Com certeza já ouviu falar do primeiro computador do mundo, que ocupava salas inteiras e pesava qualquer coisa como 30 toneladas. Mais de 70 anos depois, a evolução da tecnologia — ou melhor, da nanotecnologia — permitiu a David Blaauw, professor da Universidade de Michigan (EUA), em conjunto com cinco alunos, desenvolver aquele que é considerado o computador mais pequeno do mundo.

Chama-se Michigan Micro Mote (M³) e é tão pequeno que cabe no rebordo de uma moeda. Segundo o site Digital Trends, Blaauw trabalhou no projeto ao longo de uma década e conseguiu este minúsculo tamanho ao reduzir a quantidade de energia necessária ao seu funcionamento. Ou seja, ao diminuir a necessidade de energia é também possível reduzir o tamanho da bateria e, consequentemente, do dispositivo em si que, neste caso, possui o volume de um milímetro cúbico.

Um dos principais desafios no desenvolvimento prendeu-se ao facto de este aparelho não possuir teclado ou rato. O M³ é programado com luz emitida a altas frequências e também carregado com luz, mesmo num local pouco iluminado. Só assim é possível comunicar com o Micro Mote que, ao processar a informação, reenvia-a para outro computador, através de ondas eletromagnéticas.

Este dispositivo está a gerar interesse em alguns médicos e o seu tamanho permite até que seja injetado no corpo. Também a Google e a Intel estão a desenvolver pequenos dispositivos que transformam televisões em computadores, mas o M³ — com um processador que requer apenas 500 pico-watts em standby — apresenta-se como um novo conceito na área dos microcomputadores.

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