Momentos-chave
- Ponto de situação: O que se passou durante as últimas horas desta quinta-feira?
- Zelensky afirma que forças ucranianas estão a avançar em Kharkiv, mas não há alterações na região de Donbas
- Zelensky discutiu entrega de “armas pesadas” e entrada na UE com Macron
- Comissão Europeia estudará na próxima semana a adesão da Ucrânia à UE
- Radio russa foi hackeada e passou hino nacional ucraniano
- Finlândia pondera construir barreiras na fronteira com a Rússia
- Governo do Reino Unido "condena veemente" a pena de morte dos soldados britânicos
- Boris Johnson: "Cedência ucraniana seria um erro e abriria a porta para mais conflitos"
- Ponto de situação. O que aconteceu na manhã do 106º dia de guerra na Ucrânia?
- Navalny critica Google e Meta por cancelarem publicidade na Rússia
- BCE "não irá tolerar" subidas demasiado rápidas dos juros dos países do sul da Europa, garante Lagarde
- Comissão Europeia dá mais 205 milhões em ajuda humanitária à Ucrânia
- Juros da dívida de Portugal aceleram escalada enquanto fala Lagarde
- Rússia já está a pagar aos pensionistas em rublos em Mariupol
- Zelensky pede que a Rússia seja excluída da FAO
- Guerra leva BCE a cortar previsões de crescimento (mas há otimismo no médio prazo). Inflação será de 6,8% este ano
- Mais de 7,2 milhões de pessoas saíram da Ucrânia
- Guerra na Ucrânia pode somar mais 47 milhões de pessoas com dificuldades de acesso a bens alimentares, estima ONU
- BCE confirma que vai subir as taxas de juro em 25 pontos-base em julho (e outra vez em setembro)
- Não há acordo com a Turquia sobre cereais ucranianos, diz Kremlin
- "Caravana de morte sem fim". Em Mariupol continua a retirada dos corpos dos destroços
- Arrestado apartamento em Londres de ex-mulher de oligarca
- Severodonetsk será "libertada em poucos dias", acredita o governador de Luhansk
- Ex-secretário-geral da NATO diz que não é perigoso humilhar Putin
- Zelensky pede "uma vacina contra a Covid-22 trazida pela Rússia"
- Milhões de pessoas vão "morrer de fome" se Rússia continua a impedir as exportações ucranianas no Mar Negro, diz Zelensky
- Rússia realiza operações psicológicas e de desinformação para incentivar ucranianos a desistir do combate
- A imagem dos campos cultivados na Ucrânia marcados pela Rússia
- Ucrânia acusa Rússia de roubar 600 mil toneladas de cereais
- Vídeos mostram arriscadas manobras dos pilotos ucranianos para escaparem aos ataques russos
- Piloto que abastecia Azovstal diz que voou a mais de 240 km/h a 4,5 metros do solo para evitar radares
- Zelensky quer mais sanções para "enfraquecer" tecido económico da Rússia e forçá-la a desistir da guerra
Histórico de atualizações
-
Vamos encerrar por aqui este artigo liveblog, que seguiu a atualidade relacionada com a guerra na Ucrânia ao longo do dia de ontem, quinta-feira.
Continue, por favor, a acompanhar-nos nesta nova ligação. Muito obrigado!
-
Ponto de situação: O que se passou durante as últimas horas desta quinta-feira?
Estes são os acontecimentos que marcaram a tarde e início de noite desta quinta-feira:
- Dois britânicos e um marroquino foram condenados à morte em Donetsk, território controlado pelos russos, acusados de terrorismo e tomada de poder. Foram julgados na condição de “mercenários”.
- O governo britânico reagiu à condenação à morte dos dois soldados britânicos revelando-se “extremamente preocupado”. A ministra dos Negócios Estrangeiros, Liz Truss, reagiu através das redes sociais e considerou que os homens “são prisioneiros de guerra” e que “este é um julgamento simulado, sem qualquer legitimidade”.
- O Presidente da Ucrânia disse, esta quinta-feira, não haver alterações significativas na linha da frente de combate nas cidades de Severodonetsk, Lysychansk, assim como outras na região de Donbas. Saudou o regresso das televisões à emissão em Kharkiv, e afirmou que ali as forças ucranianas estão a reconquistar território.
