Histórico de atualizações
  • Boa noite. O nosso Liveblog fica por aqui. Amanhã voltamos a dar todas as notícias em direto. Obrigada por nos ter acompanhado!

  • BE: "Quantas medidas extraordinárias de austeridade não terão de fazer para cumprir as metas do défice?

    A porta-voz do BE, Catarina Martins, questionou hoje que medidas de austeridade estarão a preparar e esconder PSD, CDS-PP e PS para depois das eleições, para cumprir as metas do défice, e apelou ao voto dos “lesados do centrão”.

    “Quais são as medidas de austeridade que estão a preparar para o país? O que estará a preparar para o país o centrão [PSD, CDS-PP e PS], que diz sempre que sim a Bruxelas e se comprometeu com défices impossíveis?”, perguntou hoje à noite Catarina Martins num comício do Bloco de Esquerda (BE) em Lisboa, discurso no qual apelou ao voto dos “lesados do centrão”.

    A porta-voz do BE começou por querer saber “que medidas de austeridade tem a direita no bolso para pôr ao país logo após as eleições, se o puder fazer”, mas depois dramatizou o discurso à esquerda e atirou aos socialistas: “que se preparará o PS para fazer para continuar a cumprir os compromissos do défice com que também se obrigou a Bruxelas? Porque nós nos lembramos que aquele PS que dizia que há vida para além do défice está desparecido há muito”.

    “O que nos preparam, o que nos escondem, quantas medidas extraordinárias de austeridade não terão de fazer ainda para cumprir as metas do défice?”, questionou.

    Lusa

  • Costa atira dinheiro dos submarinos e "brincadeiras e amigalhaços do BPN" a Portas

    “Mentira”, “embuste”, “fraude”, “ilusão”, “brincadeira ou roubalheira dos amigalhaços” no caso BPN, os submarinos de Portas. Tudo expressões e críticas fortes lançadas por António Costa a Passos Coelho e Paulo Portas, num discurso forte em Vila do Conde. Costa apostou as fichas na radicalização no discurso de palavras fortes e nas acusações. Tudo por causa do BES.

    “Quiseram enganar-nos a dizer que o dinheiro que iam meter no BES não contava para o défice e que não tinha importância, ao revelar o défice, o INE desmascarou-os e mostrou: é dinheiro nosso, conta para o défice e é por isso que está ao nível em que está”, disse.

    Ora Costa até começou por dizer que o défice deixado por Sócrates foi um “enorme défice”, mas que Passos e Portas não levaram como “mero registo contabilístico”:

    Ó doutor Portas, não era um mero registo contabilístico quando os défices aumentaram porque tivemos de registar os submarinos que o senhor comprou? Não era um mero registo contabilístico quanto tivemos de mobilizar dinheiro para procurar estabilizar o sistema bancário depois das brincadeiras e da roubalheira dos seus amigalhaços do BPN?”.

    Depois de atirar a Portas, Costa não poupou o primeiro-ministro que decidiu “dar uma ajudazinha ao embuste” ao dizer que o dinheiro no Novo Banco rendia “120 milhões em juros”. “Mas a quem quer enganar? Passos Coelho quer que nos esqueçamos que o dinheiro que meteu no BES é dinheiro que pediu emprestado e sobre o qual está a pagar juros. E que os juros que está a cobrar são apenas para pagar os juros que paga. E que o Estado não está a fazer um bom negócio mas a gastar o nosso dinheiro, o dinheiro dos contribuintes para salvar um banco”, acusou.

    Na caça ao voto, sobretudo dos indecisos, Costa apostou tudo no facto de o défice ter derrapado por causa do adiamento da venda do Novo Banco. “Os portugueses que ainda tinham dúvidas, ficaram hoje a saber que os resultados deste governo são uma fraude”.

    Durante o discurso, Costa assumiu que a herança que o Governo de José Sócrates deixou até foi enorme: “Falharam ainda outro objetivo – o défice de 2014 é igual ao enorme défice que receberam em 2011. De nada valeu a política deste Governo ao logo de quatro anos”. “Não há ninguém que queira voltar a cair na fraude deste Governo”.

