Terminou a aventura. A terra que, horas antes, vira Cristiano Ronaldo pular, cabecear e salvar a seleção nacional à última hora, vingou-se nas mulheres que mais longe conseguiram chegar na Europa, a jogarem futebol. A equipa feminina do Clube Atlético Ouriense foi a Hjørring, na Dinamarca, perder na segunda mão dos 16-avos de final da Liga dos Campeões. E foi pesada, a derrota: 6-0.

O Fortuna, equipa local — e profissional, ao contrário das jogadoras do Ouriense, que nenhum salário recebem — marcou o primeiro golo aos 18’, por Camilla Larsen. Dez minutos depois faria o segundo. O terceiro e último da primeira parte apareceu graças a um remate de Frederikke Thøgersen. Depois, a porta abriu-se para a goleada.

Mais três bolas entrariam na baliza de Bárbara Santos após o intervalo. Aconteceu aos 69’, 76’ e 89’, quando Sine Hovesen, primeiro, e Nadia Nadim, depois, por duas vezes, fecharam o marcador. E o destino para o Ouriense, que assim é eliminado da Champions feminina com um resultado conjunto de 9-0.

A diferença, no final, notou-se. E os números não mentem: o Fortuna Hjørring acertou 15 dos 34 remates que fez na baliza portuguesa (dois embateram nos ferros), enquanto o Ouriense só enviou a bola três vezes em direção às redes dinamarquesas. A equipa bicampeã nacional de futebol feminino despede-se da Liga dos Campeões.

A história, essa, já estava em Ourém — nunca antes uma equipa portuguesa chegara à fase a eliminar desta competição europeia. Para o ano, se conseguir, há mais.

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