de nos fortalecer. Tomar conta das pessoas. Tomar conta do pessoal e tomar conta de todos os guerreiros“.

  • Número de mortos em Kharkiv sobe para seis

    O autarca de Kharkiv relatou a morte de quatro pessoas, no bombardeamento a um complexo habitacional na cidade. Inicialmente, tinham sido confirmadas três vítimas neste ataque, mas Igor Terekhov acrescentou a morte de uma criança no parque infantil do prédio, segundo uma publicação no seu Telegram.

    As autoridades ucranianas não detalharam as circunstâncias da morte das outras duas vítimas, num total de seis vítimas mortais. Já o número de feridos subiu de 47 para 55.

  • Volodymyr Zelensky demite Comandante da Força Aérea

    Segundo um decreto presidencial publicado hoje, o Presidente Volodymyr Zelensky demitiu Mykola Oleshchuk, o Comandante da Força Aérea ucraniana. A informação é partilhada pela Reuters.

    A Sky News avança que a demissão poderá estar relacionada com a queda de um jato F-16 ontem, depois de a deputada ucraniana Mariana Bezuhla ter declarado que a aeronave foi abatida pelos sistemas de defesa anti-aéreos ucranianos. Contudo, as acusações não foram confirmadas de forma oficial e Oleshchuk classificou-as como “um instrumento para descrédito da liderança”.

  • Putin visita Mongólia: Mandados do TPI em cheque, com "pouca aplicação prática"

    Diana Soller afirma que o episódio questiona a eficácia dos mandados do Tribunal Penal Internacional. A especialista em Relações Internacionais lamenta também a lentidão da UE na sua militarização.

    Ouça aqui o novo episódio de “Gabinete de Guerra” da Rádio Observador.

    Putin visita Mongólia: Mandatos do TPI em cheque, com “pouca aplicação prática”

  • União Europeia não vai entrar na Ucrânia para treinar tropas

    Josep Borrell garantiu hoje que a UE vai treinar mais 15 mil soldados ucranianos até ao fim do ano, num total de 75 mil. Contudo, a comunidade europeia recusou o pedido de Kiev que estava em cima da mesa, para o fazer em território ucraniano.

    “Alguns Estados-membros estavam prontos, outros estavam relutantes. Decidimos que o treino será o mais próximo possível da Ucrânia, sem ser em território ucraniano“, explicou Borrell aos jornalistas, à saída da reunião dos ministros europeus.

    A título pessoal, o Alto Representante para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, afirmou concordar com a proposta de Kiev, notando que era “apropriada”, pois os soldados estariam a treinar no mesmo ambiente em vão ter de lutar.

  • Cinco mortos em ataques russo em Kharkiv. Zelensky diz que podiam ter sido evitados com armas de longo alcance

    O administrador regional de Kharkiv relatou hoje cinco bombardeamentos russos contra a região, que resultaram na morte de cinco pessoas, incluindo uma rapariga de 14 anos, e em 47 feridos, 20 deles em estado grave.

    Várias casas e carros ficaram destruídos e três das vítimas morreram num ataque a edifício de doze andares, que ainda está a ser evacuado, informou Oleg Sinegubov no seu canal de Telegram.

    O Presidente Volodymyr Zelensky partilhou um vídeo do incêndio que deflagrou na sequência desta ataque, utilizando o ataque para ilustrar a necessidade de armas de longo alcance em Kiev. “O ataque foi levado a cabo utilizando um bomba aérea guiada russa — um ataque que podia ter sido prevenido se as nossas forças de Defesas tivessem a capacidade de destruir equipamentos militares russos nas suas bases. Precisamos de decisões fortes dos nossos parceiros para parar este terror”, escreveu o chefe de Estado na publicação no X.

  • Ucrânia pede à Mongólia que cumpra mandado do TPI e prenda Putin

    Kiev instou hoje a Mongólia a prender o Presidente russo, Vladimir Putin, que deverá visitar aquele país na próxima terça-feira, com base num mandado emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por alegados crimes de guerra na invasão da Ucrânia.

    “Apelamos às autoridades da Mongólia para que executem o mandado de captura internacional obrigatório e transfiram Putin para o Tribunal Penal Internacional de Haia”, declarou o Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano em comunicado.

  • Ursula von der Leyen quer que União Europeia seja um “projeto de segurança”

    presidente da Comissão Europeia expressou hoje o desejo de que a União Europeia seja, no contexto da guerra na Ucrânia, um “projeto de segurança”, mais do que o projeto político-económico que é atualmente.

    Na sua primeira intervenção depois de ser reeleita presidente do executivo comunitário, Ursula von der Leyen apresentou uma ideia de uma UE com uma conceção diferente: “Quero pensar na União como um projeto intrinsecamente de segurança.”

    No âmbito de uma conferência sobre segurança, em Praga, capital da República Checa, a antiga ministra da Defesa da Alemanha advogou que é necessário reestruturar a UE para adaptá-la a um contexto cada vez mais securitário e começar a “produzir produtos de defesa a uma escala continental”.

    “Serão necessários investimentos massivos para reestruturar a nossa indústria de armamento”, sustentou Ursula von der Leyen.

  • TPI pede à Mongólia que execute mandado de detenção contra Putin

    O Tribunal Penal Internacional (TPI) pediu hoje à Mongólia que execute o mandado de detenção contra o Presidente russo, Vladimir Putin, durante a sua visita ao país na próxima terça-feira.

    O tribunal recordou, num comunicado, que a Mongólia é um Estado-Parte no Estatuto de Roma do TPI e que depende precisamente dos seus Estados-Partes e de outros parceiros para executar as suas decisões, incluindo em relação aos mandados de detenção.

    “Os Estados-Partes no Estatuto de Roma do TPI são obrigados a cooperar em conformidade com o Capítulo IX do Estatuto de Roma, enquanto os Estados não-Partes podem decidir cooperar numa base voluntária”, recorda o tribunal.

    O tribunal adverte que, “em caso de não cooperação, os juízes do TPI podem fazer uma constatação nesse sentido” e comunicá-la à Assembleia dos Estados-Partes, que tomará então “as medidas que considerar adequadas”.

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