    No discurso curto, de cerca de vinte minutos, Costa quis “deixar preto no branco” que “a dupla de Passos e Portas parece uma dupla de ilusionistas em que julgam que por palavras mágicas transformam em mentira o que é verdade e em verdade o que é mentira. Não há nada que iluda mais os portugueses depois do que hoje aconteceu”, disse. Costa referia-se aos números revelados pelo INE que mostram que o défice de 2014 resvalou para 7,2% e que o deste ano poderá também resvalar e da resposta de Passos Coelho de que o dinheiro que estava no Novo Banco rendia em juros.

    Atualizado às 23h06

  • E agora um tema sensível: os políticos ganham mal?

    Os políticos que se queixam que ganham pouco têm razão? Fomos ver quanto ganha um ministro ou um deputado. É mais ou menos do que lá fora? E em comparação com um funcionário público? Descubra aqui, no Observador.

  • Agir diz que toda a esquerda deve "pedalar na mesma bicicleta"

    O cabeça de lista pelo Porto do movimento Agir, Gil Garcia, defendeu hoje que esta “é a única coligação de esquerda digna desse nome”, criticando BE e PCP por não terem chegado a um entendimento pré-eleitoral.

    “Nestas eleições, o Agir é a única coligação de esquerda digna desse nome”, frisou Gil Garcia, explicando que “a outra coligação que existe é a da CDU [que] é a do PCP com um clone do PCP, que são ‘Os Verdes’. Não são partidos diferentes. Não são uma coligação genuína”.

    Para o candidato, que percorreu a Rua de Santa Catarina ao som de bombos e trompetes, “era necessário uma coligação mais ampla da esquerda, a começar pelo BE e PCP, que se deviam ter juntado ao MAS [que com o PTP integra o Agir] ou ao Livre para retirar a direita do poder”.

    Questionado sobre uma possível união entre os vários partidos de esquerda após as eleições de 04 de outubro, Gil Garcia respondeu: “vamos sempre a tempo”, desde que sejam renovados “os protagonistas políticos” e “se houver um novo grupo parlamentar na Assembleia da República”. “Temos uma mensagem que ninguém diz: queremos uma coligação nova na Assembleia da República que tenha a coragem de pôr os dedos nas feridas de uma forma mais enfática do que foi feito até hoje”, destacou durante a arruada no centro do Porto.

    Ainda sobre a esquerda, considerou que todos os partidos devem “pedalar na mesma bicicleta para acabar com as reformas milionárias, com o roubo nos salários e pensões [e] com as portagens [que] são um verdadeiro assalto à mão armada”.

    Em alternativa às medidas de austeridade, o porta-voz do MAS disse acreditar que “a única maneira de sair” da crise e de equilibrar as contas públicas “é gerar emprego”, para o que “tem que se questionar a presença [de Portugal] na moeda única”.

    Lusa

  • Marinho e Pinto quer acabar com o "regabofe"

    O presidente do Partido Democrático Republicano (PDR) disse hoje, no Entroncamento, que a CDU e o BE se instalaram no sistema e tratam “é dos seus próprios interesses”, não tendo contribuído para mudar nada.

    Numa ação de campanha na estação de caminho-de-ferro e em algumas ruas da cidade do Entroncamento, no final de um dia no distrito de Santarém, Marinho e Pinto afirmou que é altura “de haver uma grande mudança na política portuguesa, no sistema político em geral, não só nos partidos que têm estado no poder” mas também nos que têm estado na “chamada oposição”.

    “CDU e Bloco de Esquerda são dois partidos que se amesendaram no sistema e tratam é dos seus próprios interesses. Andam há décadas a dizer as mesmas coisas e não fazem absolutamente nada, não têm nenhum potencial de mudança, nenhuma capacidade de alterar as coisas neste país, a não ser legitimar um sistema político decadente, credibilizar um sistema politico que está putrefacto”, declarou.

