Uma exposição do pintor José de Guimarães está patente no museu Afro Brasil, em São Paulo, sob o título “O Ritual da Serpente, 10 guaches inspirados na obra de Aby Warburg”.

A exposição, inaugurada no sábado, fica em cartaz até 7 de dezembro e marca uma homenagem aos dez anos do museu. Os guaches representam o ritual da serpente descrito por Warburg, historiador alemão que acompanhou os índios hopis, nos Estados Unidos, no final do século XIX.

O ritual descrito pelo historiador incluía uma associação da serpente com o relâmpago e a chuva, e uma cerimónia na qual os répteis eram lançados numa pintura com areia, e chegavam a ser colocados na boca de um dos participantes.

Nos seus guaches, Guimarães representa o ritual com cores fortes, em obras inéditas, feitas para a exposição.

“O Zé [José de Guimarães] é velho conhecido, tivemos várias exposições dele no museu. É um artista bem-vindo para o Brasil, e, sempre que apresenta uma nova ideia, temos todo o prazer de receber”, afirmou o diretor-curador do Museu Afro Brasil, Emanoel Araújo.

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Ao lado da mostra dos guaches de Guimarães está a exposição “A serpente no imaginário artístico”, que exemplifica a simbologia do animal nas artes através de máscaras gueledé e de uma variedade de garrafas, bandeiras e objetos de decoração e adorno.

Araújo adiantou que o museu está a programar para 2015 uma grande exposição de arte contemporânea portuguesa, dentro do contexto da formação do povo brasileiro, ao lado de mostras de arte indígena e africana.

Também em homenagem aos dez anos do Museu, foi lançada uma aplicação para telemóvel, que indica informações sobre o local e as funcionalidades do audioguia.