A esperança média de vida no mundo tem vindo a aumentar, mas não tanto que seja normal uma pessoa consiga atravessar três séculos. O Huffington Post encontrou cinco mulheres que há muito passaram o centenário e conta a história delas – e a maneira como dizem manter-se bem vivas.
Em 1898 Pierre e Marie Curie descobriam um novo elemento químico, o rádio. No Japão, enquanto isso, Misao Okawa chorava pela primeira vez. Passados 116 anos, ela é hoje a pessoa mais velha do mundo. Truques? Não, apenas um conselho: “Come e dorme e viverás muito. Há que aprender a relaxar”. Além das oito horas de sono diárias, há sushi uma vez por mês e três refeições bem completas por dia.
No mesmo ano, apenas com uns meses de diferença, nasceu, nos Estados Unidos, Gertrude Weaver. Como a sua contemporânea japonesa Gertrude vive num lar da terceira idade, que é, diz a própria, o que a mantém ativa. E os conselhos para a longevidade não parecem ser muito diferentes: “Seguir Deus e mais ninguém. Sê obediente, cumpre as regras e não te preocupes com nada. Foi o que fiz durante muitos anos e não estou cansada.”
115 anos. Ter esta idade significa ter assistido a duas guerras mundiais e à mais rápida mudança tecnológica que o mundo já viu. Jeralean, Susannah e Emma têm 115 anos, viveram tudo o isto, são as mais jovens da lista e fazem também parte do top cinco mais experientes do mundo.
Durante 52 dos seus 115 anos de Jeralean Talley esteve acompanhada pelo marido nos Estados Unidos. Depois da morte dele passou a viver com a filha. Acompanhou os netos, depois os bisnetos, agora brinca com os tetranetos. A americana que continua a pescar uma vez por ano deixa, também, uma dica muito simples: “Faz aos outros aquilo que gostavas que te fizessem a ti. Esta é a minha forma de vida.”
Energia. É a palavra que define os 115 anos de Susannah Mushatt Jones. A nova-iorquina ignora todos os conselhos de vida saudável que prometem uma vinda longa. Não há dia que não comece com bacon, ovos mexido e polenta (papas de milho) e uma lingerie especial porque “nunca se é demasiado velha para se usar coisas bonitas.” A receita parece resultar — à exceção de um glaucoma que a fez perder a visão e de medicamentos para a tensão arterial, Susannah não se deixa vencer pela idade.
Deste lado do Atlântico também há uma mulher que vive há 115 anos. Como? Diz ela desde os 20 decidiu seguir o conselho do médico que lhe disse para iniciar o dia com um ovo cru e outro cozido. A italiana Emma Morano-Martinuzzi dispensa a pizza ao jantar, aliás dispensa qualquer prato mais pesado, bebendo apenas um copo de leite. Depois é dormir e acordar cedo – das 19h às 06h, porque “a quem madruga Deus ajuda.”