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E é tudo do União da Madeira-Sporting. A crónica do jogo está ao lume e sirvo-lha daqui instantes. A do Benfica, essa, é receita do Hugo Tavares da Silva e pode já lê-la aqui. O Diogo Pombo é o senhor que se segue e continua a noite de futebol no Observador. É ele quem lhe trará as novidades do FC Porto-Académica. Até mais!
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O resumo do jogo
Nem Norton de Matos, o treinador do União da Madeira, acreditaria que na mesma semana empataria com o Benfica e derrotaria o líder Sporting. Mérito dele que, mesmo com o empate de terça-feira, não só não se deslumbrou, como manteve o onze e a tática. E não se entenda por “tática” o 4-3-3; entenda-se por “tática” a tática do “autocarro”, como certo dia Mourinho a definiu, em que todos defendem, o ataque é um vazio e o pontinho vale mais do que nenhum.
O Sporting fez o suficiente para vencer. Mais do que o suficiente até — jogos houve em que fez menos e venceu de caras. Fez 24 remates e o União dois. Teve 74% de posse de bola e o União 26%. Rematou de longe, de perto, de livre ou em cabeceamentos na área, trocou a rendondinha de pé para pé, foi paciente, desgastou a defesa e o meio-campo hiper-defensivos do União, tentou de tudo, mas esqueceu-se (ou melhor, Esgaio esqueceu-se) de marcar Danilo Dias no único ataque, verdadeiramente ataque que o União fez em todo (!) o jogo. E Danilo Dias não desperdiçou o lapso.
O Sporting perdeu pela primeira vez na Liga e pode perder a liderança para o FC Porto. Logo os azuis-e-brancos, segundo-classificados, que defrontam a 2 de janeiro em Alvalade. Aguardemos. Hoje a defesa superiorizou-se ao ataque na Choupana. E não valeu o pontinho que o União queria; valeu três pontões. Como será no Dragão, com a Académica?
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— GoalPoint (@_Goalpoint) December 20, 2015
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Acabou o jogo na Choupana! O União, em dois jogos, empata com Benfica e vence o Sporting. Não há melhor prenda para Norton de Matos.
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E mais uma para queimar tempo e defender: sai o avançado Amilton e entra o médio-defensivo Breitner.
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Sai Élio Martins e entra Tiago Ferreira. Sai um ponta-de-lança e entra um defesa-central. Agora, não há vergonha em admiti-lo: Norton de Matos vai defender com todos. Não é todos os dias que se vence o Sporting. Aliás, o União nunca o conseguiu.
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André Moreira vê o amarelo por demorar uma eternidade na reposição de bola.
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O árbitro Vasco Santos da 5′ de tempo extra.
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Ina-cre-di-tá-vel! Tanaka cruzou rasteiro para a área desde a direita, toda a gente falhou na defesa do União, Slimani aproveitou e chutou para golo. André Moreira fez uma defesa impossível e desviou o remate, rasteiro e rente ao poste esquerdo, para fora.
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Assim é difícil. O que Montero acaba de falhar. Jefferson cruzou para a molhada na área, Slimani desviou ao primeiro poste e Montero surgiu no segundo, antecipando-se a Diego Galo. O problema é que se esqueceu de esticar a perna. Era tudo quanto bastava para o empate — é que o guarda-redes nem lá estava para defender o desvio.
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E enquanto o União vai queimando tempo no cronometro do árbitro com lesões de caracacá — que, de tanta berraria e contorção no relvado, até dão a impressão de serem tíbias fraturadas, mas não são –, Jesus faz a derradeira substituição. Troca Gelson por Matheus. Extremo por extremo.
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Sai Ruiz e entra Tanaka. Mais um rematador de meia-distância — como Aquilani, entrado antes, o é. Com bola no pé o Sporting dificilmente empata. Não contra um União tão fechadinho na defesa.
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GOLO! 1-0 para o União da Madeira
O golo é de Danilo Dias, que entrou minutos antes. No futebol não há justiça ou deixa de haver. Marca quem consegue marcar e sofre quem não consegue evitar sofrer. O União atacou por uma só vez na segunda parte — na primeira também não atacou muito mais. Paulinho tabelou com Amiltou na direita, o lateral-direito recebeu a bola de volta e cruzou para a área. Danilo surgiu sozinho ao segundo poste e cabeceou para o 1-0. O Sporting, pelo que vez, não só não merecia sofrer, como até mereceria estar a vencer por mais do que um golo. Ou até do que dois ou três. E o União, a defender como defende, sem sequer se preocupar em atacar, só saindo a jogar com chutão para a frente e fé em Deus (ou Danilo Dias), não merecia um golo que fosse. Mas conseguiu-o e agora vai ser defender a bem defender. Agora não é só o pontinho que está em causa. São três pontinhos. E quanta falta fazem ao União.
