Momentos-chave
- Resumo do dia e votos de bom descanso
- Passos Coelho sobre o PS: "Leve agora este programa, depois paga"
- Paulo Portas à Reuters: Coligação confiante na maioria absoluta
- Coligação não está a olhar para trás. Está a "pensar no futuro do país"
- Passos acusa PS de querer fazer “experiências perigosas”
- Costa: “Palavra dada tem de ser palavra honrada”
- Passos quer uma campanha com "muito amor"
- Costa: Governo "merece ou não confiança? Não"
- Passos e Portas recebidos com insultos em Braga
- Joana Amaral Dias: "O Agir vai ser implacável no combate à corrupção"
- Costa: PSD e CDS "traiu" quem lhes deu o voto
Histórico de atualizações
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Resumo do dia e votos de bom descanso
Termina aqui a cobertura do dia em que arrancou a pré-campanha da coligação PSD/CDS-PP. O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, garantiu que a coligação não está nestas eleições legislativas a olhar para trás, mas sim a “olhar e a pensar no futuro do país”. No final do dia, Passos Coelho acusou o programa do PS de ser o mesmo que dizer aos portugueses “leve agora este programa, depois paga”.
Já Paulo Portas, depois de dizer à Reuters que a coligação ambicionava uma maioria absoluta nas eleições, fechou o dia a garantir que, com a coligação no governo, “não há risco de uma troika qualquer voltar a Portugal”.
António Costa, por seu turno, disse hoje que o maior desafio que se coloca à democracia portuguesa é o restabelecimento da relação de confiança entre Governo e cidadãos e declarou que “palavra dada tem de ser palavra honrada”. Num discurso durante um almoço com apoiantes em Guimarães, após o qual se recusou a responder às questões dos jornalistas, o secretário-geral do Partido Socialista (PS), António Costa, disse não poder dar-se “ao luxo de andar aqui a prometer e a assumir compromissos que não esteja em condições de honrar no Governo”.
Com este pequeno resumo do dia, que fazemos sem prejuízo de o convidar a ler mais, neste liveblogue, sobre o que se passou, fechamos por hoje a cobertura da campanha para as legislativas.
Boa noite e bom descanso.
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“Connosco não há risco de uma 'troika' qualquer voltar a Portugal”, garante Portas
O líder do CDS-PP, Paulo Portas, prometeu hoje à classe média que com a coligação “não há risco de uma ‘troika’ qualquer voltar a Portugal”, aconselhando os indecisos a “acrescentar certeza política” com o aumento da incerteza económica mundial.
“O conselho que dou do ponto da vista da escolha dos portugueses é muito simples: quanto mais houver sinais de incerteza económica no mundo, mais os portugueses devem acrescentar certeza política à situação em Portugal”, disse Paulo Portas, dirigindo-se aos indecisos nestas eleições legislativas, no discurso do jantar de pré-campanha da coligação, que hoje decorre na Alfândega do Porto.
O parceiro de coligação e de Governo de Pedro Passos Coelho falou ainda diretamente para a classe média, que disse ser “a espinha dorsal de um país”, e deixou uma garantia: “connosco não há risco de uma ‘troika’ qualquer voltar a Portugal”.
“Connosco não há novos resgates, connosco haverá capacidade para melhorar os salários da função pública, garantir a integridade das pensões, eliminar progressivamente a sobretaxa, continuar a redução do IRC para garantir o investimento e o emprego e melhorar as políticas de apoio à família. Vão por este caminho, não arrisquem voltar ao caminho que levou a 2011”, apelou.
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Passos Coelho sobre o PS: "Leve agora este programa, depois paga"
O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, comparou hoje a proposta do PS de estímulo à economia à custa da Segurança Social com as SCUT, acusando os socialistas de dizer aos portugueses “leve agora este programa, depois paga”.
Passos Coelho discursava num jantar de pré-campanha da coligação PSD/CDS-PP na Alfândega do Porto – onde à entrada um grupo dos lesados do papel comercial do BES se manifestava -, considerando “duplamente errado” que os adversários façam “esta coisa triste que é usar as pessoas e a sua desgraça para fazer política” contra a maioria.
