Momentos-chave
- Casa Branca pede a Putin que pare de se intrometer nas eleições presidenciais
- Scholz e Zelensky reúnem-se sexta-feira
- Syrskyi admite desvantagens militares face à Rússia, mas Kiev tem "abordagem mais eficaz"
- Kiev atacou Kursk para a Rússia sentir o que a Ucrânia "sente todos os dias", afirma Syrskyi
- Zelensky exige “resultados visíveis” após grande remodelação do Governo
- "Estamos a provar ao mundo que a Rússia pode perder esta guerra. A única coisa necessária é determinação", afirma Zelensky
- Especialista de televisão russo acusado de violar as sanções impostas pelos EUA
- Polónia desiste de afirmações que davam conta que um drone russo teria entrado no seu espaço aéreo
- Um civil foi morto no bombardeamento de Shebekino, na região de Belgorod
- Jens Stoltenberg diz que Ucrânia conseguiu "muito" na ofensiva de Kursk
- Parlamento ucraniano aprova Andrii Sybiha como sucessor de Dmytro Kuleba
- Parlamento ucraniano aceita demissão de Kuleba
- Moscovo apoia candidatura de Kamala Harris à Casa Branca
- "Rússia nunca recusou negociações com a Ucrânia", diz Putin
- Kursk: "Imagine-se o que pode acontecer na Europa se a Rússia começar a responder da mesma forma", avisa Putin
- Zelensky em reunião do Ramstein, Putin em conferência do Extremo Oriente
Histórico de atualizações
-
Bom dia, continuamos a seguir a guerra na Ucrânia, que entra hoje no seu 926º. dia, neste outro artigo em direto.
Reino Unido envia 650 mísseis de defesa para a Ucrânia, Zelensky na Alemanha
Obrigada por nos acompanhar, até já.
-
Casa Branca pede a Putin que pare de se intrometer nas eleições presidenciais
A Casa Branca instou o Presidente russo, Vladimir Putin, a “parar de imiscuir-se” nas eleições presidenciais norte-americanas, depois de este ter sarcasticamente declarado o seu “apoio” à candidata democrata, Kamala Harris.
“As únicas pessoas que devem determinar quem será a ou o próximo Presidente dos Estados Unidos são os norte-americanos, e nós apreciaríamos imenso que o senhor Putin, em primeiro lugar, parasse de falar das nossas eleições e, em segundo lugar, parasse de imiscuir-se nelas”, declarou o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, à comunicação social.
Em causa está o facto de Putin ter dito esta quinta-feira que o Presidente norte-americano, Joe Biden, tinha “recomendado aos seus eleitores para apoiarem a senhora Harris”. “Portanto, nós vamos apoiá-la também”, acrescentou.
E troçou ainda com o “riso tão expressivo e contagiante” de Kamala Harris, que “mostra que está a ir bem”, acrescentou com um sorriso.
-
Scholz e Zelensky reúnem-se sexta-feira
Esta sexta-feira o Chanceler alemão Olaf Scholz vai reunir-se com o Presidente ucraniano, em virtude da visita de Volodymyr Zelensky à Alemanha, avançou um porta-voz do Governo alemão citado pelo The Kyiv Independent.
A reunião irá decorrer em Frankfurt, mas até ao momento não foram divulgados mais detalhes.
-
Syrskyi admite desvantagens militares face à Rússia, mas Kiev tem "abordagem mais eficaz"
Oleksandr Syrskyi, que assumiu o seu cargo durante uma altura crítica da defesa ucraniana, admitiu hoje que ainda existem desvantagens militares face a Moscovo e que as tropas ucranianas têm falta de treino. “O inimigo tem uma vantagem na aviação, mísseis, artilharia, na quantidade de munições que usam, claro, no pessoal, tanques, infantaria e veículos”, notou, destacando, que essa desvantagem obrigou Kiev a usar uma tática diferente. “Não podemos lutar da mesma forma que eles, por isso termos de utilizar uma abordagem mais eficaz, utilizar as nossas forças e os nossos meios no máximo das nossas capacidades e utilizar superioridade técnica”.
