O ano em que se publicaram mais videojogos foi 2017. Raramente quantidade é sinónimo de qualidade, mas este ano contrariou as nossas expetativas e apresentou-se como um dos mais fortes de que há memória. O ano de 2017 ficará para sempre marcado pelos muitos candidatos a melhores jogos do ano e pela dificuldade que foi deixar tantos nomes de fora.

Depois de algum (bastante) debate, estes sete jogos são os verdadeiramente fundamentais. Tantos bons exemplos poderiam estar nesta lista, mas além de não termos jogado todos os títulos que saíram (queríamos, mas é impossível), o objetivo era escolher apenas sete que nos fizessem, mais uma vez, compreender o que não é discussão: os videojogos são arte.

The Legend of Zelda: Breath of the Wild

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Aqui a palavra é, simplesmente, “uau”. The Legend of Zelda: Breath of the Wild não é só dos melhores videojogos do ano, é dos melhores videojogos de sempre. Para quem jogou videojogos da série, como o The Legend of Zelda: Ocarina of Time, é uma viagem à nostalgia e uma descoberta do quanto os videojogos melhoraram nos últimos 20 anos. Para quem quem está a ter a primeira experiência em videojogos, provavelmente vai ficar mal habituado. The Legend of Zelda: Breath of the Wild não é só uma homenagem à série Zelda, é um passo em frente que cativa qualquer jogador. O único problema? É difícil de largar.

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Plataformas: Nintendo Switch e WiiU

Lançamento: 3 de março

RiME

Injustamente descrito como um The Legend of Zelda de segunda categoria, RiME é mais uma história emocional cujo ambiente melancólico, e próximo de um filme de animação, nos submerge num conto pesado e profundo. Uma das diversas alegorias à morte e à perda que os videojogos tiveram este ano, com uma dor palpável em grande parte da sua duração, e que ajudou 2017 a afirmar o peso artístico dos videojogos.

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Plataformas: Windows (PC), Nintendo Switch, Playstation 4 e Xbox One

Lançamento: 17 de novembro

Player Unknown’s Battlegrounds

O truque para um videojogo de sucesso? Uma fórmula simples e cativante. A melhor forma de descrever o Player Unknown’s Battlegrounds é a utilizada por vários fãs: “é como os jogos da fome, mas com armas de fogo”. O género até já tem um nome: battle royale, em honra ao filme com o mesmo nome em que, como na série de livros Jogos da Fome (Hunger Games, em inglês), numa arena ganha o último que ficar vivo. Tivemos já jogos como o DayZ (ou até o Minecraft) em que o único objetivo é sobreviver, mas Player Unknown’s Battlegrounds consegue ser simples na fórmula e oferecer em cada sessão de jogo uma experiência verdadeiramente divertida, que mostra porque é que agradou este ano a dezenas de milhões de pessoas.

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Plataformas: Windows (PC) e Xbox One

Lançamento: 20 de dezembro de 2017 (PC), mas a versão de teste – beta – foi lançada em Março deste ano. 12 de dezembro (Xbox One)

The Last Day of June

As barreiras entre as diversas manifestações artísticas vão-se esfumando cada vez mais, e The Last Day of June é um dos maiores exemplos disso. Baseado nas composições de Steven Wilson (e com músicas suas como banda sonora), este jogo é possivelmente um dos filmes de animação interativos mais emocionalmente arrebatadores que conhecemos. E talvez que algum dia venhamos a conhecer.

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Plataformas: Windows (PC) e Playstation 4

Lançamento: 31 de Agosto

Super Mario Odyssey

Como é que um canalizador italiano criado por japoneses que entra em mais videojogos do que se pode contar continua a entrar nesta listas? Um pitada de nostalgia, um toque de loucura e misturar tudo numa fórmula que todos conhecemos mas arriscadamente inovada. O Super Mario Odyssey é um jogo para miúdos e graúdos que mostra que a Nintendo, mantendo-se fiel às origens, consegue inovar. O objetivo continua a ser salvar a Princesa, mas a experiência é diferente de tantas outras aventuras de Mario graças aos controlos da Switch à nova personagem da Nintendo, o “Cappy”, o novo chapéu de Mario que também é protagonista.

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Plataforma: Nintendo Switch

Lançamento: 27 de outubro

Gorogoa

Gorogoa chegou no cair do pano de 2017, e mostra o trajeto solitário do seu autor ao longo de sete árduos anos de trabalho no desenvolvimento. Um jogo de puzzle mecânica e artisticamente soberbo que é verdadeiramente obrigatório, em que cada vinheta, meticulosamente ilustrada, é parte de um circuito intelectualmente brilhante. Difícil de descrever, mas fácil de nos afogarmos na sua beleza e originalidade. Gorogoa foi a maneira de fechar, com chave de ouro, um dos melhores anos de sempre para os videojogos.

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Plataformas: Nintendo Switch, Android, iOS e Microsoft Windows (PC)

Lançamento: 14 de dezembro

Horizon Zero Dawn

Horizon Zero Dawn provavelmente só tem um erro: na história ficará para sempre marcado por ter saído ao mesmo tempo que o The Legend of Zelda: Breath of theW ild. Por que é que isso é mau? Porque inevitavelmente foi comparado a um jogo que é dos melhores de sempre (e não só melhor do ano). A história de Aloy num futuro distópico mostra que os videojogos têm histórias que se assemelham aos melhores filmes. Melhor, Horizon Zero Dawn deu-nos uma personagem que, essa sim, tornou-se intemporal e mostrou o que já todos sabíamos: as mulheres são umas máquinas a salvar o mundo.

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Plataformas: Playstation 4

Lançamento: 1 de março de 2017

Escolhas feitas por Ricardo Correia (Rubber Chicken) e Manuel Pestana Machado

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