“O programa de estímulo à economia à custa da Segurança Social parece hoje aquilo que nos venderam no passado com as SCUT. Não tem custos, a fatura virá depois, de preferência com outro Governo. E querem fazer portanto com a Segurança Social e com o seu novo programa para Portugal o que já fizeram antes, dizer aos portugueses: leve agora este programa, depois paga”, acusou.
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Paulo Portas à Reuters: Coligação confiante na maioria absoluta
A agência Reuters publicou este sábado uma entrevista ao líder do CDS-PP, Paulo Portas, em que o vice-primeiro-ministro se mostra confiante de que a coligação irá conseguir uma maioria absoluta nas eleições de 4 de outubro.
“Pelo que os portugueses terão muita sensatez no momento de escolher, a 4 de outubro, e que irão evitar qualquer risco de regressar às causas e consequências do que aconteceu em 2011”, terá dito Portas, em declarações que estão citadas em inglês.
Portas acrescentou que “nenhuma sociedade atravessa o caminho que os portugueses atravessaram sem aprender quais são as lições e as consequências”, explicando que “tínhamos um défice orçamental grave e um problema de dívida em 2011”, o que levou ao pedido de resgate e à recessão.
“Penso que as pessoas sabem que, apesar de terem algumas dúvidas e reservas, e sobretudo tendo pago pela irresponsabilidade [de quem governava] em 2011, a nossa proposta é mais estável, mais prudente e produz resultados”.
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Marinho Pinto e o sistema de debates eleitorais
O candidato do Partido Democrático Republicano (PDR) às eleições legislativas, Marinho e Pinto, criticou hoje o sistema definido para os debates eleitorais que considera criar uma campanha eleitoral de primeira divisão e uma campanha de segunda divisão.
“Os partidos do poder engendraram um sistema para pela primeira vez afastar alguns partidos e querer fazer uma campanha eleitoral de primeira divisão e uma campanha de segunda divisão”, afirmou o candidato em declarações à Lusa observando que não tem acompanhado os debates televisivos e que lamenta a exclusão do PDR dos debates.
No final do primeiro de dois dias de pré-campanha eleitoral pelo Algarve que passou por Lagos, Portimão, Lagoa, Armação-de-Pêra, Albufeira e Quarteira, Marinho e Pinto deu um balanço positivo do contacto com os residentes e os turistas.
“O que temos dito às pessoas é que se continuarem a votar nos mesmos partidos vai continuar tudo na mesma, como tem vindo a ser repetido ao longo de décadas” afirmou acrescentando que “nem os partidos do Governo são solução para os problemas que eles próprios criaram, nem os partidos da oposição estão à altura porque as suas preocupações são outras”.
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Catarina Martins diz que é preciso proteger “direito à habitação”
A porta-voz do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, afirmou hoje que é preciso proteger o direito à habitação num encontro com famílias de Azeitão em risco de perderem as casas onde residem, devido à insolvência de uma cooperativa.
“Este caso, infelizmente, é bastante emblemático do que se passa no País. E digo infelizmente, porque mostra um Governo que é tão forte com quem tem menos e está mais desprotegido e consegue ir sempre cobrar a dívida a quem não a fez”, disse Catarina Martins.
“Nós temos visto as pessoas que vivem dos seus salários, das suas pensões, a pagar tantos impostos, a pagar os sucessivos desvarios do sistema financeiro. Aqui é exatamente o mesmo que vemos: houve um problema financeiro, que não tem nada a ver com estas pessoas, e a solução mais fácil é ir tirar-lhe as casas. Isto não pode ser”, acrescentou.
Catarina Martins, que falava aos jornalistas depois de um encontro com algumas das 41 famílias de Vendas de Azeitão e Pinhal de Negreiros, no concelho de Setúbal, que estão em risco de perder as casas, que pagaram na totalidade durante 25 anos, a uma cooperativa de habitação declarada insolvente em 2012. A declaração de insolvência impediu a realização de escrituras dos moradores, como estava previsto inicialmente, e as casas foram incluídas na massa falida, pelo que deverão ser colocados a leilão muito em breve.
