Será que os brinquedos da Lego estão a tornar-se mais violentos? Investigadores neozelandeses acham que sim.

Um estudo da Universidade de Canterbury afirma que os produtos da empresa dinamarquesa se estão a tornar mais violentos como forma de se tornarem mais atrativos para as crianças.

Os investigadores dão conta de um aumento de armas e cenários de violência nas ofertas da Lego, informa o The Guardian. Após uma análise, o estudo declarou que 30% dos kits da Lego trazem armas.

Essa mesma análise revelou que 40% das páginas dos catálogos Lego mostram algum tipo de violência, principalmente em cenários que “envolvem disparos e situações perigosas”.

Christoph Bartneck, o investigador principal, afirmou que os produtos da Lego “já não são tão inocentes como chegaram a ser” e que hoje em dia “a violência nos produtos da Lego já vai para além de enriquecer a brincadeira”.

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O estudo afirma que a Lego está a fazer o mesmo que todas as outras empresas, ao utilizar a violência para captar a atenção das crianças, que consideram “os actos violentos como entusiasmantes.

O porta-voz da Lego, Troy Taylor, afirmou que os produtos da empresa sempre promoveram uma grande variedade de brincadeiras, desde a construção, à fantasia e até às situações de conflito. “Como outro tipo de brincadeiras, o conflito faz parte do desenvolvimento natural de uma criança”, justificou Taylor, acrescentando ainda que a Lego sempre usou o humor para “ajudar a diminuir o tom das situações de conflito”.

A primeira vez que apareceram armas num kit da Lego foi em 1978, quando a empresa dinamarquesa lançou um kit de um castelo, onde as personagens usavam espadas, machados e lanças.