Um consórcio que integra o Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG) de Portugal arranca sexta-feira com a caracterização do potencial geológico-mineiro numa área com mais de 470 mil quilómetros quadrados no sul de Angola.
Fonte do ministério angolano da Geologia e Minas explicou esta quinta-feira à Lusa que o LNEG integra o consórcio formado ainda pelo Instituto Geológico e Mineiro de Espanha e pela empresa de assistência técnica Impulso, sendo responsável pelos trabalhos no sul-sudoeste de Angola, abrangendo as províncias de Huíla, Namibe, Cunene e Cuando Cubango.
Nesta fase, o trabalho envolve levantamentos aéreos, que posteriormente serão avaliados no terreno por especialistas, com recolha de amostras e análises químicas para tentar comprovar o potencial detetado.
O Planageo está avaliado em 300 milhões de euros (405 milhões de dólares), de acordo com informação do ministério da Geologia e Minas.
O primeiro voo do consórcio que integra o LNEG – um dos três contratados pelo Instituto Geológico de Angola para a implementação do Plano Nacional de Geologia (Planageo) em todo o país -, está agendado para 20 de junho, a partir do Namibe, no sul.
O Planageo está avaliado em 300 milhões de euros (405 milhões de dólares), de acordo com informação do ministério da Geologia e Minas.
O contrato com o consórcio do LNEG, responsável por cerca de 37,5% do total do território angolano, ascende, segundo informação da empresa Impulso, a cerca de 85 milhões de euros (115 milhões de dólares) e representa cinco anos de trabalho, incluindo a cartografia geral da área e a respetiva engenharia associada. Os primeiros voos no âmbito do Planageo arrancaram em maio, na província de Luanda, área a cargo dos chineses da CITIC, outra das empresas envolvidas neste projeto público angolano.
Este plano consiste, nomeadamente, em levantamentos feitos por via aérea à realidade geológica, cuja análise permitirá identificar o potencial mineiro.
Já esta quinta-feira é feito o voo inaugural pelo terceiro consórcio envolvido no projeto, os brasileiros da Costa Negócios, responsáveis pela área que compreende as províncias da Lunda Norte, Lunda Sul e Moxico, no interior.
Além de caracterizar o potencial geológico-mineiro para futuros investimentos, o Planageo vai permitir identificar as reservas de água do país, explicou há dias o ministro da Geologia e Minas de Angola, Francisco Queiroz.
De acordo com o governante, este plano vai permitir “conhecer quais os recursos naturais” angolanos, caracterizando as potencialidades minerais, ao nível do subsolo, para depois captar investidores, mas não só.
“Também saber qual é o potencial aquífero do país, sobretudo nas zonas desérticas. Qual é a quantidade e localização da água que existe”, enfatizou.
Este plano consiste, nomeadamente, em levantamentos feitos por via aérea à realidade geológica, cuja análise permitirá identificar o potencial mineiro, no âmbito do objetivo geral do Governo angolano de diversificar a economia, face à atual dependência das receitas do petróleo.