    Instado a comentar os números do défice de 2014 hoje conhecidos (7,2%), e que o primeiro-ministro considerou serem “apenas uma estatística” sem impacto na vida do dia-a-dia dos portugueses, o presidente do PDR acusou o Governo de “mentir sistematicamente”, lembrando que a dívida do país “aumentou uma média de 10.000 milhões de euros por ano desde que este Governo tomou posse”, passando de cerca de 158 mil milhões em 2010 para os 212 mil milhões em julho último.

    “Ele não paga com aquilo que ele ganha e gasta o dinheiro dos portugueses, enquanto os portugueses consentirem esse ‘regabofe’”, consentirem “esses governos de vende pátria, de esbanjamento de património nacional”, afirmou.

    Marinho e Pinto distribuiu folhetos do seu partido junto à estação de caminho-de-ferro do Entroncamento, entrou em lojas e cafés, recebendo algumas manifestações entusiastas, como a de Hélia Vicente que fez questão de o cumprimentar e de lhe garantir o seu voto.

    “Gosto muito de o ouvir. Homem valente. Assim é que é”, disse ao candidato, num discurso semelhante ao da funcionária pública que se “sente roubada” e que acredita que, se Marinho Pinto tivesse possibilidade, “fazia alguma coisa”, pois “não tem medo de nada”.

    Lusa

  • Sondagens do dia: PS desce, pequenos voltam a subir

    O PS desce pelo terceiro dia consecutivo no estudo diário da Intercampus. A coligação estabilizou. Os pequenos partidos voltaram a subir. Na sondagem da Católica, PS sobe um ponto percentual.

  • PSD/CDS querem que o regime normal no casamento civil passe a ser a separação total de bens. O que significa isso para uma nova família? Desconfiança ou independência?

  • O programa do PS prevê um Fundo de Capitalização para empresas financiado por fundos europeus. Costa chegou mesmo a dizer que pode ser criado um novo veículo para o efeito. De que se trata afinal?

  • No dia em que o INE revelou que o défice de 2014 foi de 7,2% por causa do Novo Banco, Passos e os socialistas dão leituras divergentes sobre o impacto desta operação nas contas públicas. Veja quem tem razão.

  • A campanha de Passos pelo Minho entrou em terreno confortável laranja. O social-democrata foi literalmente levado ao colo como conta Rita Dinis.

  • CDU defende solução imediata para refugiados, mas critica métodos

    A CDU considera que a solução para acolher refugiados que fogem da morte deve ser “imediata”, mas é preciso ter em conta a situação económica de Portugal. “É importante que mantenhamos esta tradição de receber e integrar estes cidadãos e as dificuldades não devem invalidar o sentimento de solidariedade”, defende Jerónimo de Sousa, afirmando, no entanto, que deveria ser Portugal a definir e escolher critérios de acolhimento e não “entidades estrangeiras” que não compreendem a realidade do país

  • Jéronimo diz que coligação está "politicamente condenada"

    Jerónimo de Sousa esteve em Lisboa esta tarde e disse que PSD e CDS estão “socialmente isolados e politicamente condenados”. “Vão sofrer uma grande derrota”, assegurou o líder da CDU, afirmando que o “fetiche” da troika afinal não resolveu nem o problema do défice, nem o problema da dívida como se pode ver pelos números conhecidos esta quarta-feira. “Mais tarde ou mais cedo, a questão da dívida vai ser colocada. Façamos isso [renegociação] enquanto é tempo e pagando o que é legítimo. Não há aqui santinhos que nos venham ajudar, esta União Europeia não é nada filantrópica”, assegurou Jerónimo, insistindo numa das bandeiras eleitorais da CDU

    A CDU fez esta tarde uma arruada na Morais Soares que juntou duas a três centenas de pessoas, com várias pessoas a procurarem Jerónimo de Sousa para contarem as suas histórias de desemprego e falta de esperança no futuro. “Temos de continuar a acreditar”, afirmou o secretário-geral comunista distribuindo beijos e abraços. Jerónimo teve dois companheiros especiais que fizeram com ele grande parte do percurso: duas crianças que diziam conhecer Jerónimo da televisão e insistiram em permanecer ao seu lado. Chegados à rua onde trabalhavam os pais, Jerónimo correu rua acima com as crianças para as entregar aos pais.

