Estamos a dezasseis dias do início de verão, muitos já fizeram as malas para as férias, e vem aí mais um fim de semana de praia ou piscina. Vai um mergulho? Claro que sim. Mas se acha que é bom nadador, esqueça. Os especialistas garantem que andamos todos a nadar mal.
Sim, ninguém sabe de facto nadar. É o que conta o professor de desporto Germán Díaz Ureña no livro “Como nadar bem”. Segundo ele, 95% da população mundial nadou mal a vida toda, porque ninguém sabe manter uma boa postura dentro de água. A exceção são mesmos os profissionais, que sabem como deslizar na água. E os erros têm custos para a saúde.
A receita para nadar bem
Mas não se preocupe: até às férias ainda pode aprender natação. Basta seguir os conselhos que Díaz Ureña deixou no El País. A primeira coisa a saber é o que fazer quando entrar na água: eleve as pernas pondo-as na mesma linha do resto do corpo, alinhadas com o fundo da piscina. Depois mova e o corpo para ambos os lados, de modo a facilitar a ação dos braços e diminuir a resistência.
Isto significa que o peito e o quadril não ficaram virados para baixo, mas para os lados. Depois, com o direito propulsiona para criar velocidade, e segue depois com o esquerdo quando o direito estiver a sair da água. Basicamente, o que acontece é que a mão entra na água com o braço quase completamente esticado. A braçada só termina quando a mão estiver atrás do quadril.
Estes conselhos não são apenas preciosismos: “A maior parte das pessoas está a piorar a sua condição em vez de melhorá-lo ao nadar mal”, diz Steven Shaw, que coordena o site “A Arte de Nadar“. Mesmo quando os médicos aconselham a natação para um determinado problema de postura, precisam de ser mais específicos com os estilos de natação apropriados a cada um. O professor Díaz Ureña concorda: pessoas com problemas lombares devem praticar costas, enquanto quem tem doenças cervicais deve preferir crol.
O que andamos a fazer mal?
Bruços, crol, costas, mariposa. Há tantas formas de nadar e todos achamos que as dominamos como autênticos nadadores profissionais ou sereias. Mas há uma lista ainda extensa do que andamos a fazer mal. Por isso tome note e esteja atento ao seu corpo da próxima vez que entrar na água:
Crol
O ideal para atravessar uma piscina. De barriga para baixo, com o rosto perto da superfície da água. Os braços propulsionam o corpo e respiramos quando um dos braços se levanta. Os erros que cometemos são os seguintes:
- Quadril e pernas demasiado baixas
- Oscilações do quadril
- Cabeça demasiado alta ou baixa em relação à superfície da água
- Braço com entrada violenta na água
- Respirar apenas de um dos lados
- Batimento cardíaco descontrolado
- Saída da mão errada de dentro de água
- Ter as mãos com os dedos abertos
Costas
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É exatamente o contrário: desta vez estamos de barriga para cima, os braços continuam a ser os propulsores com a ajuda do batimento pés, mas o rosto não está em contacto com a água, só a nuca. Também neste estilo existem dificuldades.
- Quadril e pernas demasiado baixos.
- Cabeça excessivamente levantada, o que pressiona a coluna
- Propulsão na água inacabada: tiramos os braços demasiado depressa
- Entrada incorreta dos braços na água
- Joelhos demasiado fletidos
- Ombros imóveis: eles devem ajudar ao movimento dos braços.
- Movimentos laterais do quadril, que também devem estar fixos
- Braços a entrar na água demasiado abertos
- Mãos com os dedos abertos durante o movimento: devem estar fechadas para arrastar a água
Bruços
É o estilo mais simples e talvez aquele que aprendemos com maior facilidade. Trata-se de nadar com movimentos circulares debaixo de água, mas com a cabeça de fora. Mas mesmo assim cometemos erros:
- Quadril e extremidades inferiores demasiado baixas
- Pescoço demasiado tenso
- Inspiração tardia
- Falta de extensão do corpo, braços e pernas
- Cotovelos abertos no início da braçada
- Braços mergulham demasiado fundo
- Quadril demasiado dobrado
- Propulsão dos pés inicia-se demasiado junto à superfície
- Movimento assimétrico dos pés