Sobre a formação dos soldados, definiu-a como uma prioridade e admitiu que os soldados estavam a chegar à frente de batalha com menos treino do que gostaria. “Todos querem que o nível de treino seja o melhor possível. Mas ao mesmo tempo, as dinâmicas na frente obrigam-nos a pôr recrutas no serviço o mais rapidamente possível”, descreveu.
Para combater as quebras de moral que estas desvantagens criam nas tropas Oleksandr Syrskyi relatou que faz questão de tentar visitar as linhas da frente o mais frequentemente possível: “a linha da frente é a minha vida”, declarou.
-
Kiev atacou Kursk para a Rússia sentir o que a Ucrânia "sente todos os dias", afirma Syrskyi
Oleksandr Syrskyi deu a sua primeira entrevista desde que assumiu o cargo de chefe do Estado-Maior das Forças Armadas ucranianas, em fevereiro deste ano, para falar sobre a incursão em Kursk, que classificou com “um sucesso”. Na conversa com a CNN, publicada hoje, Syrskyi argumentou que a Rússia planeava um ataque a partir de Kursk e que Kiev se antecipou e preveniu este ataque.
“Reduzimos a ameaça de uma ofensiva inimiga. Levámos o combate para o território inimigo para que sentissem o que nós sentimos todos os dias”, declarou o comandante. Naquela que foi a explicação mais detalhada sobre a operação até à data, o chefe das Forças Armadas traçou alguns dos objetivos ucranianos.
O primeiro era, precisamente, impedir que Moscovo lançasse novos ataques a partir de Kursk. Além disso, Kiev queria desviar as tropas russas para outras áreas, criar zonas de segurança — impedindo ataques transfronteiriços contra civis –, fazer prisioneiros de guerra para abastecer o que Zelensky chama o “fundo de troca” e de um modo geral “aumentar a moral” da Ucrânia.
“Nos últimos seis dias, o inimigo não avançou um único metro em direção a Pokrovsk [do outro lado do país]. Por outras palavras: a nossa estratégia está a funcionar“, defendeu.
Com José Leite
-
Zelensky exige “resultados visíveis” após grande remodelação do Governo
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, exigiu hoje “resultados visíveis” ao seu Governo, após a maior remodelação ministerial desde o início da invasão russa, em 2022, que incluiu a substituição do emblemático chefe da diplomacia, Dmytro Kuleba.
“É fundamental que as instituições governamentais funcionem agora tão ativamente quanto possível – mais ativamente do que antes – a todos os níveis”, defendeu Zelensky, no seu discurso diário à nação.
Para tal, instou a sua nova equipa governamental a desenvolver mais ainda o setor do armamento, fazer avançar as negociações sobre o pedido de adesão à União Europeia (UE), zelar pela estabilidade financeira da Ucrânia e fornecer “mais apoio à linha da frente”, onde as forças militares de Kiev estão sob pressão no leste do país.
“Existem dezenas de tarefas muito específicas desse tipo, e cada um no seu cargo deve apresentar resultados visíveis durante o outono”, acrescentou.
-
"Estamos a provar ao mundo que a Rússia pode perder esta guerra. A única coisa necessária é determinação", afirma Zelensky
Volodymyr Zelensky voltou a pressionar hoje os seus aliados para tomarem mais decisões e mais rápidas de ajuda à Ucrânia. Agradecendo à Roménia o facto de já ter aprovado a entrega de mais um sistema Patriot e declarando que mantinha negociações com a NATO, França, Reino Unido, Alemanha, EUA e Itália, o Presidente ucraniano notou que o que faz a diferença é a velocidade a que estas decisões são tomadas. “Tudo o que acordamos com os nossos parceiros precisa de uma implementação o mais rápida possível. Quando as decisões são rápidas, a Rússia não tem tempo de se adaptar e nós alcançamos resultados particularmente valiosos”, declarou no seu discurso diário.
