O Comité de Ética da FIFA diz ‘devolve’. Platini diz ‘não devolve’ porque é bem-educado. No centro da polémica está um relógio que, segundo uma reportagem do Sunday Times, foi oferecido pela Confederação Brasileira de Futebol a elementos da FIFA e a representantes das federações das seleções participantes no Campeonato do Mundo de 2014, no Brasil.

Heidi Blake, jornalista do Sunday Times, mostrou no Twitter de que relógio se trata. Está avaliado em 20 mil euros, tem o símbolo da CBF na pulseira e terá sido deixado em dezenas de quartos do hotel.

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A Federação Portuguesa de Futebol confirmou ao Observador a receção do relógio e que já está a tratar da devolução. “Os presentes recebidos na qualidade de Presidente da FPF são considerados espólio da FPF, não usufruindo ou ficando o presidente da FPF na posse de qualquer objeto”, começou por dizer fonte da FPF.

“O relógio não está na posse do Presidente da FPF e o seu valor era desconhecido. Foram desencadeados os mecanismos para a devolução do relógio pela FPF”, finalizou.

Se o Comité de Ética da FIFA exige a devolução dos relógios para não haver climas de suspeição a envolver a Copa-2014, Michel Platini, o homem forte da UEFA, diz-se bem formado e que, por isso, não faz desfeitas. “Sou uma pessoa bem-educada. Eu não devolvo presentes”. Segundo a BBC, o francês afirmou que a FIFA tinha conhecimento da entrega dos relógios em junho e questiona por que não agiu na altura.