- Volodymyr Zelensky falou ao telefone com o homólogo francês, Emmanuel Macron, e discutiram hoje a ajuda militar da França à Ucrânia, incluindo a entrega de “armas pesadas”, e a candidatura de Kiev à União Europeia (UE).
- “Não há perigo de um ataque a Kiev hoje”, disse hoje o ministro do Interior, Denys Monastyrsky. O exército da Ucrânia mantém-se unido na defesa da capital mas, por agora, o governo acredita que não há indicações que a cidade corra perigo de ser atacada pelos russos.
- A organização United For Ukraine (U4U), que reúne políticos de mais de 30 países incluindo Portugal, defendeu hoje, em Kiev, a aceleração da candidatura da Ucrânia à União Europeia e de um “futuro Plano Marshall” para o país invadido pela Rússia.
- Comissão Europeia tem marcado para a próxima semana o início dos trabalhos de avaliação da adesão de Ucrânia, Geórgia e Moldávia à União Europeia, avançou a agência noticiosa espanhola Europa Press. Comissão espera ter um parecer sobre o tema no dia 17 de junho.
- O Presidente russo, Vladimir Putin, comparou a sua política à do czar Pedro, o Grande, quando este combateu a Suécia, invadindo uma parte do seu território, bem como a Finlândia, uma parte da Estónia e da Letónia.
- O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, assinou hoje um decreto que impõe novas sanções contra o homólogo russo, Vladimir Putin, e alguns dos seus maiores aliados – o ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, o ministro da Defesa Sergei Shoigu, e o porta-voz do Kremlin Dmitry Peskov.
- O governo finlandês estará a ponderar alterar a sua legislação para que seja possível construir barreiras na fronteira com a Rússia, de acordo com a informação avançada pela Reuters.
- O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, afirmou esta quinta-feira, de acordo com a AFP, que a cedência ucraniana “seria um erro e abriria a porta para mais conflitos, mas instabilidade e mais incerteza no mundo”.
Com Marta Leite Ferreira, Rita Penela, Cátia Andrea Costa, Diogo Paredes e Agência Lusa
-
Zelensky afirma que forças ucranianas estão a avançar em Kharkiv, mas não há alterações na região de Donbas
No seu discurso diário, o Presidente da Ucrânia diz, esta quinta-feira, não haver alterações significativas na linha da frente de combate e afirma que as cidades de Severodonetsk, Lysychansk, assim como outras na região de Donbas, continuam a aguentar-se, mesmo sendo consideradas alvos importantes pelos invasores.
Zelensky saudou o regresso das televisões à emissão em Kharkiv, depois do bombardeamento na véspera. E afirmou haver desenvolvimentos positivos na região, uma vez que as forças ucranianas estão a avançar, reconquistando mais território. Também afirma que mantém a defesa na direção de Mykolaiv.
Em jeito de resumo, o presidente Zelensky, referiu ainda que esta quinta-feira falou ao telefone com o Presidente francês Emmanuele Macron. Discutiram o apoio à defesa da Ucrânia e sobre aquilo a que Zelensky chamou de “perspetiva europeia da Ucrânia”, referindo-se à candidatura de adesão à União Europeia, que terá desenvolvimentos ainda neste mês de junho. Falou com o Primeiro Ministro de Montenegro e ainda se dirigiu aos participantes de uma reunião da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) por vídeochamada.
-
Zelensky discutiu entrega de “armas pesadas” e entrada na UE com Macron
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e seu o homólogo francês, Emmanuel Macron, discutiram hoje a ajuda militar da França à Ucrânia, incluindo a entrega de “armas pesadas”, e a candidatura de Kiev à União Europeia (UE).
Zelesnky divulgou na rede social Twitter que informou Macron sobre a “situação na frente” de combate contra as forças russas.
Had another phone conversation with ???????? President @EmmanuelMacron. Informed about the situation on the front. Discussed further defense support for ???????? and work on security guarantees. Special attention was paid to Ukraine's path to the #EU, we are coordinating steps.
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) June 9, 2022
“Discutimos outras ajudas militares para a Ucrânia e foi dada especial atenção aos meios de adesão da Ucrânia à UE”, acrescentou o chefe de Estado ucraniano.
