Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • Bom dia. Este liveblog fica arquivado, mas o Observador continua este sábado a acompanhar ao minuto os desenvolvimentos da guerra na Ucrânia. Pode segui-los aqui.

    Um morto e 11 feridos em ataques ucranianos na região russa de Belgorod

  • Sanções à Rússia vão ser discutidas pelos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, na próxima segunda-feira

    Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia vão discutir, na próxima segunda-feira, novas sanções contra a Rússia no âmbito do mecanismo de medidas proibitivas aprovado na última reunião, noticia a agência estatal russa TASS.

    “Vai haver uma troca de opiniões sobre as sanções”, adianta um porta-voz da União Europeia, acrescentando que “o regime provavelmente precisa de mudança, para tornar a evasão das sanções ainda mais difícil”.

    Na última reunião, a 8 de outubro, foi aprovado um novo mecanismo contra “ações desestabilizadoras” da Rússia no estrangeiro.

  • Ucrânia vai investigar morte de jornalista detida na Rússia

    As autoridades ucranianas anunciaram hoje que iriam investigar as causas da morte de Viktoria Roshchyna, a jornalista ucraniana que morreu enquanto estava detida na Rússia, noticia a Reuters.

    Peter Stano, porta-voz dos Negócios Estrangeiros da Comissão Europeia, reiterou a posição da UE sobre “violações e abusos de direitos humanos contra jornalistas”, e que estes não podem sair impunes. Com isto, esta sexta-feira, a UE pediu uma “investigação independente e completa, que clarifique todas as circunstâncias” sobre a morte da jornalista ucraniana.

    Morreu Viktoria Roshchyna, jornalista ucraniana detida na Rússia

  • Para além de Kursk, exército russo reforça ataques em Kherson e Zaporíjia

    Esta semana, as tropas ucranianas enfrentaram uma nova vaga de ataques russos no sul do país, mas garantem que as linhas de defesa ucraniana continuam intactas. “As forças de defesa do sul da Ucrânia na região de Kherson repeliram 29 ataques. No último dia, cinco ataques foram registados na direção de Kherson e dois na direção de Zaporíjia”, afirmou o comando operacional das Forças Armadas ucranianas no sul, num comunicado citado pelo Kyiv Independent.

    Esta ofensiva renovada no sul vai ao encontro de um aviso deixado pelas tropas ucranianas no início da semana: que a Rússia tinha um novo foco ofensivo, precisamente na região de Zaporíjia. Ao mesmo tempo, o exército continua a avançar na frente leste, na direção de Pokrovsk, no Donbass, e a norte, numa contraofensiva em Kursk.

  • "A reunião mais importante de todo o período da guerra": Zelensky apresentou plano de vitória a Scholz

    Em Berlim, chegou ao fim da “tour europeia” de Volodymyr Zelensky, com a apresentação do seu plano de vitória ao chanceler alemão, Olaf Scholz, que considera um dos “amigos chave” da Ucrânia para garantir a paz justa e a vitória. Esta foi a terceira reunião entre os dois líderes este outono, mas “a mais importante”, escreveu Zelensky, no X. Não só dos últimos meses, mas desde o início ofensiva russa, em fevereiro de 2022, precisamente por se tratar da apresentação do plano que Kiev diz que vai pôr fim à guerra.

    Na mesma mensagem, partilhada nas suas redes sociais no final do encontro, o chefe de Estado ucraniano agradeceu todo o apoio — militar, económico, político — que Berlim tem dado a Kiev, mas deixou um apelo bem claro: “É muito importante para nós que no próximo ano a ajuda não diminua — que seja suficiente para proteger as pessoas e a vida”.

  • Zelensky diz que quer o fim da guerra em 2025

    O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, revelou hoje durante uma visita a Berlim, onde recebeu garantias de continuidade da ajuda alemã, que pretende o fim da guerra com a Rússia em 2025.

    “A Ucrânia (…) quer um fim justo e rápido para esta guerra (…) Gostava de ver isto o mais tardar no próximo ano, 2025”, disse Zelensky, ao lado do chanceler alemão, Olaf Scholz, sublinhando que é “muito importante que a ajuda não diminua no próximo ano”.

    “O nosso apoio à Ucrânia não irá enfraquecer”, assegurou Olaf Scholz, acrescentando que a Alemanha não aceitará “uma paz ditada pela Rússia”, respondendo assim ao apelo de Zelensky para que a Europa não diminua a ajuda a Kiev.

    “Exigimos uma paz justa para a Ucrânia e uma vitória para nós”, disse Zelensky, garantindo que nenhum país quer tanto o fim do conflito como a Ucrânia.

