A Sociedade Francisco Manuel dos Santos, maior acionista do grupo Jerónimo Martins, venceu o concurso de concessão do Oceanário de Lisboa, disse nesta terça-feira à agência Lusa fonte ligada ao processo. Segundo a mesma fonte, o período de contestação ao relatório preliminar, que aponta a sociedade como vencedora, terminou hoje, não tendo havido qualquer contestação. O relatório final seguirá agora para aprovação em Conselho de Ministros.
A entidade vencedora apresentou uma proposta base no valor de 24,010 milhões de euros, a que acrescem as rendas a pagar ao Estado durante o período de concessão, fixado em 30 anos, mas que pode ser reduzido para dez anos caso o Estado entenda resgatar o Oceanário com base em “motivos de interesse público”.
O equipamento, no Parque das Nações, é um dos ativos que o Governo escolheu alienar ou concessionar para ajudar a reduzir a dívida da Parque Expo, sociedade criada a propósito da Expo 98 e atualmente em liquidação, depois de o executivo ter anunciado em 2011 a sua extinção. O concessionário privado ficará com o capital da sociedade que gere o equipamento, a Oceanário de Lisboa, S.A..
A proposta de Orçamento do Estado para 2015 previa receitas de 40 milhões de euros com a concessão do Oceanário, que em 2014 gerou lucros de 1,49 milhões e recebeu quase 987 mil visitantes (+7%).
Além da Sociedade Francisco Manuel dos Santos, que detém 56% das ações da holding Jerónimo Martins, concorreram o grupo espanhol Aspro Parks (proprietário do parque de diversões aquáticas Aqualand, em Alcantarilha, no Algarve, entre outros parques europeus), a empresa portuguesa Mundo Aquático (gestora do parque algarvio Zoomarine), o grupo francês Compagnie des Alps (administrador de mais de uma dezena de parques de lazer, museus e áreas de esqui) e a espanhola Parques Reunidos, que gere 56 parques na Europa, nos Estados Unidos e na Argentina.