No Museu do Dinheiro, está patente a exposição Francisco de Holanda: Desejo, Desígnio e Desenho (1517 — 2017). Inaugurada no passado dia 5 de abril, a mostra pretende assinalar os 500 anos do nascimento de Holanda, homenageando “um dos maiores artistas da cena renascentista nacional e internacional, que contribuiu de forma determinante para a rotura com a mentalidade lusitana da sua época”.
Pintor, escultor, arquiteto, iluminador, pensador, humanista, escritor e muito mais, Francisco de Holanda foi ainda responsável pelo desenho de várias moedas, em colaboração com o seu pai. Uma delas, dedicada a São Vicente, foi mandada cunhar durante o reinado de D. João III, tendo sido cunhada novamente durante o reinado de D. Sebastião, com um valor de mil reais. A moeda faz parte do espólio do Museu do Dinheiro e apresenta, numa das fases, as armas nacionais e, na outra, a do santo padroeiro da cidade de Lisboa com a inscrição “Zelator Fidei usque ad mortem”. Ou seja: “Zelador da Fé até à morte”.
Francisco de Holanda: Desejo, Desígnio e Desenho vai estar no Museu do Dinheiro, localizado na antiga Igreja de S. Julião (no largo com o mesmo nome), até 10 de junho. Está aberta de quarta a sábado, das 10h às 18h. A entrada é livre.
Também a 5 de abril, foi inaugurada no Museu do Oriente a mostra O Olhar da Sibila – Corporalidade e Transfiguração, que propõe “um olhar transversal sobre a mutação do corpo” e sobre a “ideia de corporalidade enquanto objecto”. Esta inclui obras de 35 artistas do século XX e XXI, portugueses e estrangeiros, onde se inclui a pintura “Madame Récamier Segundo David”, de Rui Sanches. O grande destaque, contudo, vai para um conjunto de 18 desenhos e pinturas de Vieira da Silva, nunca antes expostos fora da fundação homónima.
O Olhar da Sibila – Corporalidade e Transfiguração está patente até 18 de junho. Pode ser visitada de terça a domingo, entre as 10h e as 18h. Os bilhetes custam entre 2 (para crianças até aos 12 anos) e os 6 euros (para adultos).
Na Casa-Museu Anastácio Gonçalves, na Avenida 5 de Outubro, está a exposição Fórmulas Naturalistas da Arte Moderna, uma parceria com o Museu Nacional de Arte Contemporânea. A mostra inclui duas coleções contemporâneas, com critérios e escalas diferentes — uma privada, constituida a partir do gosto particular de Anastácio Gonçalves, e outra nacional, “determinada pelas escolhas dos diversos diretores”. Curiosamente, o catálogo da mostra de pintura naturalista — patente no museu até 30 de abril — recebeu a Menção Honrosa do Prémio Grémio Literário 2016.
O museu está aberto de terça-feira a domingo, das 10h às 13h e das 14h às 18h, mas encerra no domingo de Páscoa. Os bilhetes custam 3 euros.
De 13 a 15 de abril, o Convento da Trindade vai receber The Art of Techno, um conjunto de dez telas pintadas pelos movimentos de dança ao som de dez artistas que fazem parte do cartaz deste ano do festival NEOPOP, que se realiza entre 3 e 5 de agosto em Viana do Castelo. O Convento fica no número 20 da Rua Nova da Trindade e a entrada é livre. Os horários são os seguintes:
- 13 de abril: entre as 19h e as 22h
- 14 e 15 de abril: entre as 15h 3 as 21h
No Convento de Cristo, em Tomar, está patente até 7 de julho a exposição A Botica do Real Convento de Thomar. Em parceria com o Museu da Farmácia, o Palácio Nacional de Mafra, o Museu Nacional do Azulejo, entre outros, a mostra explora a história “fascinante” da Real Botica e do seu espólio, que há vários anos permanecia em reserva. Além disso, A Botica do Real Convento de Thomar permite ainda uma viagem à Ala Filipina, à Enfermaria e Botica Nova, que geralmente se encontram encerradas ao público.
O Convento de Cristo pode ser visitado todos os dias, das 9h às 17h30 (a última entrada é às 17h). Encerra no Domingo de Páscoa.
Continua em Serralves a a exposição que mostra as origens de um dos trabalhos emblemáticos do Álvaro Siza Vieira. “Visões de Alhambra” apresenta um percurso raro através do processo criativo de um dos mais influentes arquitetos contemporâneos. Entre desenhos, maquetas e as visitas de Siza a Granada, as referências multiplicam-se.
Mais informação sobre a exposição aqui.