  • Em Berlim, Scholz promete a Zelensky novo pacote de ajuda de 1,4 mil milhões de euros

    Depois de passagens por Dubrovnik, Londres, Paris e Roma, o Presidente ucraniano chegou a Berlim, a última paragem da sua “tour europeia” à procura de consolidar apoio internacional. À chegada à capital alemã, Volodymyr Zelensky foi recebido pelo chanceler, Olaf Scholz, com quem conversou animadamente.

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    Numa conferência de imprensa conjunta, Scholz anunciou um novo pacote de ajuda à Ucrânia, no valor de 1,4 mil milhões de euros. Este vai incluir equipamento militar e vai contar com a participação da Bélgica, Dinamarca e Noruega, escreve a Bloomberg.

  • Lituânia instala dentes de dragão perto de Kaliningrado e fortifica-se na fronteira com a Rússia

    País báltico toma “medidas de precação” para se proteger contra eventual ataque da Rússia e instala fortificações perto da fronteira com Kaliningrado. Lituânia prevê ainda “demolir algumas pontes”.

    Lituânia instala dentes de dragão perto de Kaliningrado e fortifica-se na fronteira com a Rússia

  • Rússia lança contra-ofensiva em larga escala em Kursk e recupera 38 quilómetros quadrados de território num dia

    Fontes oficiais ucranianas e russas confirmam: o exército russo lançou ontem uma grande contra-ofensiva em Kursk e conseguiu furar as defesas ucranianas. Segundo o projeto ucraniano DeepState, que, com o apoio do Ministério da Defesa de Kiev, constrói e atualiza um mapa interativo dos avanços das tropas, esta operação russa já conquistou cerca de 38 quilómetros quadrados de território — uma área semelhante à da cidade do Porto.

    O ataque russo foi feito em várias frentes em simultâneo, relata um antigo funcionário do Ministério da Defesa russo, através do seu canal de Telegram. Na frente leste, perto da cidade de Novoivanovka, a ofensiva russa conseguiu furar as linhas de defesa, confrontando os operadores de artilharia e drones, que não costumam estar envolvidos nos combates diretos. Em Olgovka, a menos de 15 quilómetros, as tropas ucranianas terão mesmo sido cercadas.

    Ainda assim, um militar ucraniano afirma, numa mensagem no Telegram, que o “plano russo em Kursk continua a ter sido frustrado”. O responsável do departamento de desinformação do Conselho de Segurança Nacional ucraniano insiste que “ainda não há detalhes, mas que o exército russo sofreu perdas de equipamento significativas”.

  • Zelensky e Papa discutiram regresso de civis ucranianos presos na Rússia

    Na sua audiência privada com o Papa Francisco, Volodymyr Zelensky debruçou-se sobre o regresso dos ucranianos, adultos e crianças, que estão em cativeiro na Rússia, vítimas civis da ofensiva russa contra a Ucrânia, tema que também vai marcar a segunda Conferência da Paz, anunciou entretanto. “Estamos a contar com a assistência da Santa Sé a ajudar a trazer de volta os ucranianos que foram feitos prisioneiros pela Rússia”, escreveu Zelensky no X, depois do encontro.

    Na mesma publicação, o chefe de Estado ucraniano lembrou Viktoria Roshchyna, a jornalista ucraniana que morreu enquanto estava presa na Rússia, afirmando que a sua morte é “um golpe pesado“. Acrescentou que, tal como ela, muitos outros civis, “jornalistas, figuras públicas e líderes comunitários”, foram capturados nos territórios ucranianos ocupados, um tema que “continua a ser incrivelmente doloroso” para Kiev.

    Morreu Viktoria Roshchyna, jornalista ucraniana detida na Rússia

  • Segunda Conferência da Paz para a Ucrânia será no Canadá, com foco para libertação de prisioneiros

    O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou hoje a data da segunda Conferência da Paz, que se vai realizar nos dias 30 e 31 de outubro no Canadá. A primeira conferência, na qual se começou a desenhar a Fórmula da Paz — que Zelensky tem destacado em todos os seus encontros –, realizou-se em junho deste ano, na Suíça.

    O anúncio foi feito depois da reunião do chefe de Estado ucraniano com o Secretário de Estado de Estado e o Secretário para as Relações e Organizações Internacionais do Vaticano. O foco desta segunda conferência vai ser a “libertação dos reféns civis e dos prisioneiros de guerra”, assim como das crianças deportadas pela Rússia, desde o início da ofensiva em 2022.