Catarina Martins defende, no entanto, que não se trata de um problema judicial. “Este problema é sobretudo um problema político. Estamos a falar de pessoas que pagaram a sua casa integralmente ao longo de 20 anos. Houve uma cooperativa que entrou em falência e o credor é o IHRU. As pessoas que aqui estão não têm nada a ver com esse processo de falência”, disse.
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Coligação não está a olhar para trás. Está a "pensar no futuro do país"
O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, garantiu hoje que a coligação não está nestas eleições legislativas a olhar para trás, mas sim a “olhar e a pensar no futuro do país”.
Depois de uma manhã atribulada em Braga, o arranque da pré-campanha da coligação PSD/CDS-PP prosseguiu esta tarde para uma arruada pelo centro da Póvoa de Varzim, distrito do Porto, na qual Passos Coelho e Paulo Portas foram recebidos em ambiente de festa, tendo chegado a ser levantados em ombros pelos apoiantes.
No final da arruada – e antes de seguirem para uma reunião com empresários num hotel do Porto – os líderes do PSD e do CDS-PP subiram para um banco de rua e dirigiram umas breves palavras aos presentes, agradecendo a receção.
“Vai ser uma grande estreia desta pré-campanha, vamos fazer um grande final hoje também [jantar da coligação na Alfândega do Porto] para marcar esta memória de que não estamos aqui a olhar para trás, estamos aqui a olhar e a pensar no futuro do país”, garantiu Passos Coelho.
Já Paulo Portas usou a história e a memória: “como diziam antigamente os pescadores da Póvoa, Ala-Arriba”, expressão que significa força, para cima.
A comitiva percorreu uma rua pedonal no centro da Póvoa de Varzim e os líderes foram cumprimentando, falando e respondendo às pessoas que os conseguiram abordar, ao som dos tradicionais cânticos das máquinas partidárias, nos quais os nomes dos líderes dos partidos e a palavra Portugal imperaram.
Hoje, durante a tarde, a RTP anunciou que Pedro Passos Coelho vai dar uma entrevista ao canal na quinta-feira, a partir das 21:00.
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Livre/Tempo de avançar quer acabar com “sectarismo” na esquerda
O Livre/Tempo de avançar fechou neste sábado o seu programa para as legislativas de outubro, e em comício que decorreu em Lisboa mostrou esperança no fim do “sectarismo” na esquerda e na construção de um governo de esquerda.
“Deixar para trás tradição de sectarismo” na esquerda portuguesa é uma das missões do partido, afiançou Rui Tavares, cabeça de lista por Lisboa, no comício que se seguiu à II Convenção Cidadã do movimento. Posteriormente, o candidato elogiou gente “boa e com muita qualidade” da esquerda, lembrando os debates televisivos tidos recentemente com o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho ou o vice-primeiro-ministro Paulo Portas.
“Gostei de ver António Costa, gostei de ver Catarina Martins e gostarei de ver Jerónimo de Sousa. E confesso-vos que estou em pulgas para ver Heloísa Apolónia debater contra Paulo Portas”, sublinhou. E disse ainda: “Nós viemos para acrescentar qualidade à qualidade”.
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Passos Coelho tem de assumir responsabilidade política, dizem os "Indignados"
O presidente da Associação dos Indignados e Enganados do Papel Comercial (AIEPC), Ricardo Ângelo, acusou hoje o primeiro-ministro de “desonestidade intelectual” devido às suas declarações sobre o problema dos lesados, exigindo que o Governo assuma a sua responsabilidade política.
“Ele [Passos Coelho] tem que assumir a responsabilidade política direta sobre este assunto”, afirmou à agência Lusa o líder da AIEPC, considerando que “o primeiro-ministro, a ministra das Finanças e o Governo reforçaram publicamente a confiança e a tranquilidade na instituição que era o Banco Espírito Santo (BES), o Grupo Espírito Santo (GES) e as suas empresas”.
E reforçou: “Portanto, ele tem todas as responsabilidades nesta fraude e neste caso que é gravíssimo”.
Leia mais sobre as declarações deste responsável neste artigo.
