A Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL) arrecadou cerca de 21 milhões de euros com receitas de estacionamento, na via pública e em parques, no ano passado, ganhando também quatro milhões com bloqueios e remoções.

De acordo com o relatório e contas da empresa, a que a agência Lusa teve acesso, “2015 foi um ano de intensificação do ritmo de crescimento dos rendimentos operacionais da EMEL, cuja tendência ascendente já se observa há vários anos”.

Aqui incluem-se as receitas com estacionamento na via pública (17,65 milhões de euros — ME) e em parques (3,49 ME), dos quais se destacaram os da Calçada do Combro e do Chão do Loureiro.

Acrescem os ganhos com bloqueios e remoções (3,86 ME), com contraordenações (2,14 ME), com parqueamento de residentes (1,74 ME) e outros não especificados (962 mil euros), num total de 29,8 milhões.

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“O estacionamento continua a assumir-se como a atividade ‘core’ da empresa e a via pública como a principal fonte de receita dessa atividade”, indica o relatório.

O documento, que será debatido na reunião privada camarária de quarta-feira, acrescenta que se verificou um crescimento de 7% no total dos rendimentos face a 2014.

No que toca ao estacionamento, a EMEL justifica o aumento com a “maior efetividade de fiscalização conseguida na zona verde, com a transferência dos lugares pertencentes a esta zona para o perímetro de gestão da EMEL”, e com o “êxito da aplicação móvel de pagamento de estacionamento (ePark), cuja utilização se disseminou fortemente ao longo de 2015”.

Neste ano, verificou-se também um acréscimo do número de lugares para estacionar, de 2.163, face a 2014.

A este valor somam-se 15.843 lugares na zona verde, que estavam a ser geridos por uma entidade externa e passaram para a alçada da EMEL.

Já quanto aos dísticos para moradores, “continuou-se a assistir a um aumento sustentado”, mas superior ao número de lugares criados.

Isso levou a que, no final do ano, se verificassem 1,202 dísticos por lugar.

Se no ano passado foram investidos oito milhões de euros (em equipamentos como parquímetros e parques, entre outros), até 2020 o investimento previsto é superior a 80 milhões de euros, para atingir metas como a mobilidade suave, os lugares para residentes, a requalificação urbana e a inovação tecnológica.

Na reunião, serão também apreciadas as contas das restantes empresas municipais, como a Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU).

Em 2015, esta empresa reabilitou 281 edifícios (mais 26 do que em 2014) e colocou outros 29 em obra, num investimento que, entre outras intervenções, ascende aos 30 milhões de euros.

No que toca à entidade que faz a gestão do arrendamento social em bairros municipais de Lisboa (Gebalis), os rendimentos e ganhos totalizaram 23 milhões de euros no ano passado, menos 102,8 mil euros do que no ano anterior.

Por seu turno, a Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC) arrecadou 13 milhões de euros com vendas e serviços prestados.

Os resultados líquidos foram de 2,3 milhões de euros na EMEL, 504 mil euros na EGEAC, 111 mil euros na Gebalis e 500 euros na SRU.