    Zelensky fez um apelo ao Secretário de Estado, o Cardeal Pietro Parolin, que trabalhe para unir os esforços internacionais em torno deste tema, uma vez que Parolin visitou a Ucrânia recentemente, escreveu o Presidente nas suas redes sociais.

  • Pezeshkian aceita convite para visitar Rússia. Líderes destacam que Teerão e Moscovo têm visões semelhantes sobre o mundo

    A reunião entre os Presidentes do Irão e da Rússia, Masoud Pezeshkian e Vladimir Putin, já terminou, ao fim de quase uma hora de encontro, relata a agência estatal russa Ria Novosti. Durante o encontro, Putin convidou Pezeshkian a visitar a Rússia, convite que o chefe de Estado iraniano aceitou com “gratidão”, acrescentando que vai ser proveitosa e que as relações entre os dois países são “amigáveis e sinceras”.

    Os dois chefes de Estado debruçaram-se sobre o cenário internacional, particularmente sobre a situação no Médio Oriente. Putin garantiu que os dois países “estão a trabalhar em conjunto de forma ativa na arena internacional“. “As nossas avaliações dos eventos que estão acontecer no mundo estão várias vezes muito próximas”, acrescentou o Presidente russo, declaração repetida pelo seu homólogo iraniano que disse: “As nossas posições na arena internacional são semelhantes”.

    Em cima da mesa esteve ainda a cooperação económica entre Moscovo e Teerão. Sem mencionar diretamente trocas militares — o Irão é acusado de fornecer drones e mísseis balísticos à Rússia –, Putin destacou que as relações comerciais estão a seguir “uma tendência boa”, de crescimento.

    Entrada atualizada às 12h15 com novas declarações do encontro

  • "A paz é uma flor frágil" e o massacre de Bucha: as prendas trocadas por Zelensky e o Papa

    Ainda não se sabem detalhes sobre o que foi falado na audiência privada do Papa Francisco ao Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, mas a agência italiana ANSA avança que esta foi mais curta do que relatado inicialmente e durou apenas 35 minutos.

    Como é tradição, o chefe de Estado ucraniano e o Sumo Pontífice trocaram prendas. Francisco ofereceu um baixo relevo em bronze de uma flor com a inscrição “a paz é uma flor frágil”. Por sua vez, Zelensky apresentou ao chefe da Santa Sé uma pintura intitulada “A história de Marichka”. A obra lembra o massacre de Bucha, em que as tropas russas mataram centenas de civis ucranianos nos arredores de Kiev, em março de 2022.

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  • Putin vai encontrar-se com Erdogan à margem da Cimeira dos BRICS

    O Presidente russo, Vladimir Putin, vai encontrar-se com o Presidente da Turquia Recep Tayyip Erdoğan, em Kazan, na Rússia. O encontro vai acontecer à margem da Cimeira dos BRICS, que se realiza na cidade entre 22 e 24 de outubro, confirmou hoje o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

    “Putin falou com o presidente da Assembleia Nacional da Turquia, o parlamento turco. Eles trocaram opiniões brevemente sobre a continuação dos diálogos que acontecerem recentemente em Moscovo. E Putin disse que espera uma reunião bilateral com o Presidente Erdogan em Kazan literalmente numa semana”, relatou Peskov, citado pela RIA Novosti.

  • Presidente da Rússia e Presidente do Irão reunidos pela primeira vez no Turquemenistão

    Os chefes de Estado da Rússia e do Irão, Vladimir Putin e Masoud Pezeshkian, estão a esta hora reunidos em Ashgabat, capital do Turquemenistão, à margem de um fórum internacional, avança a agência estatal russa Ria Novosti. A delegação de Moscovo conta com outros dois governantes russos e o assistente e o porta-voz presidenciais, acrescenta a agência.

    Esta é o primeiro encontro entre Putin e Pezeshkian desde que o segundo foi eleito Presidente do Irão. Em cima da mesa de reuniões vão estar as relações bilaterais e a situação no Médio Oriente, confirmou o porta-voz, Dmitry Peskov.

  • Rússia já controla mais de metade da cidade de Toretsk, confirmam autoridades ucranianas

    Vasyl Chynchyk, responsável pela administração militar de Toretsk, afirmou hoje que a Ucrânia ainda controla 40 a 50% da cidade. A restante parte foi ocupada pelas tropas russas, confirmou, falando em direto na televisão estatal. No início da semana, fontes do exército russo tinham avançado a invasão da cidade, mas só agora é que as autoridades ucranianas confirmaram a dimensão da ocupação.