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Passos acusa PS de querer fazer “experiências perigosas”
Em Barcelos, num almoço para assinalar o primeiro dia de pré-campanha, Pedro Passos Coelho acusou o PS de não ter negociado a reforma da Segurança Social por ter medo das eleições e de querer fazer “experiências perigosas” para estimular o consumo.
No evento em Barcelos, Passos Coelho afirmou que o PS “não aprendeu nada” com o passado e reafirmou a necessidade de reformar a Segurança Social para que as pensões atuais e futuras sejam pagas sem que o pais tenha que pedir “mais um resgate”.
“Cada vez que ouço o PS dizer que quer ir à custa da Segurança Social arranjar dinheiro para dar às pessoas, porque isso é importante, arrepio-me todo”, afirmou o líder da coligação Portugal à Frente, questionando “como é que é possível que alguém que reconhece a falta de dinheiro na Segurança Social arrisque depois abrir um buraco que, só em quatro anos, será de perto de seis mil milhões de euros”.
Para Passos Coelho, o partido de António Costa quer é dizer às famílias “tomem lá mais dinheiro para poderem gastarem por que isso é bom para a economia”. “Será que não se aprendeu nada com essa experiência do passado e continua a querer fazer experiencias perigosas? E depois acusa-nos a nós de querer privatizar a Segurança Social. Dava vontade de rir, se o assunto não fosse tão sério.”
No final do discurso, Pedro Passos Coelho deixou outra crítica ao PS, mas também um apelo. “Espero que o PS faça o que devia ter feito e que com medo das eleições não fez — aceitar sentar-se connosco à mesa para desenhar uma fórmula de Segurança Social que restabeleça a confiança das gerações e que, ao mesmo tempo, dê a garantia a todos aqueles que ainda estão no ativo a receber os seus descontos.”
Também em Barcelos, Paulo Portas disse que era compreensível que a recuperação económica incomode os socialistas, e realçou que a a escolha de dia 4 de outubro será entre um projeto viável — o da coligação — e o impossível — o dos socialistas.
No final da intervenção, o líder do CDS deixou várias círitcas a António Costa, que considerou ser “arrogante”. “Quem chamou estrangeiros e lhes deu poder e autoridade para influenciar as políticas em Portugal, foi quem levou o país à bancarrota e chama-se Partido Socialista. Isso devia convidá-los a uma grande humildade e não a esse género de arrogância”, disse.
Para além das críticas dirigidas ao principal partido da oposição, Paulo Portas deixou um apelo aos portugueses: que “optem por aquilo que é confiável, estável” e que deem uma governação firme, com uma “maioria estável”, ao país.
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Sampaio da Nóvoa não fará campanha entre 20 de setembro e 4 de outubro
António Sampaio da Nóvoa anunciou este sábado que não irá desenvolver qualquer ação pública entre 20 de setembro e 4 de outubro, dia em que se realizam as eleições legislativas.
O dia 20 de setembro marca o arranque oficial da campanha e, por isso, Sampaio da Nóvoa acredita que o tempo “é dos partidos”. “A partir do dia 20 de setembro, quando a campanha se iniciar, não farei qualquer ação pública desta candidatura até ao dia 4 de outubro”, frisou numa iniciativa este sábado em Lisboa.
Sampaio da Nóvoa apelou ainda a “todos os portugueses que votem” nas eleições legislativas, que trarão “um novo ciclo político” que, porém, ainda não é certo. “Uma coisa é certa, o país precisa de um novo caminho”, insistiu o candidato à Presidência da República.
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Passos acusa Costa de querer fazer "experiências perigosas"
O líder da coligação “Portugal à Frente” acusou o PS de não ter negociado a reforma da Segurança Social por medo das eleições e de querer fazer “experiências perigosas” ao ir buscar dinheiro aquele sistema para estimular o consumo.
Em Barcelos, num almoço para assinalar o primeiro dia de pré-campanha, Passos Coelho questionou o PS sobre se “não aprendeu nada” com o passado e reafirmou a necessidade de reformar a Segurança Social para que as pensões atuais e futuras sejam pagas sem que o pais tenha que pedir “mais um resgate”.
Também a discursar no mesmo momento de campanha e igualmente de baterias apontadas ao PS, o número dois da coligação, Paulo Portas, disse entender que a recuperação económica incomode os socialistas e realçou que a escolha no dia 04 de outubro será entre um projeto viável, o da coligação, e um impossível, o dos socialistas, apelando ainda a uma “maioria estável” e que dê ao pais uma governação firme, sem referir a maioria absoluta.
“Cada vez que ouço o PS dizer que quer ir à custa da Segurança Social arranjar dinheiro para dar às pessoas, porque isso é importante, arrepio-me todo”, afirmou Passos Coelho questionando “como é que é possível que alguém que reconhece a falta de dinheiro na Segurança Social, arrisca depois abrir um buraco, que só em quatro anos será de perto de seis mil milhões de euros, só em 4 anos”.
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Costa: “Palavra dada tem de ser palavra honrada”
O secretário-geral do PS disse hoje que o maior desafio que se coloca à democracia portuguesa é o restabelecimento da relação de confiança entre Governo e cidadãos e declarou que “palavra dada tem de ser palavra honrada”.
Num discurso durante um almoço com apoiantes em Guimarães, após o qual se recusou a responder às questões dos jornalistas, o secretário-geral do Partido Socialista (PS), António Costa, disse não poder dar-se “ao luxo de andar aqui a prometer e a assumir compromissos que não esteja em condições de honrar no Governo”.
“A primeira coisa que um político tem que saber é que palavra dada tem de ser palavra honrada e é com base nisto que nós reconstruímos a confiança na democracia”, afirmou Costa, depois de, durante a manhã, ter passado por Vizela.
António Costa sublinhou que o programa do PS “não são palavras que o vento pode levar”, estando “escrito e impresso” para que cada um possa “pedir contas ao longo dos próximos quatro anos”.
“Nós só assumiremos compromissos quando estudarmos bem a situação do país, quando soubermos bem com o que é que poderemos contar nos próximos quatro anos e só assumiremos compromissos quando tivermos a certeza de que cada uma destas medidas foi estudada, no seu peso, na sua conta e na sua medida”, afirmou o secretário-geral do PS.
Isto porque: “fácil é ganhar uma eleição, o que é difícil é estar daqui a quatro anos outra vez a dar de novo a cara e a merecer de novo a vossa confiança, esse é que é o desafio”.
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Passos quer uma campanha com "muito amor"
Depois de uma passagem conturbada pelo Mercado Municipal de Braga, Pedro Passos Coelho pediu uma campanha com “muito amor” e desvalorizou os incidentes desta manhã.
Num discurso em Vila Verde, o atual primeiro ministro acusou os partidos da esquerda de só se entenderem quando é para falar de “irrealismo” e para fazer promessas “que sabem não poder cumprir”.
“Às vezes olhamos para os partidos à esquerda da coligação “Portugal à Frente” e vemos bem quando é que eles se entendem e quando não se entendem. Quando se trata de falar de irrealismo e de prometer o que sabem que não podem cumprir estão todos de acordo”, afirmou. “Mas depois, quando se trata de saber o que fazer em concreto e começar a contar os votos que cada um deve ter, ai eles não se entendem.”
Sobre os últimos quatro anos de governação PSD/CDS, Passos lembrou a criação de emprego como uma das vitórias da sua governação e apontou o caminho para o futuro.
”Não conseguimos ainda dar emprego a todos aqueles que o perderam, mas já conseguimos criar metade do emprego e tenho a certeza de que se continuarmos o nosso caminho de rigor e exigência, mas também de aposta na Educação, na Saúde, na Ciência, se trabalharmos cada vez mais e melhor, mais do que podíamos há quatro anos, será muito mais ainda daqui a quatro. Se não hesitarmos”, disse.
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O fascínio pelo avental
Ver um ministro, um candidato a primeiro-ministro e mesmo um primeiro-ministro de avental deixou de ser imagem rara. E não estamos a falar de maçonaria. A Sara Otto Coelho foi perceber o fascínio de políticos (além fronteiras) pelas panelas e a culinária. Por cá, a moda também existe.
