Momentos-chave
- Zelensky menciona ofensiva em Kursk: "A Rússia trouxe a guerra para nossa terra e deve sentir o que fez"
- Retiradas mais de mil crianças de aldeias junto à linha da frente de Donetsk
- Putin assina nova lei para pôr na “lista negra” organizações com participação estatal estrangeira
- Governo russo aloca 19 milhões de euros para ajuda a Kursk
- Caças F-16 avistados pela primeira vez nos céus de Kherson
- Putin oferece ajuda de 105 euros aos residentes de Kursk para abandonarem a região
- Putin reúne-se com governador de Kursk, que continua sob ataque ucraniano pelo terceiro dia consecutivo
- Ucrânia avançou 10 quilómetros em território russo, controla onze aldeias e fez 40 prisioneiros
- Reconquistar a Crimeia é mais fácil do que reconquistar o Donbass, diz chefe das secretas militares ucranianas
- Medvedev diz que operação militar na Ucrânia passa a ser "explicitamente extraterritorial" e apela à conquista de Kiev "e mais além"
- Kiev pede ao México que prenda Putin na posse de Sheinbaum
Histórico de atualizações
-
Bom dia, passámos a seguir a guerra na Ucrânia — quando as atenções estão voltadas para as incursões terrestres do país invadido na Rússia — neste outro artigo em direto.
Obrigada por nos acompanhar. Até já!
-
Zelensky menciona ofensiva em Kursk: "A Rússia trouxe a guerra para nossa terra e deve sentir o que fez"
Volodymyr Zelensky falou hoje, ainda que indiretamente, sobre a entrada das tropas ucranianas na região fronteiriça de Kursk, sublinhando que a Rússia “deve sentir” os efeitos da guerra que desencadeou.
“A Rússia trouxe a guerra para nossa terra e deve sentir o que fez”, afirmou, sem nunca mencionar diretamente a ofensiva em Kursk, que dura há já três dias.
Na mensagem, o presidente disse ainda que “os ucranianos sabem como atingir seus objetivos” e que não escolheram estar em guerra.
“Esforçamo-nos para atingir os nossos objetivos o mais rapidamente possível em tempos de paz. Em condições de paz justas. E isso vai acontecer”, garantiu ainda o governante.
-
Retiradas mais de mil crianças de aldeias junto à linha da frente de Donetsk
Mais de mil crianças ucranianas foram retiradas de aldeias próximas à linha da frente de Donetsk nos últimos três dias, enquanto mais de 3.700 ainda não foram colocadas em segurança, informou hoje a polícia ucraniana.
“Durante os três primeiros dias de evacuação das zonas perigosas, foram resgatadas 1.010 crianças de 756 famílias”, anunciou a polícia em comunicado.
Mais de 20 equipas de evacuação compostas por polícias, bombeiros e profissionais de saúde participaram na operação, enquanto algumas famílias também partiram sozinhas, informou a polícia.
“A retirada forçada das nossas crianças está em curso numa zona situada a dez quilómetros do inimigo. Esta zona inclui as cidades de Selidove, Ukrainsk, Novogrodivka e Mirnograd”, explicou o governador regional de Donetsk, Vadim Filashkin, segundo a agência Ukrinform.
-
Putin assina nova lei para pôr na “lista negra” organizações com participação estatal estrangeira
O Presidente russo promulgou hoje uma nova lei que amplia os critérios para classificar como “indesejáveis” organizações que operem na Rússia, sendo a principal novidade a inclusão nessa lista das fundadas por Estados estrangeiros ou com participação destes.
Até agora, a rotulação como “indesejáveis” aplicava-se apenas a organizações estrangeiras não-governamentais.
Além disso, nos termos da nova legislação hoje assinada por Vladimir Putin, as pessoas que trabalham para essas organizações passam a poder ser condenadas a penas de prisão de até seis anos, informou a agência noticiosa Interfax.
-
"Avanço positivo". Ucrânia explora fraquezas russas
Nova investida ucraniana com resultado positivo. Bruno Cardoso Reis sublinha a dificuldade da Rússia em provar ser potência militar, apesar da assimetria de poder. E Netanyahu, o “grande sobrevivente” da política israelita.
Ouça aqui o novo episódio de “Gabinete de Guerra”.
-
Zelenksy anuncia "app" para "modernizar e fortalecer o exército"
O Presidente ucraniano anunciou hoje o lançamento de uma aplicação digital para ser utilizada pelas Forças Armadas ucranianas. A “Army+” tem como objetivo “melhorar a eficiência e fortalecer o exército, fortalecendo cada comandante e cada soldados”. Na prática, será uma forma de diminuir a burocracia nas forças armadas, “permitindo aos soldados evitar perder tempo”, declarou Volodymyr Zelensky no evento de apresentação. Apesar do momento público, em que estiveram presentes várias das altas patentes das forças armadas ucranianas, Kiev continua sem se pronunciar diretamente sobre a ofensiva em Kursk.
