Momentos-chave
- Ponto de situação. O que aconteceu nas últimas horas?
- Líder do grupo Wagner admite enviar mercenários para defender Belgorod
- Auditoria a 4.800 abrigos concluiu que 20% não tinham condições para uso e 252 estavam fechados
- Líder do Grupo Wagner acusa fações do Kremlin de estarem a "destruir o estado russo"
- Ataques ucranianos em solo russo fazem dois mortos e dois feridos, acusam autoridades da Rússia
- Ucrânia rejeita proposta de paz da Indonésia e diz que não existem territórios disputados
- Indonésia propõe plano de paz: zona desmilitarizada e referendo organizado pela ONU
- Zelensky garante que Ucrânia está pronta para lançar contraofensiva
Histórico de atualizações
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Bom dia. Arquivamos agora este liveblog, mas iremos atualizar as principais notícias sobre a guerra na Ucrânia neste novo link.
Ucrânia confirma que “está a avançar com ações ofensivas em várias zonas”
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Ponto de situação. O que aconteceu nas últimas horas?
- Zelensky garante que a Ucrânia está pronta para lançar a prometida contraofensiva, embora tenha avisado que não se sabe quanto tempo vai demorar nem de que modo, ao certo, vai acontecer. Mas acredita que os militares ucranianos vão ter “sucesso”.
- Já começou a vistoria aos abrigos na Ucrânia, ordenada por Volodymyr Zelensky depois de três pessoas terem morrido, em Kiev, por não terem tido acesso a um. Segundo a Sky News, em 4.800 abrigos inspecionados, 20% não estavam em condições de ser usados e 252 estavam fechados.
- A Indonésia propôs um plano de paz para a guerra na Ucrânia que inclui a criação de uma faixa desmilitarizada entre as forças russas e as forças ucranianas e a realização de um referendo, organizado pelas Nações Unidas, nos territórios disputados.
- Mas a Ucrânia rejeitou a proposta. Em declarações citadas pela Reuters, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Oleg Nikolenko, argumentou que “não existem territórios disputados entre a Ucrânia e a Federação Russa para que sejam lá realizados referendos”.
- Pelo menos duas pessoas terão morrido e outras duas terão ficado feridas este sábado depois de um conjunto de bombardeamentos ucranianos na região de Belgorod, em solo russo — nas proximidades da fronteira com a Ucrânia.
- O líder do grupo paramilitar Wagner admitiu, este sábado, que está preparado para enviar as suas unidades para defender a região russa de Belgorod, se for necessário.
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Líder do grupo Wagner admite enviar mercenários para defender Belgorod
O líder do grupo paramilitar Wagner admitiu, este sábado, que está preparado para enviar as suas unidades para defender a região russa de Belgorod, se for necessário.
Yevgeny Prigozhin acredita que essa parte do território russo “está a ser capturada”. Nos últimos dias têm sido relatados vários ataques a Belgorod, cuja responsabilidade a Rússia atribui a alegados grupos armados ucranianos.
“Se o Ministério da Defesa não parar o que está a acontecer na região de Belgorod (…) onde o território russo está, de facto, a ser capturado, então obviamente que vamos chegar”, afirmou, citado pela AFP.
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Auditoria a 4.800 abrigos concluiu que 20% não tinham condições para uso e 252 estavam fechados
Já começou a vistoria aos abrigos na Ucrânia, ordenada por Volodymyr Zelensky depois de três pessoas terem morrido, em Kiev, por não terem tido acesso a um.
Segundo a Sky News, em 4.800 abrigos inspecionados, 20% não estavam em condições de ser usados e 252 estavam fechados. A informação foi divulgada pelo ministro do Interior, Ihor Klyemenko.
O Presidente da Câmara de Kiev, Vitali Klitschko, afirmou que as autoridades municipais receberam mais de mil queixas relativas a abrigos fechados, degradados ou insuficientes, um dia depois de ter sido lançado um serviço online para denúncias.
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Líder do Grupo Wagner acusa fações do Kremlin de estarem a "destruir o estado russo"
O líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, diz que a existência de fações oponentes dentro do Kremlin está “destruir o estado russo”.
Num comunicado à imprensa citado pelo jornal The Guardian, o líder do grupo de mercenários que combate por Moscovo diz que houve tentativas de colocar o Grupo Wagner em rota de colisão com os combatentes chechenos liderados por Ramzan Kadyrov — mas que as disputas entre os dois homens já estarão sanadas.
“A caixa de Pandora já está aberta, não fomos nós que a abrimos. Algumas torres do Kremlin decidiram jogar jogos perigosos”, diz Prigozhin, referindo-se a fações oponentes dentro do círculo próximo de Putin.
“Os jogos perigosos tornaram-se comuns nas torres do Kremlin. Estão simplesmente a destruir o estado russo”, acrescentou.
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Ataques ucranianos em solo russo fazem dois mortos e dois feridos, acusam autoridades da Rússia
Pelo menos duas pessoas terão morrido e outras duas terão ficado feridas este sábado depois de um conjunto de bombardeamentos ucranianos na região de Belgorod, em solo russo — nas proximidades da fronteira com a Ucrânia.