    “Estamos a fazer todos os esforços para retirar os civis. A situação permite entrar na cidade para evacuações apenas em certos períodos quando os combates acalmam e as condições meteorológicas estão favoráveis”, explicou Chynchyk, acrescentando que neste momento ainda estão cerca de 1150 pessoas nesta cidade do Donbass que antes da guerra tinha 70 mil habitantes.

  • Zelensky reunido com Papa no Vaticano. Depois, segue para Berlim

    O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, está a esta hora reunido com o Papa Francisco no Vaticano. O encontro começou por volta das 9h30 locais (8h30 na hora portuguesa), segundo o site oficial Vatican News. No Palácio Apostólico, o chefe de Estado ucraniano foi recebido pelo responsável da Casa Pontifícia, Leonardo Sapienza.

    Da parte da tarde, o chefe de Estado ucraniano segue para Berlim, para duas reuniões, a primeira com o chanceler, Olaf Scholz, e a segunda com o Presidente, Frank-Walter Steinmeier, encontros para os quais não foi anunciada hora.

  • Ucrânia continua sem ter feito "propostas sérias" para a paz, acusa Lavrov

    Kiev não apresentou propostas sérias para pôr fim à guerra e a Rússia vai manter a sua posição “até ao fim”. A acusação foi feita pelo ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, durante a Cimeira do Sudeste Asiático (ASEAN). “Todas as ações verdadeiras são vistas no terreno e nos passos práticos dos políticos quando algo sério é proposto. Mas, por agora, no terreno, vemos que as nossas Forças Armadas resolvem de forma consistente as tarefas definidas, mas nas declarações dos políticos ainda não encontrámos nada sério”, afirmou Lavrov, citado pela Ria Novosti.

    O ministro russo acrescentou que não segue a cobertura dos media ucranianos ou ocidentais sobre os planos da Ucrânia para pôr fim à guerra, uma vez que só fazem relatos infundados, acusa. “A nossa posição foi deixada muito clara pelo Presidente [Putin] a 14 de junho. Esta posição está a ser implementada de forma consistente na prática. E vamos levá-la até ao fim”, garantiu, numa referência à proposta de Moscovo para um cessar-fogo se a Ucrânia abdicar de todos os territórios ocupados até agora pela Rússia — que é também a maior exigência do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, para um acordo de paz.

  • Putin avisa que a formação de uma nova ordem mundial é natural e irreversível

    O Presidente da Rússia disse hoje que as relações internacionais entraram num momento de mudanças fundamentais, sublinhando que a formação de uma nova ordem mundial que reflita toda a diversidade é “uma evolução natural e irreversível”.

    “A Rússia defende o debate internacional mais amplo possível sob os parâmetros de interação no mundo multipolar emergente e está aberta a discutir questões relacionadas com a construção de uma nova ordem mundial”, afirmou Vladimir Putin, num fórum internacional em Ashkhabad, capital do Turcomenistão.

    No seu discurso, transmitido em direto pela televisão estatal russa, o responsável do Kremlin sublinhou que “o mundo enfrenta ameaças sem precedentes geradas por fraturas de civilizações e conflitos interétnicos e inter-religiosos” e “as relações internacionais entraram numa era de mudanças globais e fundamentais”.

    Neste contexto, acrescentou Putin, está a ser construída uma “nova ordem mundial, que reflete toda a diversidade do planeta, num processo natural e irreversível”.

  • Blinken diz não ouviu “nada de novo” de Lavrov durante cimeira no Laos

    O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, afirmou hoje que não ouviu “nada de novo” do ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, que, tal como ele, participou numa cimeira regional no Laos.

    “Ouvi-o. Não posso dizer se ele me ouviu, mas não ouvi nada de novo”, disse Blinken aos jornalistas.

    O chefe da diplomacia norte-americana deixou claro que não teve qualquer contacto direto com o seu homólogo, naquele que foi um dos raros momentos que partilharam a mesma sala.

    “Penso que todos os países presentes nesta sala, sem falar em seu nome, deixaram claro que esta agressão tem de parar, não só porque é uma agressão contra o povo ucraniano, mas também porque é uma agressão contra os princípios que estão no centro do sistema internacional”, afirmou.

    “É surpreendente que tantos países do outro lado do mundo, na região do Indo-Pacífico, estejam a interessar-se pelo que se passa na Ucrânia, porque sabem que se um país puder agir com impunidade e cometer atos de agressão, isso é um sinal para potenciais agressores em todo o mundo”, continuou Blinken.

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