Today, we are taking another step towards modernizing and enhancing the efficiency of the Ukrainian army. This strengthens our entire army by strengthening every commander and, ultimately, every warrior.
Starting today, the "Army+" application will be operational. It will start… pic.twitter.com/txlQVKMjbA
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) August 8, 2024
-
Governo russo aloca 19 milhões de euros para ajuda a Kursk
O executivo russo esteve reunido e discutiu a situação em Kursk, onde a Ucrânia realizou esta semana a sua maior ofensiva. Para o governo, a prioridade é evacuar a região, apoiar os habitantes e coordenar a resposta a nível regional, municipal e federal.
“Todos os departamentos estão a trabalhar arduamente. As áreas não seguras estão a ser evacuadas e as pessoas estão a ser encaminhadas para centros de acomodação temporários, localizados nas regiões vizinhas. Se necessário, terão acesso a tratamento, de especialistas de instituições médicas federais”, declarou o primeiro-ministro russo. Além disso, Mikhail Mishustin anunciou que iam ser alocados 1,8 mil milhões de rublos (cerca de 19 milhões de euros) para apoiar os habitantes de Kursk. A declaração de Mishustin acerca da região foi partilhada pelo governador no seu Telegram.
-
Caças F-16 avistados pela primeira vez nos céus de Kherson
Os caças F-16 enviados pelos países ocidentais já foram avistados na Ucrânia, mais concretamente no distrito de Kakhovka, na região de Kherson, avança a agência russa TASS, citando o chefe da administração pró-russa daquele distrito.
“Caros residentes de Kakhovka, compatriotas. Desde ontem, jatos F-16 estão a sobrevoar o nosso distrito. Isto é feito apenas para semear o pânico, para reprimir a nossa fé na vitória. É importante não sucumbirmos a esses sentimentos e permanecermos firmes. A vida deles é tão longa quanto a de um mosquito. Todos serão abatidos e destruídos”, escreveu Pavel Filipchuk no Telegram.
[Já saiu o segundo episódio de “Um rei na boca do Inferno”, o novo podcast Plus do Observador que conta a história de como os nazis tinham um plano para raptar em Portugal, em julho de 1940, o rei inglês que abdicou do trono por amor. Pode ouvir aqui, no Observador, e também na Apple Podcasts, no Spotify e no YouTube. Também pode ouvir aqui o primeiro episódio. ]
No dia 4 de agosto, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, confirmou que o país tinha recebido a primeira remessa de F-16, entregues pelos aliados ocidentais. A revista Economist revelou que foram entregues 10 caças a Kiev, e outros 10 serão enviados para a Ucrânia até final do ano.
-
Putin oferece ajuda de 105 euros aos residentes de Kursk para abandonarem a região
O Presidente russo oferece 105 euros (dez mil rublos) aos habitantes que precisarem de ajuda para saírem de Kursk bem como os meios necessários para o fazerem, revelou o governador local no Telegram.
-
Putin reúne-se com governador de Kursk, que continua sob ataque ucraniano pelo terceiro dia consecutivo
E ao terceiro dia de combates na região de Kursk, naquela que é a maior ofensiva ucraniana em território russo, Putin reúne-se por videoconferência com o governador regional.
“Conheço, evidentemente, a situação como um todo, mas, mesmo assim, gostaria de ouvir a sua avaliação neste momento, e algumas palavras sobre a organização do trabalho da sede e a coordenação das atividades”, disse o Presidente da Rússia segundo uma mensagem publicada no canal de Telegram de Alexey Smirnov.
O governador regional esteve toda a noite, madrugada e manhã, a lançar alertas de ataques de mísseis e drones no Telegram.
Cerca de mil soldados ucranianos atravessaram a fronteira russa na madrugada desta terça-feira com tanques e veículos blindados, enquanto os céus se enchiam de drones e mísseis, disse o Ministério da Defesa russa.
Ucrânia “provoca” e surpreende Putin com ofensiva em território russo: “É algo completamente novo”
A zona da cidade de Sudzha, onde o gás natural russo entra na Ucrânia, passando depois para a Europa, foi particularmente fustigada, tendo a população de algumas aldeias sido retiradas.