-
"Não há perigo de um ataque a Kiev", assegura governo ucraniano
O exército da Ucrânia mantém-se unido na defesa da capital mas, por agora, o governo acredita que não há indicações que a cidade corra perigo de ser atacada pelos russos.
“Não há perigo de um ataque a Kiev hoje”, disse hoje o ministro do Interior, Denys Monastyrsky, revelando que “não há concentração de tropas perto da fronteira bielorrussa”.
Em declarações à AFP, o governante revelou que as tropas russas “têm em curso um treino sério, que inclui preparação da linha de defesa, em Kiev e ao redor da cidade”. Tudo porque, como frisou, “qualquer cenário é possível amanhã”.
-
Políticos europeus em Kiev para pedir aceleração de candidatura à UE
A organização United For Ukraine (U4U), que reúne políticos de mais de 30 países incluindo Portugal, defendeu hoje, em Kiev, a aceleração da candidatura da Ucrânia à União Europeia e de um “futuro Plano Marshall” para o país invadido pela Rússia.
Esta aliança internacional, supranacional e interpartidária, que conta já com mais de 200 membros, sobretudo deputados e eurodeputados em funções, ex-deputados e ex-membros de governo, iniciou hoje uma visita de trabalho de dois dias à Ucrânia, explicou à agência Lusa o ex-secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, Francisco Almeida Leite, que integra a comitiva juntamente com a ex-deputada do PSD Ana Miguel dos Santos.
“As grandes preocupações desta visita prendem-se, em primeiro lugar, com a adesão da Ucrânia à União Europeia (UE) e com o estatuto de candidata, que é o mais urgente neste momento”, realçou Almeida Leite.
-
Comissão Europeia estudará na próxima semana a adesão da Ucrânia à UE
Comissão Europeia tem marcado para a próxima semana o início dos trabalhos de avaliação da adesão de Ucrânia, Georgia e Moldávia à União Europeia, avança a agência noticiosa espanhola Europa Press.
Espera-se que na mesma altura seja emitido um comunicado a informar se há ou não condições para começar o processo que procura juntar estes três países ao atual grupo de 27.
Já na próxima segunda-feira acontece o “debate de orientação” e a reunião dos comissários acontecerá terça ou quarta-feira.
Está agendada uma reunião de Chefes de Estado da união Europeia para os dias 23 e 24 deste mês de junho e, por isso, a comissão pretende ter um parecer sobre a adesão dos três países antes desta data, mais precisamente no dia 17, segundo a agência.
-
Putin compara a sua política à de Pedro, o Grande
O Presidente russo, Vladimir Putin, comparou a sua política à do czar Pedro, o Grande, quando este combateu a Suécia, invadindo uma parte do seu território, bem como a Finlândia, uma parte da Estónia e da Letónia.
“Acabámos de visitar uma exposição dedicada ao 350.º aniversário de Pedro, o Grande. É espantoso, mas quase nada mudou. (…) Pedro, o Grande travou a Grande Guerra do Norte durante 21 anos. Temos a impressão de que, ao combater a Suécia, ele estava a apoderar-se de alguma coisa. Não estava a apoderar-se de nada, estava a recuperar”, afirmou Putin, num encontro com jovens empresários em Moscovo.
“Quando ele fundou uma nova capital (São Petersburgo), nenhum dos países da Europa reconhecia aquele território como pertencente à Rússia. Todos consideravam que fazia parte da Suécia. Mas desde tempos imemoriais, os eslavos viviam ali ao lado dos povos fino-húngaros. (…) Ele recuperava e desenvolvia”, prosseguiu.
Em seguida, parecendo referir-se à ofensiva russa na Ucrânia, o Presidente russo acrescentou: “Aparentemente, cabe-nos também recuperar e desenvolver”.
“Sim, houve épocas na história do nosso país em que fomos obrigados a recuar, mas apenas para retomar forças e seguir em frente”, observou ainda.
-
Zelensky impõe sanções a Putin e aos seus aliados
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, assinou hoje um decreto que impõe novas sanções contra o homólogo russo, Vladimir Putin, e alguns dos seus maiores aliados – o ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, o ministro da Defesa Sergei Shoigu, e o porta-voz do Kremlin Dmitry Peskov.
Segundo a Reuters, entre as sanções, que dificilmente terão um impacto prático elevado, estão o congelamento de bens e a proibição de viajar para a Ucrânia.
