O ministro da Educação, Nuno Crato, defendeu hoje que o país vai precisar, dentro de alguns anos, de mais professores, devido à aposentação de muitos dos atuais docentes, o que abrirá uma oportunidade aos jovens.

“A geração de quem quer ser professor, quando acabar o seu curso, vai ter oportunidades”, afirmou.

Discursando na cerimónia de inauguração do ISCE-Douro, uma instituição de ensino privado em Penafiel que forma professores, o ministro insistiu que o futuro do país carece de mais docentes.

Para Nuno Crato, aquela necessidade constitui também uma oportunidade para as instituições de ensino superior que formam professores.

“Queremos que os novos professores estejam mais bem qualificados”, vincou.

Falando para uma plateia formada por dezenas de professores e autarcas do Tâmega e Sousa, o ministro sublinhou a importância de as instituições de ensino superior, como o ISCE-Douro, terem uma ligação “tão próxima” às autarquias e ao tecido empresarial.

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“Isso vai permitir uma formação adequada às necessidades da região”, comentou, enquanto destacava a importância dos novos cursos de técnicos superiores profissionais que vão ser lecionados naquele estabelecimento.

O ministro sublinhou também a importância de o ensino do inglês ser agora obrigatório durante sete anos.

“É um avanço decisivo na educação do país”, exclamou, referindo-se à importância do inglês como língua internacional.

À margem da cerimónia, Nuno Crato disse aos jornalistas que no último ano aumentou o número de alunos do ensino superior que beneficiaram da ação social. O facto de ter subido o limiar a partir do qual os alunos têm acesso às bolsas permitiu, assinalou, abranger mais estudantes.

A melhoria do apoio, declarou ainda, garantiu que muitos estudantes pudessem prosseguir os seus estudos, correspondendo ao desejo do Governo de ter mais jovens a frequentar o ensino superior.

As instalações hoje inauguradas, onde funcionava uma escola do primeiro ciclo, foram cedidas pela Câmara de Penafiel.

O presidente da autarquia, Antonino Sousa, disse tratar-se de um momento histórico para a cidade, 15 anos depois de ter perdido o ensino superior, então com a saída da Universidade Portucalense.

O autarca disse esperar que o ISCE-Douro ajude a qualificar a população de uma das regiões mais jovens do país e dessa maneira contribuir para a competitividade do território do Tâmega e Sousa.