Kiev continua em silêncio sobre este ataque, depois de os Estados Unidos terem revelado que não receberam qualquer informação prévia sobre o tema. Mas uma coisa é certa: esta quinta-feira de manhã, a rota de trânsito do gás ainda estava a funcionar, afirmaram as autoridades ucranianas.
-
Ucrânia avançou 10 quilómetros em território russo, controla onze aldeias e fez 40 prisioneiros
As forças ucranianas avançaram dez quilómetros dentro do território da Rússia, na região fronteiriça de Kursk, avança o Instituto para o Estudo da Guerra (ISW), naquela que já é considerada a maior incursão de forças de Kiev em território russo desde o início da guerra, há dois anos e meio.
Segundo o ISW, os militares ucranianos penetraram em pelo menos duas linhas defensivas russas e numa zona de grande concentração de forças russas. Uma fonte russa disse àquele think thank, sediado em Washington, que a Ucrânia controla já 45 quilómetros na região de Kursk e onze aldeias (nomeadamente Nikolaevo-Daryino, Darino, e Sverdlikovo) que são fronteiriças à região ucranianas de Sumy.
Neste momento, as forças de Kiev estão a desenvolver “operações mecanizadas ofensivas em território russo”, sublinha o Instituto para o Estudo da Guerra, na rede social X.
NEW: Ukrainian forces have made confirmed advances up to 10 kilometers into Russia's Kursk Oblast amid continued mechanized offensive operations on Russian territory on August 7.
????(1/9) pic.twitter.com/8ZFlCoAgqD
— Institute for the Study of War (@TheStudyofWar) August 8, 2024
As forças ucranianas estabeleceram o seu centro logístico na zona sul de Sudzha, uma cidade com cinco mil habitantes, a apenas 10 quilómetros da fronteira. Imagens de satélite mostram que a Ucrânia fez pelo menos 40 prisioneiros de guerra no posto de controlo da cidade — cujos edifícios foram severamente danificados.
Os militares ucranianas têm também o controlo de uma estação de distribuição de gás em Sudzha.
-
Reconquistar a Crimeia é mais fácil do que reconquistar o Donbass, diz chefe das secretas militares ucranianas
Reconquistar a península da Crimeia seria mais fácil para a Ucrânia do que reconquistar as zonas da região do Donbass ocupadas pelas forças russas, disse o chefe das secretas militares ucranianas, citado pelo Kyiv Independent.
“De uma perspetiva militar, é muito mais fácil retomar o controlo da Crimeia do que do Donbass, que tem uma frente de batalha de mais de mil quilómetros de comprimentos e 200 quilómetros de extensão”, referiu Kyrylo Budanov, na Kyiv School of Economics.
Já a Crimeia, pode ser facilmente isolada, explicou Budanov, através da pressão combinada das tropas ucranianas e da destruição das ligações de comunicação da Rússia.
“A Crimeia tem dois pontos de entrada. Um do lado russo e outro do nosso: a ponte da Crimeia (Kerch) e o istmo terrestre”, sublinhou. A este respeito, Budanov sugeriu, na semana passada, que a Ucrânia está a trabalhar numa “solução complexa” para destruir a ponte de Kerch nos próximos meses.
-
Medvedev diz que operação militar na Ucrânia passa a ser "explicitamente extraterritorial" e apela à conquista de Kiev "e mais além"
O vice-presidente do Conselho de Segurança russo, Dmitry Medvedev, afirmou esta quinta-feira que é preciso tornar a operação militar especial “explicitamente extraterritorial“.
“Já não se trata de uma operação para recuperar as nossas terras e punir os nazis”, garante, citado pela Tass. “Podemos e devemos penetrar mais profundamente na Ucrânia ainda existente, em direção a Odessa, Kharkiv, Dnipro, Mykolaiv. Em direção a Kiev e mais além”, escreveu Medvedev no Telegram.
“Só pararemos quando o considerarmos adequado e benéfico”, afirmou o responsável russo, em relação ao ataque à Ucrânia, que justifica a tomada de posição extremada com a ofensiva ucraniana em Kursk, cidade russa. “A operação terrorista levada a cabo deve eliminar todos os tabus em relação a este tema”, sublinhou.
-
Kiev pede ao México que prenda Putin na posse de Sheinbaum
“Confiamos que o governo mexicano respeitará o mandado de captura internacional” contra Putin e “entregá-lo-á ao órgão judicial das Nações Unidas em Haia”, o Tribunal Penal Internacional.
Ucrânia: Kiev pede ao México que prenda Putin na posse de Sheinbaum
-
Bom dia. Continuamos a acompanhar, neste liveblog, os principais acontecimentos da guerra na Ucrânia.
Pode recordar o que se passou esta quarta-feira neste outro liveblog.