“Como a Rússia parece querer lutar na Ucrânia até ao último russo, a pressão das sanções, é claro, precisa de ser aumentada”, defendeu o chefe da diplomacia ucraniana, Dmytro Kuleba. -
Radio russa foi hackeada e passou hino nacional ucraniano
Na passada quarta-feira, um boletim noticioso da rádio russa Kommersant FM foi interrompido e passou o hino ucraniano e músicas anti-guerra, no que terá sido uma partida de hackers, conta o Washington Post.
O repórter da BBC, Francis Scarr deu o alerta no Twittere escreveu: “Estação de rádio russa Kommersant FM foi hackeada e está a gora a passar musicas ucranianas e anti-guerra”. Os ouvintes terão começado a ouvir, de repente, “Oh, the Red Viburnum in the Meadow”, uma música patriótica ucraniana e também ouviram o hino nacional do país invadido.
Russian radio station Kommersant FM has been hacked and is currently playing Ukrainian and anti-war songs https://t.co/yo1dVL3mn4
— Francis Scarr (@francis_scarr) June 8, 2022
-
Cerca de 60 navios de guerra russos participam em manobras no Báltico
O Ministério da Defesa russo adianta que participaram nos exercícios mais de 40 aviões e helicópteros e até 2.000 unidades de equipamento de guerra da Frota do Báltico.
Cerca de 60 navios de guerra russos participam em manobras no Báltico
-
Finlândia pondera construir barreiras na fronteira com a Rússia
O governo finlandês estará a ponderar alterar a sua legislação para que seja possível construir barreiras na fronteira com a Rússia.
De acordo com a informação avançada pela Reuters, a proposta de alteração foi entregue esta quinta-feira ao parlamento e inclui a construção de vedações e de novas estradas para facilitar a proteção do país.
Esta proposta para aumentar os níveis de defesa surge depois de, no mês passado, a Finlândia ter formalizado o seu pedido de adesão à NATO, tal como fez a Suécia.
-
Membros do governo britânico começam a reagir à condenação de soldados: "São prisioneiros de guerra"
A ministra dos Negócios Estrangeiros, Liz Truss, reagiu à condenação dos dois soldados britânicos e, através das redes sociais, considerou que os homens “são prisioneiros de guerra”.
“Este é um julgamento simulado, sem qualquer legitimidade”, escreveu.
Dois soldados britânicos e um marroquino foram esta quinta-feira condenados à morte em Donetsk, território que é ocupado por Moscovo. Os três homens foram julgados como sendo “mercenários” e acabaram por ser acusados de terrorismo e tomada de poder.
I utterly condemn the sentencing of Aiden Aslin and Shaun Pinner held by Russian proxies in eastern Ukraine.
They are prisoners of war. This is a sham judgment with absolutely no legitimacy.
My thoughts are with the families. We continue to do everything we can to support them.
— Liz Truss (@trussliz) June 9, 2022
-
Governo do Reino Unido "condena veemente" a pena de morte dos soldados britânicos
O governo britânico já reagiu à condenação à morte dos dois soldados britânicos na autoproclamada República Popular de Donetsk.
O executivo, num comunicado citado pela Sky News, mostrou-se “extremamente preocupado“com as sentenças de morte de Aiden Aslin e Shaun Pinner.
Estamos obviamente extremamente preocupados com isto. Temos dito que os prisioneiros de guerra não devem ser explorados por razões políticas”, continuou o executivo.
Segundo explicou o governo de Boris Johnson, a Convenção de Genebra prevê que os prisioneiros de guerra não sejam julgados pela “participação em hostilidades”.
“Iremos continuar a trabalhar com as autoridades ucranianas para tentar assegurar a libertação de qualquer cidadão britânico que esteja nas Forças Armadas da Ucrânia e que seja um prisioneiro de guerra.”
Também a ministra do Negócios Estrangeiros, Liz Truss, reagiu à sentença dos militares, “condenando veemente” a decisão.
“Os meus pensamentos estão com as famílias. Continuamos a fazer tudo ao nosso alcance para os apoiar.”
-
Boris Johnson: "Cedência ucraniana seria um erro e abriria a porta para mais conflitos"
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, afirmou esta quinta-feira que qualquer tentativa por parte do Ocidente para levar a Ucrânia a “aceitar um mau compromisso” com a Rússia seria “moralmente repugnante“.
