Madonna comparou o sentimento que se vive em solo francês ao de uma Alemanha nazi. Numa entrevista à estação de rádio local Europe 1, difundida na última sexta-feira, a artista afirmou que o antissemitismo em França, tal como no resto do velho continente, está em níveis recorde. O Independent recorda que, durante a Segunda Guerra Mundial, mais de 90 mil judeus franceses foram deportados para campos de concentração.

“Estamos a viver tempos loucos”, disse a artista de 56 anos, citada pelo jornal britânico. “Parece a Alemanha nazi.” Madonna condenou a intolerância que está a deixar marcas um pouco por todo o continente europeu, descrevendo a situação de “assustadora”. Lamentou ainda o facto de França ter perdido a tradição de acolher a diversidade, bem como de honrar a liberdade. “Antigamente, França era um país que aceitava pessoas de cor, um sítio para onde artistas podiam escapar, fosse Josephine Baker ou Charlie Parker. Era um país que recebia toda a gente e promovia a liberdade em todos os sentidos e formas (…). Agora, isso desapareceu completamente.”

A artista musical, que foi notícia nos últimos dias por ter caído durante a atuação nos Brit Awards, já antes falou do crescimento da xenofobia e dos partidos de extrema-direita na Europa, acrescenta o Guardian — chegou a descrever o partido de Marine Le Pen de “fascista”. O conflito entre ambas começou quando a líder partidária ameaçou processar a cantora por causa de um vídeo que Madonna promoveu, em que mostrava uma imagem de Le Pen com uma suástica na testa. O símbolo foi posteriormente retirado e substituído por um ponto de interrogação para evitar um processo judicial.

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