Descargas poluidoras na zona de Vila Velha de Rodão e a insuficiência de oxigénio nas águas do Tejo estiveram na origem da mortandade de peixes ocorrida em maio junto à barragem de Belver, informou hoje o Ministério do Ambiente.

Em resposta a uma pergunta dos deputados do PSD, o Ministério do Ambiente, através da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), informou hoje que, das análises efetuadas à amostra de água retirada junto do paredão da Barragem de Belver, a 12 de maio, constatou que “as baixas concentrações de Oxigénio Dissolvido nas massas de água superficiais indicaram a existência de um desequilíbrio no ecossistema, que pode ter como consequência a morte de peixes”.

Segundo a APA, e face a esta situação, procedeu-se, no mesmo dia, à solicitação de aumento do caudal descarregado pelas albufeiras a montante, “de forma a minorar o problema e a contribuir para uma mais rápida diluição da eventual contaminação na origem do mesmo”.

Simultaneamente, a APA indica ter desencadeado “ações de fiscalização com recolha de amostras a várias instalações na região” de Vila Velha de Rodão, a montante de Mação, no distrito de Santarém, tendo o Serviço de Proteção de Natureza da Guarda Nacional Republicana (SEPNA/GNR) procedido ao “levantamento de autos de notícia por contraordenação relativos a rejeição indevida de águas residuais nas linhas de água do Açafal e seu afluente”, confinantes com o Tejo.

A APA dá ainda conta, na resposta enviada aos deputados do PSD, que “os infratores foram notificados para adotar de imediato as medidas consideradas adequadas à prevenção de danos ambientais e à minimização dos efeitos decorrentes da situação em causa, impondo que cessassem de imediato as respetivas descargas”.

Em declarações à agência Lusa, o deputado do PSD, Duarte Marques, eleito por Santarém, “congratulou-se” com as informações transmitidas pela APA, tendo destacado que o Ministério do Ambiente “confirmou os autos levantados a empresas que foram descobertas como poluidoras”.

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