Encorajar uma má paz com a Ucrânia é encorajar o Putin e encorajar todos no mundo que pensam que a agressão compensa”, afirmou o líder britânico em Blackpool.
Para Boris Johnson, de acordo com a AFP, a cedência ucraniana “seria um erro e abriria a porta para mais conflitos, mas instabilidade e mais incerteza no mundo”.
Vladimir Putin não deve atingir o sucesso parcial, explicou o primeiro-ministro, para que “perceba que não vai subjugar a Ucrânia”.
-
Britânicos capturados pelos russos condenados à morte em Donetsk
Dois britânicos e um marroquino foram condenados à morte em Donetsk, território controlado pelos russos, acusados de terrorismo e tomada de poder. Foram julgados na condição de “mercenários”.
Britânicos capturados pelos russos condenados à morte em Donetsk
-
Ponto de situação. O que aconteceu na manhã do 106º dia de guerra na Ucrânia?
Estes são os acontecimentos que marcaram a manhã desta quinta-feira:
- O Presidente da Ucrânia pediu que fossem aplicadas sanções mais pesadas à Rússia para forçar o país a negociar o fim da guerra. O país “ainda sente o seu poder”, disse o chefe de Estado, por isso “precisamos de desligar a Rússia completamente do sistema financeiro global”.
- A Ucrânia acusa a Rússia de roubar 600 mil toneladas de cereais, que, volta a dizer, terão sido transportados para o Médio Oriente. Denys Marchuk, vice-presidente do Conselho ucraniano Agrário, acusa a Rússia de ter roubado esta produção das regiões ocupadas. E diz que os cereais terão sido transportados de Sevastopol na Crimeia para o Médio Oriente.
- As forças russas estão a aumentar o uso de manobras psicológicas e de desinformação na tentativa de prejudicar o moral dos soldados ucranianos, afirma o Instituto de Guerra. A Direção-Geral dos Serviços Secretos Ucraniana disse que a Rússia está a enviar mensagens para os telemóveis de soldados ucranianos a incentivar à traição e ameaçar soldados.
- O Presidente da Ucrânia avisou que os bloqueios aos portos ucranianos no Mar Negro por parte das forças russas estão a colocar o mundo “à beira de uma terrível crise alimentar” que pode condenar milhões de pessoas a morrer de fome. Zelensky sugeriu ainda que as dificuldades atravessadas pelos vários países do mundo nos primeiros tempos da pandemia se estão a repetir com a guerra; e que é necessária uma “vacina contra o Covid-22 trazida pela Rússia”.
- O ex-secretário-geral da NATO, Anders Fogh Rasmussen, considera que a aliança militar tem o dever de ajudar a Ucrânia, acusando Putin de só entender a “linguagem da força e da unidade”. Por isso, “devemos continuar a colocar pressão máxima na Rússia através da entrega de todo o tipo de armamento e através do corte de qualquer tipo de financiamento à Rússia”.
- A cidade de Severodonetsk, que nas últimas semanas e dias tem sido palco de violentos confrontos entre os militares ucranianos e russos pode ser “libertada [do domínio russo] em poucos dias”, segundo o governador de Luhansk, Serhiy Haidai. O gabinete do governador diz que os militares no terreno esperam a chegada do armamento. “Estamos à espera das armas ocidentais de longo alcance. Depois de as recebermos Severodonetsk será libertada em poucos dias”.
- A ex-mulher de um dos aliados de Putin viu o apartamento de Londres, avaliado em 8,73 milhões de libras, arrestado depois de ter falhado o pagamento do empréstimo. O oligarca Arkady Rotenberg, de 69 anos, que foi colega de judo de Putin, foi um dos alvos das sanções do Reino Unido.
- “Caravana de morte sem fim”, é assim que o assessor do presidente da Câmara de Mariupol, Petro Andryushchenko, descreve no Telegram o cenário de retirada de corpos dos escombros da cidade. Andryushchenko tem atualizado diariamente a situação na cidade que esteve sob domínio russo, na qual se estima que possam ter morrido mais de 21 mil civis ucranianos.