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No União da Madeira sai Cádiz e entra Danilo Dias. Tal como contra o Benfica, Norton de Matos troca avançados por avançados e não avançados por defesas ou médios-defensivos, não recuando ainda mais um onze já de si hiper-defensivo. Mas a atitude em campo é a mesma. Mais vale um pontinho na mão do que três a voar.
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Sai João Mário e entra Aquilani. Jorge Jesus vai continuar a privilegiar a posse ao chuveirinho para a área, mas com o italiano ganha um belíssimo rematador de meia-distância.
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O Sporting tenta de tudo para marcar o primeiro. E o União defende com todos para não sofre-lo. É repetitivo dizê-lo, mas a toada é a mesma da primeira parte. Os verde-e-brancos foram trocando a bola, minutos a fia, diante da área do União, ora vira o jogo para um flanco, ora para o outro, até que surja uma nesga de espaço, por curta que seja, no interior da área. Surgiu, João Mario desmarcou Montero e o colombiano cruzou para o segundo poste. Ruiz estava lá para desviar, chegou a saltar, mas o melhor que conseguiu foi abalroar Paulo Monteiro — que cortou para canto antes dele lá chegar.
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E rrroooooolaa bola na Madeira!
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E não é que o União da Madeira até rematou primeiro que o Sporting? E não é que, logo à primeira, acertou na baliza e Rui Patrício teve que sujar os calções, ajoelhando-se no relvado, para segurar o remate?
Dir-se-ia que o União, motivado pelo empate com o Benfica na terça-feira, estaria diferente do penoso União que se tem visto na Liga desde o começo da época, que o Sporting ia passar as passar as passinhas do Algarve — ou da Madeira, no caso –, mas não. Foi mais do mesmo. Primeiro e único remate. Uma defesa e um meio-campo que, se estivessem mais recuados um passo, não estariam na Choupanha mas encosta abaixo, no estádio da Ribeira Brava — que é o verdadeiro estádio do União, diga-se. E um “autocarro” que não maneira de Norton de Matos não estacionar. Nem contra os “grandes”, nem contra ninguém.
O Sporting controlou a primeira parte toda, naturalmente. E não deixou sequer as botas dos madeirenses soubessem qual o toque da redondinha. E chutou. Não muito, mas o suficiente diante de dois muros: o defensivo e um “muro”chamado André Moreira, o guarda-redes do união. Chutou de longe, entrou na área passes sucessivos e chutou, cruzou de longe e cabeceou, cruzou de perto e cabeceou, tentou de tudo e até de livre. Mas nada. Não vai uma noite fácil. Não enquanto não entrar a primeira bomboca e o “autocarro” tiver que dar meia volta.
Confesso-lhes: é desmoralizador passar uma tarde a ver a Premier League (ou a Bundesliga, ou La Liga ou até o Calcio — mas sobretudo a liga inglesa) e sintonizar a seguir a TV num jogo em que o União está a jogar. Seja lá contra quem for. É desmoralizador ver que, mesmo que sem anti-futebol, o tal das paragens por tudo e por nada, o União não está na Liga para fazer valer o seu lugar e o seu futebol. Está na Liga para não perder, empatar a zero se possível, e por cá continuar. Dispensasse esse futebol. A bem do futebol.
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— GoalPoint (@_Goalpoint) December 20, 2015
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Apita longamente Vasco Santos na Choupana. E quando o árbitro assim apita, a dois tempos, significa que não se joga mais. Intervalo com tudo a zero no resultado.
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Quando se consular “reflexos” no dicionário, a partir de hoje entre as definições deverá constar “André Moreira”. Ele nem viu o remate sair. Esgaio cruzou para a área, Montero segurou na peitaça, com esse toque de classe tirou o central Paulo Monteiro da frente, deixoua rendondinha cair no pé esquerdo e chutou. O remate não foi central. Foi até em direção ao poste esquerdo. Mas André Moreira, meio à andebol, conseguiu desviar para o lado. In-crí-vel!
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Paulo Monteiro não sabe bem como, mas acabou de evitar o golo do Sporting. Ruiz cruzou longo desde a direita e em direção ao segundo poste do União, Slimani saltou sozinho nas costas de Monteiro e cabeceou em direção ao primeiro. E cabeceou como ele sabe, forte, e como deve ser, de cima para baixo. Valeu ao União que o cabeceamento ainda tocou ao de leve nas costas do central do União e perdeu força e direção. André Moreira foi segurar na relva.