Em 1991, Sid Meier e Bruce Shelley criaram o Civilization, um jogo de computador cujo objetivo era construir um império que resistisse ao tempo. O jogo foi desde logo um sucesso. Tornou-se rapidamente popular e desde então que tem sido apontado como um dos mais importantes jogos de estratégia de todos os tempos. Serviu de inspiração ao desenvolvimento de vários outros jogos e tem, ainda hoje, um grupo fiel de fãs.
O jogo funcionava de forma simples. Os jogadores tinham de criar uma civilização de raiz, como a egípcia ou a grega, e fazê-la crescer, desde a pré-história até à idade moderna. Esta estava dependente de um conjunto de cidades, que fornecia os recursos necessários para o seu crescimento e desenvolvimento. O objetivo final era dominar o mundo.
O domínio podia ser alcançado de formas diferentes. No Civilization III, uma das várias sequelas do jogo original, existiam seis formas de o conseguir — através do domínio de dois terços do planeta, da conquista de todas as outras civilizações, de uma vitória cultural, diplomática ou historiográfica, e através de uma vitória na corrida ao espaço. Mas, e na vida real? Quem é que esteve mais perto de conquistar todas as outras civilizações?
De acordo com o site IO6, seguindo as categorias de vitória do Civilization III, nunca nenhum império conseguiu dominar dois terços do planeta ou dominar todas as outras civilizações. Apesar disso, o Império Arqueménida, também conhecido por Primeiro Império Persa, foi o que esteve mais perto de o conseguir. Em cerca de 500 a.C., os persas dominavam um território que ia desde o vale do rio Indo até à Macedónia, na fronteira nordeste da Grécia, o que fazia do Império Arqueménida o maior existente até então.
Uma das maneiras de ganhar o Civilization III era através do lançamento de uma nave cheia de humanos em direção à constelação de Alpha Centauri. Apesar de nenhuma civilização ter construído uma colónia em Alpha Centauri, os Estados Unidos da América foram os primeiros a chegar à Lua, o que, segundo o IO6, é suficiente para lhes atribuir a vitória da corrida ao espaço.
No que diz respeito à vitória cultural, o site refere como grande vencedor a China. No jogo, uma vitória cultural só era alcançada se o jogador conseguisse reunir 20 mil pontos culturais. De acordo com o IO6, desde 1979, a China reconstruiu entre um e dois milhões de templos, um número muito superior ao exigido pelo jogo.
Para alcançar uma vitória diplomática no Civilization III, o jogador tinha de ser nomeado secretário-geral das Nações Unidas. Mas, segundo o IO6, essa vitória já pertence à Noruega. O cargo foi ocupado pela primeira vez por um britânico, mas apenas temporariamente. O primeiro secretário-geral das Nações Unidas foi, na verdade, Trygve Lie, um norueguês.
No Civilization, existia um tempo limite para o império ser construído. Se o jogador não conseguisse dominar o mundo até ao ano 2050, o jogo acabava e o vencedor era decidido por pontos, que eram atribuídos com base na população, no território e na felicidade dos cidadãos. Os resultados eram depois mostrados num histograph, onde era possível ver o grande vencedor. De acordo com o site, o grande vencedor seria a China, tendo em conta a área que ocupa, a população e as fronteiras do país, que se têm mantido mais ou menos estáveis ao longo dos tempos.