O deputado socialista Sérgio Sousa Pinto foi o convidado desta quarta-feira no programa “Isso é tudo muito bonito, mas” e deixou fortes críticas à candidatura de Sampaio da Nóvoa às presidenciais. À candidatura e a um eventual apoio do PS a essa candidatura.

“Aborrece-me que apareça uma pessoa, que deve ter com certeza combates na sua vida (…), mas cuja grande preocupação é dizer que não tem nada a ver com o sistema. O sistema é a segunda República. Portanto, ele não tem nada a ver (com o sistema), mas vem cooptado por três ex-Presidentes. Raramente uma pessoa que vem de fora do sistema vem tão bem acompanhada”, considerou, em resposta à pergunta de Ricardo Araújo Pereira sobre as divergências do deputado com as posições do partido.

Sérgio Sousa Pinto alongou-se na explicação do porquê de não simpatizar com o candidato presidencial. “Uma pessoa chegar e dizer ‘eu quero dirigir-me em primeiro lugar aos abstencionistas, que é a minha gente. E depois se tiver votos das pessoas dos partidos também não digo que não. Mas sou puro como uma manhã de primavera’. E eu aí digo: isto para mim não é esquerda. Isto para mim não é nada. Não tenho vontade de apoiar uma solução deste género”. E diz ter ficado surpreendido por, ao mostrar a sua posição, ter percebido que havia “importantes setores” do PS que “achavam que isto era uma candidatura admirável”.

Sobre as legislativas, o ex-líder da JS defendeu que “este não é um combate fácil, nunca foi e só pessoas mais distraídas achavam que estava garantido”. Segundo Sousa Pinto, os partidos da coligação adotaram “uma narrativa simples, mas eficaz” na campanha eleitoral. “Mas vamos ver no domingo”, acrescentou, considerando que o PS está a lutar “para vencer”.

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