A autarquia de Vila Real ativou esta quarta-feira à noite o Plano de Emergência Municipal na sequência do forte incêndio que rodeia a Serra do Alvão, em Vila Real, e que já concentra mais de 300 operacionais.
O presidente da Câmara de Vila Real, Rui Santos, disse à agência Lusa que o Plano de Emergência foi acionado cerca das 21h00 e que estão a ser retirados habitantes das aldeias de Couto, Relva e Alto de Borbela, sem, contudo, especificar o número de pessoas. Os habitantes das aldeias que estão na rota do fogo vão ser alojados nas instalações do Regimento de Infantaria 13, em Vila Real.
Outeiro era, ao início da noite de hoje, uma aldeia coberta de fumo. Alguns dos seus habitantes ficaram concentrados junto a uma das entradas da localidade, expectantes com a proximidade do fogo, que avançava a grande velocidade, arrastado por um vento muito forte.
Muitos dos habitantes retiraram o gado que estava a pastar para a segurança da aldeia, na encosta da Serra do Alvão, e outros optaram por regar os quintais e os telhados das habitações, para prevenir o alastrar do fogo.
A agência Lusa constatou no local um fumo muito intenso e labaredas gigantes, num cenário considerado por muitos como aterrador, com uma autêntica chuva de faúlhas e projeções enormes.
Cerca das 20h30 concentravam-se muitos bombeiros na entrada da aldeia e nas transmissões da rádio era possível ouvir pedidos de descargas rápidas dos meios aéreos para esta zona, onde, segundo a página da Internet da Proteção Civil, o fogo lavra em duas frentes.
O alerta para o incêndio foi dado às 16h27, perto da aldeia de Paredes.
O fumo intenso dificultou a atuação dos meios aéreos e chegaram a estar mobilizados oito aviões e helicópteros para o incêndio que queima mato e pinhal, mas que deixaram de operar com o cair da noite. Pelo terreno estão também espalhados 336 operacionais, apoiados por 92 viaturas.
Os meios estão a ser posicionados perto das aldeias, de Cravelas, Testeira, que foram rodeadas pelo fogo, mas também em Paredes, Borbela e Relva.
O presidente da Câmara de Vila Real, Rui Santos, disse à agência Lusa que está muito preocupado com a situação, já que “há chamas de quatro a cinco metros” e “muitas projeções”.