A informação é relatada através do Telegram pelo governador da região de Belgorod, Vyacheslav Gladkov.
“Desde a manhã, povoações no distrito urbano de Shebekinsky têm estado sob bombardeamentos das Forças Armadas da Ucrânia. Há feridos e mortos”, escreve Gladkov.
Segundo o governador, um dos lugares atacados foi a povoação de Novaya Tavolzhanka, onde “uma mulher idosa morreu” em resultado dos ferimentos. Uma outra mulher ficou ferida e transportada para o hospital.
Outro dos lugares atacados foi Bezlyudovka, onde uma mulher morreu depois de ter sido atingida por múltiplos estilhaços, e um homem foi levado para o hospital também com ferimentos provocados por estilhaços.
Gladkov avança que na povoação de Tishanka, no distrito de Volokonvsky, também houve bombardeamentos, não tendo sido registadas vítimas.
As povoações atingidas situam-se todas a menos de 10 quilómetros da fronteira com a Ucrânia, perto da região de Kharkiv.
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Ucrânia rejeita proposta de paz da Indonésia e diz que não existem territórios disputados
A Ucrânia rejeitou este sábado a proposta de plano de paz apresentado pelo governo da Indonésia, que incluía a criação de uma zona desmilitarizada e um referendo organizado pela ONU aos territórios disputados por Ucrânia e Rússia.
Em declarações citadas pela Reuters, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Oleg Nikolenko, argumentou que “não existem territórios disputados entre a Ucrânia e a Federação Russa para que sejam lá realizados referendos”.
“Nos territórios ocupados, o exército russo está a cometer crimes de guerra, crimes contra a humanidade e genocídio. A Rússia está, agora, a tentar de todas as formas perturbar a contraofensiva ucraniana”, disse Nikolenko.
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Indonésia propõe plano de paz: zona desmilitarizada e referendo organizado pela ONU
A Indonésia propôs um plano de paz para a guerra na Ucrânia que inclui a criação de uma faixa desmilitarizada entre as forças russas e as forças ucranianas e a realização de um referendo, organizado pelas Nações Unidas, nos territórios disputados.
Segundo o jornal The Guardian, a proposta foi apresentada este sábado pelo ministro da defesa indonésio, Prabowo Subianto, no fórum Shangri-La, em Singapura — o mais importante fórum de defesa na Ásia.
Na sua intervenção, Subianto propôs um um plano que inclui um cessar-fogo imediato com a manutenção das posições atuais de ambos os lados, seguido da criação de uma zona desmilitarizada. Essa zona deverá ser uma faixa de cerca de 30 quilómetros ao longo da linha de contacto entre o território controlado por Moscovo e o território controlado por Kiev, criada através do recuo de 15 quilómetros de cada parte.
Essa zona desmilitarizada deveria ser monitorizada pelas forças de manutenção da paz das Nações Unidas.
A segunda parte do plano inclui a realização de um referendo organizado pelas Nações Unidas “para aferir, objetivamente, os desejos da maioria dos habitantes das várias áreas disputadas”.
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Zelensky garante que Ucrânia está pronta para lançar contraofensiva
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, diz que o país está pronto para lançar a contraofensiva de que se tem falado nos últimos meses, embora tenha avisado que não se sabe quanto tempo vai demorar nem de que modo vai acontecer.
“Acreditamos fortemente que vamos ter sucesso”, disse Zelensky numa entrevista ao The Wall Street Journal, em Odessa.
“Não sei quanto tempo vai demorar”, admitiu. “Para ser honesto, pode acontecer de uma variedade de formas, completamente diferentes. Mas vamos fazê-lo e estamos preparados.”
Zelensky assumiu também que gostaria que o Ocidente fornecesse mais armamento à Ucrânia para a contraofensiva. “Gostaríamos de ter certas coisas, mas não podemos esperar meses”, disse o Presidente ucraniano, afirmando que as forças de Kiev estão “mais fortes e mais motivadas” para atacar as forças russas que, segundo o The Wall Street Journal, ainda controlam cerca de 20% do território ucraniano.
Na entrevista, Zelensky também disse que olha com receio para as próximas eleições norte-americanas, sublinhando que não compreendeu o que Trump quis dizer quando afirmou que acabaria com a guerra em 24 horas.
O Presidente ucraniano salientou ainda que continua empenhado no plano de isolar Moscovo e, sobretudo, Vladimir Putin no plano internacional.
“Putin tem de saber que as pessoas não lhe querem apertar a mão, que já não se senta à mesa com países sérios, que a Rússia não faz parte de organizações internacionais”, afirmou.
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Bom dia.
O Observador continua este sábado a acompanhar ao minuto os desenvolvimentos da guerra na Ucrânia, através deste novo liveblog.
O liveblog de sexta-feira fica arquivado aqui.
UE avisa países da Ásia Central de possíveis sanções se ajudarem Rússia