  • Costa critica "curioso" despacho" que põe inglês como prova para terminar o quarto ano

    António Costa prometeu hoje duas ideias essenciais aos professores: o fim dos exames de admissão à carreira docente e o descongelamento das carreiras a partir de 2018. Num debate sobre educação em Oliveira de Azeméis, o líder socialista criticou ainda um despacho do Governo que colocava o inglês como “condição para a aprovação do exame do 4º ano”.

    Num debate, Costa respondeu a várias dúvidas de professores e encarregados de educação. A jornalista Liliana Valente esteve lá e explica que o líder socialista se comprometeu a:

    Eliminar os exames de admissão à carreira docente;

    Garantir até aos 14 anos a escola a tempo inteiro;

    Dar autonomia às escolas ao mesmo tempo que passa por uma descentralização para as câmaras;

    Avançar para a redução do horário de trabalho para as 35 horas;

    Proceder ao descongelamento das carreiras – Costa disse que dava “prioridade em 2016 em acelerar a reposição dos cortes de modo a que depois de 2018 as carreiras possam ser descongeladas. Não é possível fazer simultaneamente o descongelamento e a progressão, admitiu;

    Além disso, o líder socialista criticou um despacho do Governo dos últimos dias que inclui o inglês como obrigatório para a aprovação no quarto ano do ensino básico. Isto aconteceu “quando ao longo destes anos houve um desinvestimento manifesto no inglês do Ensino Básico”.

  • Portas "emocionado" nos Estaleiros de Viana

    Em terreno em princípio inóspito para o Governo, Paulo Portas (já sem Passos, que está em Bruxelas) esteve em visita aos Estaleiros Navais de Viana do Castelo. Cumprimentou trabalhadores e deu a volta ao local que, nos últimos anos, foi o centro dos protestos. Mas, passada a tempestade, Portas mostrou-se “orgulhos” e “com uma certa emoção”.

    “Estes Estaleiros correram risco de vida, são essenciais na capacidade de construção e reparação naval de Portugal, estão vivos, estão com trabalho, e estão com trabalhadores”, disse, sublinhando a “herança” que o Governo recebeu do governo anterior: “um prejuízo diário de 110 mil euros, um passivo superior a 250 milhões de euros, um plano de despedimentos já assinado e um problema muito sério em Bruxelas”. Agora, pouco mais de um ano depois da concessão, Portas elogia os números: 220 trabalhadores diretamente inseridos nos navios em construção ou reparação, mais 283 trabalhadores com postos de trabalho nos subempreiteiros. Ou seja, 500 pessoas empregadas em pouco mais de um ano, mesmo que o plano de reestruturação tenha implicado despedimentos e fim de postos de trabalho.

    “O plano de despedimentos já estava aprovado pelo anterior governo, a grande diferença é que já estão aqui a trabalhar 500 pessoas no espaço de pouco mais de um ano. Se os estaleiros tivessem fechado tinham desaparecido as encomendas e os postos de trabalho. É essa a diferença entre a demagogia e a eficácia”, diz Portas aos jornalistas.

  • BE: "Hoje é o dia em que a campanha da direita morreu"

    “Hoje é o dia em que a campanha da direita morreu”, afirmou aos jornalistas a coordenadora do BE, Catarina Martins, em Cacilhas, referindo-se ao aumento do défice de 2015. Acabou “a mentira de quatro anos” de que as políticas de austeridade iam equilibrar as contas públicas e “acabou a mentira de um ano” de que a resolução do BES não ia custar nada aos contribuintes. “Toda a estratégia da direita morreu”, insistiu a bloquista.

  • Livre: país deu "uma enorme volta ao inferno da austeridade” para ficar pior

    O cabeça de lista por Lisboa da coligação Livre/Tempo de Avançar às eleições legislativas afirmou hoje, nos Açores, que a subida do défice em 2014 significa que o país deu “uma enorme volta ao inferno da austeridade” para ficar pior.

