Qual é afinal a relação entre o sexo e a felicidade? Será que mais sexo torna as pessoas mais felizes, ou será que as pessoas mais felizes fazem mais sexo? A Universidade Carnegie Mellon nos Estados Unidos quis dar a resposta. Só que para estabelecer uma relação de causalidade entre as duas coisas só havia uma saída possível – a de aumentar a quantidade de vezes que 64 casais faziam sexo e medir se ficavam mais (ou menos) felizes. E aqui vai a resposta: mais sexo não significa necessariamente mais felicidade… Até pelo contrário.

O estudo reuniu 64 casais adultos, casados e heterossexuais, escreve o New York Times. Numa primeira fase, os casais responderam a um questionário destinado a medir o seu humor e a sua energia. Foi-lhes perguntado com que regularidade mantinham relações sexuais, quão agradável era e quão felizes se sentiam.

Depois, foi dito a metade dos casais (escolhidos aleatoriamente) para prosseguirem normalmente com a sua vida conjugal. Já à outra metade foi-lhes pedido que duplicassem a frequência com que mantinham relações sexuais. Se o casal fizesse sexo uma vez por mês (o mínimo para poder participar no estudo) teria que o passar a fazer duas vezes. Se fizesse sexo três vezes por semana (o máximo permitido pelo estudo), teria que aumentar o número para seis.

Além de duplicarem o número de vezes com que mantinham relações sexuais, foi também pedido aos casais que preenchessem um curto questionário online diário, durante os 90 dias da experiência. Aí deviam avaliar a quantidade e qualidade do sexo do dia anterior e o humor do dia.

Em média, quase metade dos casais (40%) conseguiu aumentar para o dobro o número de relações sexuais. Mas isso não fez com que ficassem mais felizes… Pelo contrário. O nível de bem-estar dos casais diminuiu, especialmente em termos de níveis de energia, entusiasmo e na qualidade do sexo. Este resultado verificou-se tanto nos homens como nas mulheres.

George Loewenstein, professor da universidade que conduziu o estudo publicado na edição de agosto da revista científica The Journal of Economic Behavior & Organization, deixa o conselho: a lição não é apenas a de evitar participar em estudos académicos sobre sexo, devemo-nos concentrar na qualidade do sexo e não na quantidade para podermos ser felizes.

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