Para além deste tópico, o chefe de Estado destacou que já estão a ser enviados reforços para a frente de batalha no leste e que as posições em Kursk estão a ser mantidas. “Todos os dias, com a operação em Kursk, estamos a provar ao mundo que a Rússia pode perder esta guerra. A única coisa necessária é determinação suficiente e a determinação de toda a gente no mundo que influência a situação global. Não cabe a Moscovo determinar o futuro do nosso povo”, argumentou Zelesnsky.
O Presidente ucraniano mencionou ainda a remodelação governamental em curso, notando novamente que as pastas alteradas foram escolhidas com base nas políticas que Zelensky quer pôr em prática: investir na produção para a defesa, negociar o acesso à UE, coordenar as ações do governo central e as comunidades, contrariar a propaganda russa e consolidar a estabilidade económica.
-
Lituânia instala "medida de precaução"
A Lituânia instalou “dentes de dragão” antitanque na ponte que liga o país à Rússia, informa o Ministério da Defesa Nacional lituano, na rede social X.
Today, Lithuania set up a blockade on and near the bridge in ????????Panemunė, linking Lithuania & Russia. Demonstrating our new military counter-mobility measures, the setup includes mines, hedgehogs, dragon's teeth, etc. This is a precautionary step to ensure more effective defence. pic.twitter.com/S82UaU6rEf
— Lithuanian MOD ???????? (@Lithuanian_MoD) September 5, 2024
O Ministério da Defesa da Lituânia diz que esta é uma “medida de precaução” para garantir uma defesa mais eficaz.
A Lituânia instalou “dentes de dragão” antitanque na ponte que liga o país à Rússia.
O Ministério da Defesa da Lituânia diz que esta é uma “medida de precaução” para garantir uma defesa mais eficaz.
A defesa lituana já tinha inaugurado aquilo a que chamou “parque de contra-mobilidade” no leste do país, recorda a Euronews. A área inclui bloqueios de estradas, várias barreiras e obstáculos anti-tanque colocados na fronteira com a Bielorrússia.
Esta Linha de Defesa do Báltico visa combater um eventual ataque russo e está a ganhar forma na fronteira oriental da NATO.
-
Especialista de televisão russo acusado de violar as sanções impostas pelos EUA
Os Estados Unidos acusaram um especialista de televisão e a mulher de violar, através de dois esquemas, as sanções impostas após a invasão russa à Ucrânia.
Dimitri Simes, 76 anos, e Anastasia Simes, 55 anos, participaram numa conspiração para violar as sanções “em benefício da emissora russa Channel One Russia” e para branquear os fundos obtidos através do esquema, alega o Departamento de Justiça.
Em causa está ainda a violação da Lei sobre os Poderes Económicos de Emergência Internacional (IEEPA).
O casal tem uma casa no estado americano da Virgínia, mas “continua a monte e crê-se que se encontra na Rússia”, declarou o Departamento de Justiça.
Se forem condenados, podem apanhar até 20 anos de prisão.
-
Polónia desiste de afirmações que davam conta que um drone russo teria entrado no seu espaço aéreo
A Polónia recuou, hoje, em relação às afirmações de que um drone teria entrado no seu espaço aéreo durante um ataque russo à Ucrânia, em agosto.
Foi levada a cabo uma análise de 10 dias e as buscas do objeto não produziram quaisquer resultados.
-
Putin queria ser levado a sério? "Não pareceu"
Bruno Cardoso Reis sublinha que, na visão do Kremlin, a culpa da guerra é de todos… menos da Rússia. Já no Médio Oriente, qual é o interesse de Moscovo em ser um ‘player’ na região?
Ouça aqui o novo episódio de “Gabinete de Guerra” da Rádio Observador.