    “Os cálculos do INE [Instituto Nacional de Estatística] demonstram que estamos muito acima dos objetivos e das metas quantificadas pela ‘troika’. Grande parte disso se deve à má gestão do senhor Ricardo Salgado e do Governo que terciarizou a decisão para o regulador e agora não consegue vender o Novo Banco”, afirmou Rui Tavares, à margem de uma visita a uma quinta na ilha de S. Miguel, onde se produz ananás.

    A capitalização do Novo Banco fez o défice orçamental de 2014 subir para 7,2% do Produto Interno Bruto (PIB), um valor que fica acima dos 4,5% reportados anteriormente, segundo dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

    O valor agora reportado é uma revisão em alta face ao que tinha sido divulgado na primeira notificação do Procedimento dos Défices Excessivos, uma situação que o INE justifica com “a inclusão de 4,9 mil milhões de euros relativa à capitalização do Novo Banco como transferência de capital”.

    “Demos uma enorme volta ao inferno da austeridade para ficarmos piores”, disse Rui Tavares acrescentando que “mergulhámos novamente numa crise devido aos desmandos da banca”. Segundo o candidato, “os bancos devem ser menores, diversificados para que tragam valor moral à economia em Portugal”.

    Após ter visitado a Quinta das Três Cruzes, em Ponta Delgada, Rui Tavares, acompanhado pelos candidatos do Livre/Tempo de Avançar pelo círculo dos Açores referiu que “a campanha eleitoral não é uma mera caça ao voto”, mas sim uma oportunidade para aprender.

    Rui Tavares defendeu que a cultura do ananás, introduzida na ilha de S. Miguel no século XIX, merece ser “acarinhada”, apesar de reconhecer que “a União Europeia tem dificuldade em adaptar-se às realidades locais”.

    Lusa

  • Derrota do PSD/CDS é o "triste fim para o sniper pessoal de Passos Coelho"

    Paulo Portas foi cabeça-de-lista por Aveiro, mas agora não o é, o que deu o mote para Pedro Nuno Santos criticar o vice-primeiro-ministro e passar-lhe a certidão de fim de carreira política. Para o deputado do PS, “é triste fim este de ver Paulo Portas terminar a sua carreira política como mero sniper pessoal de Passos Coelho”.

    O deputado, cabeça-de-lista por Aveiro, aproveitou o discurso do almoço em Águeda para acusar este Governo de só “governar para alguns” e de ter privatizado “tudo aquilo que podia, tudo aquilo que mexia, que dava lucro. Privatizou porque quis para benefícios de alguns em prejuízo da maioria”. Num discurso embalado pelos resultados do défice, o deputado de Aveiro carregou nas críticas a Portas:

    “Paulo Portas está transformado nesta campanha no sniper pessoal de Passos Coelho. Sempre que é preciso dizer alguma coisa que acham que Passos Coelho não pode dizer, está Paulo Portas de serviço. Nós conhecemos bem Paulo Portas, várias vezes foi cabeça de lista, mas não o é agora. Nós sabemos porque é que não pode ser cabeça de lista por Averio. Aqui já não engana ninguém”, rematou.

    O deputado lembrou ainda a demissão de Portas que teve “como uma das principais razões Maria Luís Albuquerque” e que agora é “com descaramento e falta de vergonha” que diz que “foi o melhor que aconteceu”.

  • Passos: "O Syriza de agora é o Syriza que quer cumprir as medidas da troika"

    Ainda antes de sair para Bruxelas, deixando o vice-presidente do PSD Marco António Costa no seu lugar, Passos Coelho deixou ainda uma mensagem de “confiança” aos apoiantes do alto Minho, em Ponte de Lima. Confiança – que é precisamente o slogan do PS nesta campanha – nos portugueses e em Portugal, que conseguiram fazer o que a Grécia não fez até aqui e que, na perspetiva da coligação, era “inevitável”: dar a volta, ultrapassar o programa de ajuda externa e sair dele com o espírito de “missão cumprida”.

