As obras, que se prolongaram por oito meses, implicam um investimento na ordem dos 500 mil euros e incidiram em diversas zonas de desagregação dos panos da muralha e das torres, com a sua impermeabilização, drenagem das águas e beneficiação das muralhas.

A intervenção na torre de menagem, que permanecerá encerrada aos visitantes até ao final deste mês para conclusão dos trabalhos do sistema de iluminação, incidiu na substituição do terraço e na colocação de uma escada metálica de circulação vertical, visando preservar e proteger o monumento e possibilitando-lhe melhores condições de acessibilidade e circulação.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara de Vila Nova da Barquinha, Fernando Freire (PS), disse que este é um “momento importante para a dinâmica turística e empresarial do concelho e da Região, tendo em conta as mais de 60 mil visitas anuais ao Castelo”, monumento nacional desde 1910.

“Historicamente, o Castelo de Almourol continua a merecer o interesse e a curiosidade de dezenas de milhares de turistas, estudantes e visitantes de todo o mundo e este projeto de musealização, que vai ficar concluído até março, mercê de diversas empreitadas, vai contribuir para a consolidação e aumento de turistas, configurando-se como um novo fator de atratividade ao nosso concelho”, defendeu.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

As próximas empreitadas incluem a criação de percurso pedonais na envolvente ao castelo, e a recuperação e preservação das espécies vegetais autóctones que ali floresciam nos séculos XVII e XVIII, e a instalação de um sistema expositivo de conteúdos referentes aos Templários, no interior do monumento, trabalhos que devem estar concluídos até março de 2015.

Edificado numa pequena ilha, em pleno rio Tejo, aquela fortaleza foi reconstruída por Gualdim Pais, mestre da Ordem dos Templários, em 1171, sendo hoje um dos monumentos militares medievais mais emblemáticos e cenográficos do período da Reconquista, e um dos que melhor evoca a memória dos Templários no nosso país.

A intervenção no castelo teve a duração de oito meses e um orçamento de 500 mil euros, resultado de uma candidatura ao QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional)(com comparticipação de 85%), efetuada pela Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha, e que suportará o valor remanescente não cofinanciado.