Se agora chegou ao nosso liveblog, saiba que a noite desta sexta-feira ficou marcada pela notícia do Politico, que dá conta de que a União Europeia possui “informações muito credíveis” de que a China está a “flirtar” e “pondera” prestar ajudar militarmente a Rússia. Em resposta, Bruxelas garante “imporá barreiras comerciais” se tal acontecer.

• Já foram reparadas as linhas elétricas da central nuclear de Zaporíjia, a maior da Europa e uma das maiores em todo o mundo, que na madrugada de 4 de março foi bombardeada pelas forças russas.

• O ministro do Interior da Ucrânia, Denys Monastyrsky, alertou para a elevada quantidade de explosivos que não rebentaram, e que vão ter de ser desativados.

• O Kremlin apelou esta sexta-feira aos russos que não açambarquem produtos nos supermercados, insistindo que não há necessidade. “Os russos não têm qualquer necessidade de ir a correr para as lojas comprar trigo sarraceno, açúcar e papel higiénico.”

• EUA colocam na lista negra 100 aviões russos, incluindo jato de Abramovich.

• Os meios de comunicação ucranianos estão a noticiar a morte de Andrey Mordvichev, tenente-general e comandante do oitavo exército de armas combinadas, no aeroporto de Chernobayevka, em Kherson.

• O governo ucraniano criou um organismo para coordenar a entrega de ajuda humanitária à Ucrânia, anunciou Volodymyr Zelensky.

O Presidente da Ucrânia diz que mais de 9.000 pessoas foram esta sexta-feira retiradas da cidade de Mariupol, e um total de 180.000 foram retiradas de várias zonas do país devido aos sete corredores humanitários que estão em funcionamento.

Os corredores permitiram também a entrega de centenas de toneladas de “bens essenciais”.

Ainda assim, Zelensky diz que as forças russas “continuam a bloquear a entrega de ajuda humanitários” na maioria das cidades.

O governo ucraniano criou um organismo para coordenar a entrega de ajuda humanitária à Ucrânia.

Além desta ajuda ser distribuída dentro do país, incluindo as deslocados internos, o Presidente Volodymyr Zelensky diz ter dado “instruções aos funcionários governamentais, e também à Cruz Vermelha Internacional, para ajudar o nosso povo que vive no estrangeiro desde 24 de fevereiro, e que requer a atenção do nosso Estado e das organizações internacionais”.

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou esta sexta-feira um programa governamental para ajudar as pessoas que tiveram de deixar a suas casas por causa da guerra.

“Dei instruções ao Gabinete de Ministros para desenvolver um programa abrangente de apoio a estas pessoas, o nosso povo”, disse, em mais um vídeo divulgado nas redes sociais.

O programa implica apoio financeiro a estes deslocados, alojamento e ajuda às famílias que acolham pessoas que venham de zonas de conflito. “No mínimo, estas pessoas vão ser reembolsadas pelos gastos”, explicou Zelensky. O Presidente diz que os pormenores serão apresentados “em breve” pelo primeiro-ministro, Denys Shmyhal.

O presidente da câmara de Mykolaiv diz que a cidade foi bombardeada a curta distância, resultando em dezenas de vítimas, de acordo com o jornal Kyiv Independent.

Devido à proximidade com que os ataques aéreos foram feitos, não houve tempo para fazer soar os alarmes de bombardeamento, diz o autarca.

⚡️Dozens of victims reported in Mykolaiv after March 18 shelling and airstrike.

Oleksandr Senkevich, mayor of Mykolaiv, said the city was fired at from close range, so there was no time to sound air raid sirens.

— The Kyiv Independent (@KyivIndependent) March 18, 2022

Os meios de comunicação ucranianos estão a noticiar a morte de Andrey Mordvichev, tenente-general e comandante do oitavo exército de armas combinadas, no aeroporto de Chernobayevka, em Kherson.

Se esta informação for confirmado, esta será, até ao momento, a maior patente a morrer no exército russo desde o início da invasão à Ucrânia.

