O arquiteto brasileiro Paulo Mendes da Rocha irá receber neste mês de maio o Leão de Ouro de Carreira na Bienal Internacional de Arquitetura de Veneza, em Itália, anunciou a organização. Autor de uma arquitetura “intemporal”, Mendes da Rocha, de 87 anos, criou projetos que “resistiram à passagem do tempo, tanto no plano material como estilístico”, referiu a direção da bienal, citada pela Agência Lusa.

Num comunicado emitido esta sexta-feira, a direção da bienal de Veneza classificou ainda Mendes da Rocha como “um desafiador inconformado e, ao mesmo tempo, um realista apaixonado”. “As suas áreas de interesse ultrapassam a arquitetura, no campo político, social, geográfico, histórico e técnico.”

Paulo Mendes da Rocha nasceu em 1928 em Vitória, capital do estado brasileiro de Espírito Santo. Formou-se em Arquitetura em São Paulo, cidade onde foi responsável por alguns projetos arquitetónicos como o Museu Brasileiro da Escultura, o Clube Atlético Paulistano e a reformulação da Pinacoteca do Estado de São Paulo. Na mesma cidade, foi ainda responsável pelo projeto do Museu da Língua Portuguesa, recentemente destruído num incêndio.

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Em 2000, representou o Brasil na Bienal Internacional de Arquitetura de Veneza e, em 2006, recebeu o Prémio Pritzker. Recebeu o título de doutor Honoris causa em países como o Uruguai, Brasil, Argentina e em Portugal. Recentemente, foi responsável pelo projeto do novo Museu Nacional dos Coches, situado em Belém.

O arquiteto receberá o Leão de Ouro na abertura da Bienal de Arquitetura de Veneza, que decorrerá entre 28 de maio e 27 de novembro. A 15ª edição da bienal terá como tema Reporting from the front e curadoria do chileno Alejandro Aravena.

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