A base dos mapas é da Google. Mas é só mesmo a base, porque o projeto é de Luís Correia Antunes, um apaixonado por ensino e cartografia. Autor do livro Google Earth na sala de aula, Luís Antunes acaba de lançar o site mapasnasaladeaula.org, onde rompe com as limitações do papel “com criatividade e originalidade”.
Mas que projeto é este? A ideia passa por criar condições “para a aplicação de novas tecnologias geográficas” em ambiente de sala de aula e, também, noutras áreas de interesse. Os mais de 30 mapas já disponíveis no site abrangem áreas tão diversas como “o turismo, ambiente, proteção civil [e] ordenamento de território”, lê-se na página.
Melhor do que falar sobre eles, há que os ver e interpretar. Por exemplo, um desses mapas mostra a localização dos principais rios de Portugal.
Outra das propostas inclui a identificação das áreas protegidas classificadas pelo Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas. Segundo o autor, para além da descrição de cada uma delas — com dados “como o nome, a classificação, a jurisdição e a publicação do diploma que legislou a área” — o mapa agrupa as áreas por classificação, “facilitando a navegação e a visualização das diversas zonas protegidas”.
Para além dos recursos cartográficos, este projeto sem fins lucrativos aposta na formação. De acordo com o site, o próprio autor, Luís Antunes, já deu aulas na Universidade da Madeira e há dez anos que “ministra formações e workshops a professores e educadores”. Por isso, há ainda um canal no YouTube, com várias explicações acerca do uso deste tipo de aplicações interativas. A principal ferramenta é o programa Google Earth, cujo licenciamento da versão profissional é agora gratuito.
Com todos estes recursos à disposição do público, o projeto “Google Earth na Sala de Aula” pretende ser “uma base de apoio para o desenvolvimento e apresentação de conteúdos programáticos por parte dos professores e educadores, de qualquer área curricular”. E, por se tratar de uma iniciativa geocolaborativa, todos são chamados a “fazer parte do projeto”.