According to preliminary information, Lieutenant General Andrei Mordvichev, commander of the 8th Combined Arms Army of the Southern Military District of the Russian Armed Forces, was slain in #Chernobayevka, The Insider reports. pic.twitter.com/dhcDNMrw5q

— NEXTA (@nexta_tv) March 18, 2022

Arkady Dvorkovich, vice-primeiro-ministro de Medvedev, deu entrevista a revista nos EUA e condenou guerra com Ucrânia. Após ser acusado de “traição nacional”, pediu demissão da fundação a que presidia

“Traidor nacional”. Antigo oficial de topo do Kremlin demite-se, dias depois de condenar guerra contra a Ucrânia

José Duarte, português que foi resgatar refugiados da guerra na Ucrânia, descreve a “situação desumana” na fronteira da entrada para a Hungria. “Não nos deixaram passar porque trazemos ucranianos”.

Discriminação a refugiados. “Isso que se diz da Europa estar de braços abertos é mentira”

O Kremlin apelou esta sexta-feira aos russos que não açambarquem produtos nos supermercados, insistindo que não há necessidade.

“Os russos não têm qualquer necessidade de ir a correr para as lojas comprar trigo sarraceno, açúcar e papel higiénico”, disse aos jornalistas o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, citado pelo jornal Moscow Times.

O preço dos produtos alimentares tem vindo a subir na Rússia e há relatos de prateleiras vazias, motivadas por uma corrida aos supermercados.

“Este alvoroço em torno do abastecimento das lojas é extremamente emocional”, comentou.

O ministro do Interior da Ucrânia, Denys Monastyrsky, alertou esta sexta-feira para a elevada quantidade de explosivos que não rebentaram, e que vão ter de ser desativados.

À Associated Press, Monastyrsky disse que a Ucrânia vai precisar de ajuda dos países ocidentais para conseguir lidar com a situação. “Um enorme número de projéteis e minas foram disparados contra a Ucrânia e uma grande parte não explodiu, continuam debaixo dos escombros e representam uma verdadeira ameaça. Vai levar anos, não meses, a desativá-los”, disse Monastyrsky.

Já foram reparadas as linhas elétricas da central nuclear de Zaporíjia, a maior da Europa e uma das maiores em todo o mundo, que na madrugada de 4 de março foi bombardeada pelas forças russas, está a avançar a agência ucraniana Interfax.

No início desta semana, a energia já tinha sido restaurada na central nuclear de Chernobyl, que se mantém sob controlo russo.

Boa tarde,

se agora chegou ao nosso liveblog, saiba que a tarde desta sexta-feira ficou marcada com o final da videoconferência entre Xi Jinping e Joe Biden. Não houve qualquer conclusão, nem qualquer desfecho sobre a posição chinesa. Pequim manteve a ambiguidade, enquanto os EUA mantiveram ameaças de sanções.

• O ex-Presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, apelou ao encerramento do espaço aéreo ucraniano e afirmou que o país não precisa dos soldados europeus — só de munições e alimentos.

• Um dos mistérios que está a marcar o dia de hoje: “Onde está Putin”? Num discurso ao país, durante os festejos do aniversário da anexação da Crimeia pela Rússia, o Presidente russo desaparece numa mudança de plano, trocando por um concerto.

• Vladimir Putin disse que “todo o planeta está agora a pagar pelas ambições do ocidente”. “A elite dominante no Ocidente não está a pensar em como melhorar a vida dos cidadãos nos países ocidentais”, afirmou.

• À conversa com Macron, que está “extremamente preocupado” com o que se passa na cidade de Mariupol e que pediu um cessar-fogo, Putin acusou a Ucrânia de cometer “crimes de guerra”. O Presidente russo assegurou que o país faz “tudo para proteger civis”.

• O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, diz apoiar a ideia da criação de um fundo solidário “para ajudar a disponibilizar serviços básicos e responder às necessidades imediatas dos cidadãos” na Ucrânia.

• A jornalista ucraniana Victoria Roshchyna, que trabalha para o canal de televisão digital Hromadske, desapareceu no dia 15 de março, com a empresa de media a acreditar que está “detida pelos ocupantes russos”.

• Por cá, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou, em Moçambique, que “Portugal está em condições de cumprir os seus compromissos relativamente à NATO, e ao que a NATO pode solicitar”.

Imagens mostram o sistema anti-aéreo, em Kiev, que está há vários minutos a intercetar vários presumíveis mísseis do exército russo contra a capital da Ucrânia.

São ouvidas várias explosões na cidade.

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR