O primeiro-ministro foi recebido com apupos em Braga este sábado numa ação de campanha em que estava acompanhado de Paulo Portas. Pedro Passos Coelho foi abordado por um manifestante que criticou a sua atuação no caso do BES. Em resposta, o primeiro-ministro garantiu que está disponível para organizar uma subscrição pública para auxiliar os lesados do papel comercial do Grupo Espírito Santo (GES) sem recursos económicos para recorrerem aos tribunais. E acusou ainda a oposição de ser irrealista e se entender apenas sobre as promessas “que sabem que não podem cumprir”.

Passos Coelho foi interpelado em Braga, durante uma ação de pré-campanha da coligação PSD/CDS-PP, por um manifestante que afirmou ter sido “enganado” pelo grupo. O primeiro-ministro garantiu estar disponível para apoiar os lesados do GES. “Se não tem dinheiro para ir lá [tribunal] eu organizarei uma subscrição pública para os ajudar a recorrer ao tribunal”, afirmou o primeiro-ministro.

Passos Coelho referiu ainda que “há uma entidade que pode resolver isso que é o tribunal”. “Disse eu e o Presidente da República, uma coisa é o Grupo Espírito Santo (GES), outra coisa é o banco. O banco está defendido. A defesa que o Banco de Portugal organizou para o Banco Espírito Santo (BES) foi posta em causa pelos seus administradores e eles vão responder, lhe garanto, em tribunal por isso”, garantiu o governante.

Passos Coelho acusou ainda os partidos à sua esquerda de serem irrealistas e se entenderem apenas sobre as promessas que não podem cumprir, durante a ação de campanha. “Às vezes olhamos para os partidos à esquerda da coligação “Portugal à Frente” e vemos bem quando é que eles se entendem e quando não se entendem. Quando se trata de falar de irrealismo e de prometer o que sabem que não podem cumprir estão todos de acordo”, afirmou.

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“Mas, depois, quando se trata de saber o que fazer em concreto e começar a contar os votos que cada um deve ter, aí eles não se entendem”, acrescentou.

Sobre os últimos quatro anos de governação PSD/CDS, o líder da PàF lembrou a criação de emprego como uma das vitórias da sua governação e apontou o caminho para o futuro.

“Não conseguimos ainda dar emprego a todos aqueles que o perderam. Já conseguimos criar metade do emprego e tenho a certeza que nos próximos quatro anos, se continuarmos o nosso caminho, de rigor e exigência mas também de aposta na Educação, na Saúde, na Ciência, trabalharmos cada vez mais e melhor, não tenho duvida que aquilo que hoje podemos, mais do que podemos há quatro anos, será muito mais ainda daqui a quatro, se não hesitarmos”, disse.