E se os nazis tivessem planeado viver a “reforma” nas montanhas, selvas e desertos, longe dos olhares indiscretos e prováveis perseguições eternas? Um grupo de arqueólogos argentinos acredita que sim, após ter encontrado um esconderijo secreto nazi, conta o Telegraph.

O covil foi encontrado na região de Misiones, perto da fronteira com o Paraguai. Por lá foram encontradas moedas alemãs, porcelanas made in Germany e símbolos e objetos afetos ao Terceiro Reich pendurados na parede.

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Diz a lenda local que esta espécie de casa-refúgio foi de Martin Bormann, o braço direito de Adolf Hitler e líder do partido no poder. Daniel Schavelzon, o coordenador do grupo de arqueólogos da Universidade de Buenos Aires, afirma não haver provas que comprovem tal teoria, mas aceita a tese de esconderijo dos nazis. “Não encontramos outra explicação para alguém construir estas estruturas, com tanto esforço e custo, num local inacessível na altura, longe da comunidade local, com material que não era típico da arquitetura regional”, explicou ao Clarín.

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“Aparentemente, durante a Segunda Guerra Mundial, os nazis tinham um projeto secreto que passava por construir abrigos para os líderes para a eventualidade de serem derrotados — locais inacessíveis, no meio de desertos, nas montanhas, em penhascos ou no meio da selva como este”, explicou Schavelzon.

Hitler e companhia planearam tudo: ataques, invasões, um holocausto e até uma eventual derrota. Mas faltou-lhes prever uma coisa: que tais refúgios e abrigos secretos não seriam necessários, pois a Argentina de Juan Peron abrir-lhes-ia as portas. Segundo o Telegraph, terão aterrado no país cerca de cinco mil nazis no pós-guerra. Peron esteve no poder entre 1946 e 1955, regressando depois em 1970, quatro anos antes da sua morte. Sobre os alemães, chegou a dizer que ajudaram os argentinos a construir fábricas e a potenciar o país. “Na altura foram também capazes de se ajudarem a eles próprios”, admitiu.