-
Um civil foi morto no bombardeamento de Shebekino, na região de Belgorod
Um morador de Shebekino morreu vítima de um bombardeamento operado por tropas ucranianas, disse o governador da região de Belgorod, Vyacheslav Gladkov, no Canal do Telegram.“Infelizmente, temos outra tragédia: como resultado de outro ataque, um civil foi morto. O homem morreu no local devido aos ferimentos antes da chegada da ambulância”, escreveu Gladkov. -
Jens Stoltenberg diz que Ucrânia conseguiu "muito" na ofensiva de Kursk
A Ucrânia conseguiu “muito” na sua ofensiva de Kursk contra a Rússia, mas é difícil prever como a situação irá evoluir, disse Jens Stoltenberg, Secretário-Geral da NATO, aos jornalistas em Oslo.
“Só os ucranianos podem fazer as escolhas difíceis que são necessárias, tais como onde colocar as suas forças e que tipo de guerra é apropriada nesta situação”, disse Stoltenberg.
As forças russas estão a avançar no leste da Ucrânia, enquanto as tropas ucranianas fizeram uma incursão ousada na região russa de Kursk, onde, a 6 de agosto, lançaram o maior ataque estrangeiro contra a Rússia desde a Segunda Guerra Mundial. -
Número de mortes no ataque a Poltava sobe para 55
O número de vítimas mortais num dos maiores ataques russos deste ano subiu para 55, informou o Serviço de Emergência Estatal da Ucrânia. O bombardeamento a Poltava, no centro do país, de há dois dias causou ainda 328 feridos sendo que ainda há pessoas debaixo dos escombros.
-
Roménia vai enviar Patriot para a Ucrânia
O Presidente romeno assinou hoje o decreto que estipula o envio do famos sistema de defesa aéreo Patriot para a Ucrânia. E o agradecimento não demorou a chegar de Kiev: “Obrigada pelo Patriot”, disse Andriy Yermak, o chefe de gabinete de Volodymyr Zelesnky no Telegram.
-
Parlamento ucraniano aprova Andrii Sybiha como sucessor de Dmytro Kuleba
O Parlamento ucraniano aprovou Andrii Sybiha como novo ministro dos Negócios Estrangeiros, após a demissão do anterior chefe da diplomacia, Dmytro Kuleba, avança a imprensa ucraniana como o Kyiv Independent.
Sybiha é um diplomata que já foi embaixador da Ucrânia na Turquia em 2016-2019. Em 2021, integrou a administração do Presidente Volodymyr Zelensky como chefe de gabinete adjunto e foi transferido para o Ministério dos Negócios Estrangeiros em abril deste ano.
-
Moscovo vai "fazer tremer o mundo" em resposta às novas sanções
A porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, afirmou esta quinta-feira que as medidas contra a RT fazem parte de uma “campanha de informação preparada há muito tempo”.
Casa Branca anuncia ações contra a Rússia por influenciar as eleições norte-americanas
Em entrevista à agência de notícias estatal RIA/Novosti, garantiu que Moscovo responderá às novas sanções de uma forma que “fará tremer o mundo”.
-
Porque é que Zelensky quer um governo novo?
A remodelação do governo ucraniano surpreendeu por incluir Kuleba. O que significa a decisão de Zelensky? E porquê agora? Há problemas no poder em Kiev? Uma conversa com Bruno Cardoso Reis.
-
Parlamento ucraniano aceita demissão de Kuleba
O parlamento ucraniano aceitou o pedido de demissão do ministro dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba, com 240 votos favoráveis.
De acordo com o Kyiv Independent, também foi aprovada a demissão da vice-primeira-ministra Iryna Vereshchuk, depois de ter sido rejeitada na votação de ontem, por falta de comparência da mesma.
-
Kremlin vai fazer "tudo o que for possível" para resolver conflito no Médio Oriente
Putin enfatizou que Moscovo irá fazer “tudo o que for possível” para resolver a crise no Médio Oriente.
O Presidente adianta, citado pela RIA/Novosti, que os Estados Unidos não são um país neutro nas discussões de paz, e que esse é um fator que está a dificultar as negociações atuais.