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Costa: Governo "merece ou não confiança? Não"
António Costa pôs este sábado os seus apoiantes a gritar “não” à coligação PSD/CDS. Falando em Vizela, numa ação de pré-campanha, o socialista lançou três perguntas em que acusa o atual Governo de ter aumentado a dívida, feito descer a riqueza do país e querer cortar 600 milhões de euros nas pensões. “Merece ou não merece confiança?”, perguntava a cada acusação Costa. A resposta ouvia-se em uníssono: “Não!”.
“É por isso que no dia 4 de outubro temos que ir todos às urnas dizer que não merecem confiança. O que eles propõem é um novo processo de destruição da Segurança Social, da Saúde e da escola pública”, sustentou Costa.
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Eleições e foie gras. Será que combinam?
Em campanha, todas a promessas são válidas. Mas algumas saem do habitual para mostrar que há partidos preocupados com diferentes realidades no país. Curioso? A Catarina Falcão explica-lhe.
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Joana Amaral Dias volta a aparecer despida
A cabeça de lista da coligação PTP/AGIR/MAS em Lisboa, Joana Amaral Dias, voltou a aparecer despida na capa de uma revista. Desta vez, na revista “Vidas”, do Correio da Manhã. Grávida, a ex-deputada tem escritas na barriga as palavras “É mentira! Oxalá seja mulher com liberdade”. Na SIC Notícias esta manhã, Joana Amaral Dias reagiu à polémica que a primeira foto, na capa da revista “Cristina”, causou, considerando que se tratou de “uma fotografia de amor”. “Nas minhas fotografias, não se vê nada. Não é diferente daquelas que os políticos tiram na praia e essas ninguém critica”, explicou.
Joana nua responde a críticas http://t.co/jnQJlLJKy1 pic.twitter.com/437xn9gID3
— Correio da Manhã (@cmjornal) September 12, 2015
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Passos e Portas recebidos com insultos em Braga
O primeiro dia de Pedro Passos Coelho e Paulo Portas na rua começou agitado. Durante uma visita ao Mercado Municipal de Braga, os líderes do PSD e CDS foram recebidos por uma multidão de protestantes, que dificultaram a passagem aos dois membros do governo. Entre os manifestantes, vestidos de preto e com bandeiras negras, de acordo com a Lusa, encontravam-se vários lesados do BES e, segundo a SIC, também professores, que gritavam as palavras “gatuno” e “ladrão”.
Vários manifestantes aproveitaram a visita da coligação ao mercado local para tentar chegar à fala com o atual primeiro-ministro. Com problemas diferentes, acusam o Governo de não apresentar propostas nem dar respostas. Aos lesados BES, Passos Coelho explicou que, apesar de compreender a situação, não é ao governo que compete resolver a questão. “Não é por irem a todas as minhas ações de campanha que vão ter os problemas resolvidos”, salientou. A determinada altura, Passos pôs mesmo os braços no ar e pediu calma.
“O que aconteceu ao Banco Espírito Santo é uma vergonha para Portugal. As pessoas têm de recorrer ao Tribunal, para que o Tribunal as possa compensar”, disse o líder do PSD a um dos protestantes. “O BES não é do Estado, não é meu. Não posso resolver esse problema.” O grupo de professores presente exigiu que sejam revistos os processos de colocação e que o Governo dê resposta aos problemas dos docentes não colocados, refere a Agência Lusa.
Na conversa sobre o BES, Passos acabou a defender o Presidente da República, Cavaco Silva, a quem um dos manifestantes acusou de “lá [no BES] ter deixado ficar Ricardo Salgado”. O social-democrata tentou explicar então que o “Presidente não podia fazer nada”. “Não se deixe enganar”, respondeu.
Aos jornalistas, Paulo Portas comentou que “há certas áreas políticas que gostam de organizar estas esperas” mas que Portugal vive em democracia há 40 anos e que “toda a gente está habituada”. “Vamos em frente falar com o povo naturalmente (…) O povo é sereno”, disse.
Já na campanha de 2011, houve momentos de tensão na visita do PSD a Braga, mas motivados pela confusão e pela “invasão” repentina do mercado.
