O Museu Nacional dos Coches, em Lisboa, que teve entrada gratuita no fim de semana para dar a conhecer a nova museografia, recebeu perto de 10 mil visitantes em dois dias, anunciou esta terça-feira a Direção-Geral do Património Cultural.

De acordo com a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), que tutela os museus, monumentos e palácios nacionais, um total de 9.737 visitantes entraram no fim de semana no novo museu, projetado pelo arquiteto Paulo Mendes da Rocha, prémio Pritzker em 2006.

O antigo Picadeiro Real, que se manteve aberto, recebeu 2.997 visitantes nos dois dias, perfazendo os dois espaços um total de 12.734 entradas.

A museografia do novo museu inaugurou na sexta-feira e esteve acessível ao público a partir de sábado, quando se celebrou a Noite dos Museus, recebendo um total de 6.449 visitantes, e no domingo, com 3.288 entradas. No Picadeiro Real, registaram-se no sábado 2.041 visitantes e no domingo 956.

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O novo projeto museográfico permite a proteção – como barreira de acesso – de 70 viaturas antigas expostas em permanência, e oferece informação ao público em quatro línguas: português, inglês, espanhol e francês.

Isolando as viaturas para sua proteção do contacto do visitante, a estrutura museográfica – desenhada pela equipa do arquiteto Nuno Sampaio – serve, ao mesmo tempo, de base de informação em texto e é interativa, com dados sobre o coche, o contexto histórico e o ambiente da época.

Encerrado desde 26 de abril para montagem da museografia, o Museu dos Coches reúne uma coleção de viaturas de gala e de passeio do século XVII ao século XIX, na sua maioria provenientes dos bens da coroa ou propriedade particular da Casa Real portuguesa.

Entre as peças encontra-se o “Coche dos Oceanos”, que fez parte, em 1716, da embaixada enviada por D. João V ao papa Clemente XI.

Inaugurado em 2015, o equipamento cultural é composto por dois edifícios com quatro pisos, duas salas de exposição permanente, uma sala de exposições temporárias, auditório, serviço educativo, um laboratório, oficinas, zonas técnicas e administrativas.

Ocupando 15.177 metros quadrados nos terrenos das antigas Oficinas Gerais do Exército, o projeto foi concebido em consórcio com os ateliês MMBB Arquitetos, do Brasil, Bak Gordon Arquitetos e Nuno Sampaio Arquitetos, ambos de Portugal.