- As forças pró-russas da autoproclamada república popular de Donetsk na Ucrânia, reconhecida pelo Kremlin, anunciaram o início da batalha por Sloviansk, que juntamente com Kramatorsk, serão os principais objetivos russos no Donbass.
- O Kremlin já revelou que não foi possível alcançar qualquer acordo com a Turquia sobre a exportação dos cereais da Ucrânia. O porta-voz de Putin, Peskov, diz que os trabalhos de embarque de cereais urcanianos continuam no Mar Negro, mas que não foi possível alcançar qualquer acordo.
Com Rita Penela e Alexandra Machado e Agência Lusa
-
Navalny critica Google e Meta por cancelarem publicidade na Rússia
Navalny, opositor ao regime de Putin condenado na Rússia, atacou a Google e a Meta depoi da decisão de desativarem a publicidade dentro da Rússia, considerando que tal decisão “ajudou Putin” ao dificultar a tarefa à oposição de comunicar mensagens contra a guerra.
“Seria banal dizer que o novo mundo da informação pode ser tanto uma bênção como uma maldição, no entanto, é isso mesmo”, escreveu Navalny numa carta publicada na página com o seu nome, acrescentando que a sua oposição que lidera “construiu todas as suas atividades em tecnologias de informação e obteve muito sucesso com isso”.
“A internet dá-nos a capacidade de contornar a censura. Ao mesmo tempo, Google e Meta, ao fechar os anúncios na Rússia impossibilitaram que a oposição realizasse campanhas anti-guerra, dando um enorme presidente a Putin”, afirma questionando se as regras na internet devem ser iguais a todos os países, independentemente das condições sociais e políticas.
“Tudo é complicado e contraditório e deve ser discutido, não esquecendo que é necessário depois desenvolver soluções”, apelou Navalny acrescentando ainda que é preciso “descobrir como impedir os bandidos de usar a sociedade de informação para levar o povo e todos para a idade das trevas”.
-
BCE "não irá tolerar" subidas demasiado rápidas dos juros dos países do sul da Europa, garante Lagarde
A presidente do BCE, Christine Lagarde, garante que o banco central “não irá tolerar” uma “fragmentação” excessiva na zona euro, ou seja, uma divergência (e subida) das taxas de juro entre os diferentes países da zona euro. À medida que Lagarde falou, na conferência de imprensa desta quinta-feira, dispararam as taxas de juro da dívida de países como Portugal e Itália, resultado de o BCE não dar mais do que garantias vagas de que está “atento” a esse movimento e que irá agir “se for necessário“.
Lagarde sublinhou que está entre as responsabilidades do BCE garantir que não existe uma “fragmentação” da política monetária, ou seja, que as políticas definidas em Frankfurt produzem efeitos semelhantes em todas as jurisdições. Ora, essa “transmissão” saudável estará em risco se, como aconteceu na crise da dívida soberana, os países tiverem taxas de juro muito diferentes.
Com o diferencial de risco entre Itália e Alemanha em mais de 200 pontos-base (dois pontos percentuais), por exemplo, há sinais evidentes de que está a formar-se uma especulação nos mercados financeiros de que os juros dos países da chamada periferia podem dilatar-se até níveis problemáticos. “Mercados financeiros fragmentados seriam um fator de obstrução” da política monetária, disse Lagarde, garantindo que mesmo tendo sido anunciado que as novas compras de dívida terminam a 1 de julho existe “flexibilidade” para aplicar instrumentos já existentes ou desenhar novos. “Já demonstrámos no passado que somos capazes de o fazer e iremos fazê-lo se e quando for necessário“, atirou a presidente do BCE.
-
Comissão Europeia dá mais 205 milhões em ajuda humanitária à Ucrânia
A União Europeia vai atribuir mais 205 milhões de euros em assistência humanitária à Ucrânia, anunciou a Comissão Europeia, por ocasião de uma visita a Kiev do comissário responsável pela Gestão de Crises, Janez Lenarcic.
Este apoio eleva para 700 milhões de euros o financiamento total da ajuda humanitária da UE à Ucrânia em resposta à invasão pela Rússia, dos quais 13 milhões de euros dedicados a projetos na vizinha Moldávia.
O executivo comunitário anunciou também hoje um acordo de contribuição no valor de sete milhões de euros com a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho para fornecer saúde mental e apoio psicossocial a pessoas em fuga da Ucrânia.