A coligação está na estrada a partir deste sábado. A “Maratona Portugal à Frente” tem início em Braga, mas o arranque do período oficial de campanha vai acontecer no distrito de Lisboa a 20 de setembro. O encerramento será também feito na capital, a 2 de outubro.
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Joana Amaral Dias: "O Agir vai ser implacável no combate à corrupção"
A cabeça de lista da coligação Agir em Lisboa, Joana Amaral Dias, quer levar a força política ao Parlamento e tem como missão primordial o combate contra a corrupção e a austeridade. “O Agir não vai dar tréguas e vai ser implacável no combate à corrupção”, promete a candidata, em entrevista à agência Lusa a poucas semanas das eleições legislativas.
Joana Amaral Dias, que já esteve no Parlamento enquanto deputada do Bloco de Esquerda, de que foi militante e dirigente, diz que com a eventual chegada da coligação ao parlamento surgirá de imediato uma “luta” contra o que diz ser a “central de negócios” em que se tornou a Assembleia da República.
“Existem demasiados deputados, para não dizer a maioria dos deputados, que estão numa mão a representar o povo e noutra os grandes escritórios de advogados”, sublinhou, apelando a uma “exclusividade escrutinada” dos eleitos.
A “luta contra a austeridade, contra a corrupção e pela defesa dos direitos dos cidadãos” é a mensagem que o Agir quer transmitir na campanha eleitoral que se avizinha e onde o PS, advoga Joana Amaral Dias, não se tem afirmado como alternativa à coligação PSD/CDS-PP que forma o Governo. “O PS não se tem constituído como uma verdadeira alternativa ao PSD, na verdade posiciona-se sempre como uma espécie de mal menor. Em vez de ter um caminho seu, certo, seguro, diferente do PSD, faz sempre uma espécie de caminho paralelo que é igual ao PSD mas um bocadinho mais suave, mais ‘light’, mais descafeinado”, declarou.
No que refere à Europa, esta mudou na última década e está, diz, “amordaçada” num ideário de soberania germânica. “O mundo mudou terrivelmente nesta última década. Há dez anos ninguém imaginaria que esta vaga agressiva, violenta e mesmo sanguinária da austeridade ia depauperar os povos europeus”, assinala Joana Amaral Dias.
O caso grego é visto pela candidata como uma luta “entre David e Golias”, embora o Agir, destaca, “tenha sido sempre cauteloso nas expectativas e esperanças” no Syriza, partido que lidera o governo helénico.
A cabeça de lista da coligação Agir em Lisboa, Joana Amaral Dias, assumiu já estar a enfrentar uma gravidez de risco, que terá consequências na campanha eleitoral para as legislativas. Tal gravidez foi noticiada com uma sessão fotográfica na revista “Cristina”, sessão essa onde a candidata a deputada aparecia com parte do seu corpo desnudado, o que motivou variadas reações, das mais entusiasmadas às mais negativas.
Sobre estas segundas opiniões, Joana Amaral Dias diz ter ficado “espantada” e deu o exemplo de lutas como a pela defesa da Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG) onde mulheres pintam o corpo e o despem. “Para defender a IVG as mulheres podem mostrar o peito, as barrigas, usar o seu corpo como instrumento político, sim, porque o corpo é um instrumento politico, foi assim desde Malcolm X até às sufragistas. Mas para defender a gravidez não podem? Isso não posso aceitar”, diz, acrescentando que procurou também chamar a atenção para os casos de mulheres grávidas que “por vezes são despedidas de um dia para o outro” de empresas só por estarem perto de dar à luz.
A líder do movimento cidadão Agir anunciou que, caso seja eleita e quando for mãe, gozará a respetiva licença de parto, sendo substituída por um elemento da mesma plataforma – Nuno Ramos de Almeida -, como ficou acordado com as restantes forças políticas que formam a coligação: Partido Trabalhista Português (PTP) e Movimento Alternativa Socialista (MAS).
E conclui: “Apresentamo-nos às eleições como um bebé muito pequenino, recém-nascido. Gostávamos com certeza de eleger e faremos tudo para ganhar este combate mas se não elegermos [deputados] vamos continuar a luta”.