    A Grécia, que este domingo enfrentou novas eleições, continua presente na campanha da direita como prova dessa inevitabilidade. Passos resumiu assim: “Apesar das eleições gregas terem voltado a dar a vitória ao Syriza, o Syriza que ganhou as eleições do último domingo não foi o mesmo que ganhou em janeiro deste ano. Mudaram de agulha. Em janeiro o que ganhou foi o que disse que era preciso combater e pôr de lado o programa e austeridade. O Syriza que ganhou as eleições agora foi o que negociou o resgate e o que disse que era preciso cumprir com aquelas medidas para vencer as dificuldades e a crise”.

    Ou seja: cumprir as diretrizes da UE é inevitável, e até o Syriza foi obrigado a fazê-lo. “Nós fizemos o que qualquer país teria de fazer se estivesse na nossa situação e quisesse ultrapassá-la para ficar melhor”, é esta a ideia que tem sido defendida por Passos nos últimos dias. Assunto arrumado. Passos não quer falar mais do passado e das condições adversas que obrigaram à austeridade (“acho que as pessoas já perceberam) – agora a ideia é fazer uma campanha positiva a realçar os bons resultados.

  • Costa garante que aumento do défice não obriga a mudar programa do PS

    As más notícias do défice público para o país foram um bálsamo para a campanha de António Costa. O candidato socialista cavalgou no “falhanço” das metas do défice e da dívida para fazer passar a ideia que Passos Coelho e Paulo Portas “não merecem confiança” e que pelo contrário, o PS foi “prudente, conservador e moderado” na apresentação do programa. Num almoço em Águeda, lembrou pela primeira vez nesta campanha o anterior Governo para dizer que “terminou numa situação muito difícil”, mas que agora o atual Governo deixou uma marca “pela primeira vez na história” que foi “deixar o país mais pobre do que o país que herdou”.

    As pessoas sabem que o nosso anterior governos terminou numa situação muito difícil depois de de ter tido de enfrentar condições extraordinárias fruto de uma crise internacional terrível em 2008. Mas sabem também que Passos Coelho e Paulo Portas não merecem confiança – porque não cumpriram com aquilo que foram os compromissos que assumiram da campanha eleitoral – prometeram-nos que o pais ia crescer e que a dívida ia reduzir”, disse António Costa.

    Costa aproveitou a deixa e não mais a largou. Em direto para os telejornais, o candidato a primeiro-ministro insistiu na ideia que se o atual Governo não merece confiança pelo passado e pelo presente da “ação governativa”, também não merece pelo que apresenta para futuro. Tendo em conta os dados divulgados, Costa diz que o PS foi “mais conservador” e também “mais prudente” nas contas que servem de base ao seu programa do que as contas do Governo, que constam do Programa de Estabilidade entregue em bruxelas. “Agora ficou mais claro, absolutamente claro que as contas daquele Programa de Estabilidade assentavam numa ficção”, acusou.

    Ora e se as contas do défice baralham o programa da coligação, Costa não acredita que o mesmo aconteça com as contas do PS, até porque, repetiu, “está provado quem foi prudente, conservador e moderado no desenho do programa económico”. Na argumentação do socialista o programa do PS assentou nos números da Comissão Europeia (diferentes daqueles apresentados pelo Governo) e por isso a base de partida é diferente (e até mais pessimista). Repetiu que foi “ultraprudente” em relação à dívida.

    Nós com este resultado não temos de alterar em nada o nosso programa, porque tínhamos uma previsão com o serviço da dívida que conforta este resultado. Porque tínhamos uma previsão realista. Apesar deste fracasso do Governo, podemos dizer que o nosso programa mantém-se sólido mantém-se credível e é uma base para uma nova política”, afirmou.

    O contrário, acusou, não acontece com as contas de PSD/CDS, porque esse “foi por água abaixo, é insustentável e impossível de cumprir”. Na onda dos adjetivos, terminou dizendo que o programa da coligação mostrou “à primeira que é irrealista, fantasioso e que não tinha credibilidade e como fizeram no passado não merecem confiança para aquilo que se comprometem para futuro”. E deixou perguntas: “Digam lá agora como é? Quais são as previsões em que assenta o vosso programa económico. Quanto vão ter de cortar nas pensões dos pensionistas? Quanto vão ter de aumentar os impostos aos portugueses para cobrir este gigantesco buraco que abriram nas vossas próprias previsões?”

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