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Tradicional ou alternativo? Escolha o seu arraial de Santo António

Este artigo tem mais de 5 anos

Em junho Lisboa recebe bailaricos mais e menos tradicionais. E porque são tantos, reunimos os arraiais em mapas interativos para que seja mais fácil escolher onde quer comer a sardinha assada.

Reunimos em dois mapas interativos os arraiais tradicionais e alternativos que vão invadir a cidade de Lisboa durante o mês de junho.
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Reunimos em dois mapas interativos os arraiais tradicionais e alternativos que vão invadir a cidade de Lisboa durante o mês de junho.

Maria Gralheiro e Andreia Reisinho Costa / Observador

Reunimos em dois mapas interativos os arraiais tradicionais e alternativos que vão invadir a cidade de Lisboa durante o mês de junho.

Maria Gralheiro e Andreia Reisinho Costa / Observador

Por esta altura só apetece exclamar “o arraial é liiiiiiiindo!”. Sardinhas que pingam no pão, cervejas frescas que gelam dedos e marchas populares que invadem a cidade de Lisboa. Sim, os Santos Populares estão aí à porta — em boa verdade, já começaram para alguns — e com eles vêm os tão aguardados arraiais.

Este ano há bailaricos com direito a música popular debaixo de um céu estrelado ou entre portas. Arraiais tradicionais que pedem ruas cheias e outros mais alternativos que variam de conceito e de propostas. Porque o mês de junho é sinónimo de festas alfacinhas, reunimos os arraiais mais e menos populares que já começam a invadir a capital. Para que não tenha de dizer com pesar “para o ano há mais”.

Os Pão com Manteiga, banda de Quim Barreiros e José Malhoa, voltam a fazer das suas no próximo dia 12 no Arraial do Marítimo Lisboa Clube, na Bica. Na verdade, há 16 anos que a dupla anima a grande noite dos Santos Populares e junta um mar de gente naquelas escadas e rua inclinadas. Mas a festa não se fica por aqui, com quase todos os dias do mês de junho — até 2 de julho — a terem direito a música ao vivo. Isto sem esquecer que o Grupo Desportivo Zip Zip também providencia animação na Rua dos Cordoeiros.

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Uma festa abrigada e bastante perto das ruas concorridas da Bica é a Santos da Santa — como quem diz os arraiais de Santa Catarina. A animação a cargo dos escuteiros do Agrupamento 48 acontece em quase todos os dias do mês de junho no Páteo dos Tanoeiros, à Calçada do Combro.

No ano passado a marcha vencedora foi Alfama. O orgulho é muito e em 2017 a festa faz-se apenas com música portuguesa — ordem da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior. Por cá os arraiais ficam ao comando do Grupo Sportivo Adicense, na Calçadinha da Figueira, e da Associação Recreativa Amigos de São Miguel, na Rua de São Miguel.

Os Santos Populares de Alfama vão ter apenas música portuguesa.© Sara Matos / Global Imagens

As festas Sardinhas Achadas, de 7 a 13 de junho, vão ocupar as escadinhas da achada com direito a DJ sets e a atuações ao vivo. A entrada é gratuita e os mais pequenos são bem-vindos. Já na Mouraria a palavra de ordem é da Associação Renovar a Mouraria. São muitos os dias de bailarico no Largo da Rosa, pelo que o melhor é mesmo passar os olhos pela vasta lista de eventos que a associação tem na respetiva página de Facebook. E um pouco mais acima, como quem vai a caminho da Alameda, é o Grupo Desportivo da Mouraria quem põe a música e assa a sardinha na rua ao longo de vários dias (o programa vai até 30 de junho).

Para os lados da Graça fica a Vila Berta, que já dispensa apresentações. Até ao dia 13 de junho a festa quer-se ininterrupta e as ruas ficam à pinha de tantos que são os fãs deste arraial. Se nos dias 8 e 9 a música fica a cargo da Rádio Comercial, no dia 12 há três nomes para cantar ao vivo uns bem tradicionais “ói-ó-ai”. O Arraial Beco de Lisboa, na Voz do Operário, também regressa em grande, trazendo consigo noites de fado e desfiles, sendo que no dia 12 é a vez do duo musical KÁD’KASA subir ao palco — caso não conheça a banda, dê aqui uma espreitadela.

Na Freguesia de São Vicente o mais provável é dar de caras com uma Santa Babadeira, o arraial que de 8 a 15 de junho vai ocupar o tão popular Miradouro da Graça. A lista de presenças parece, no mínimo, atraente, a começar nas bifanas e passando pelo caldo verde e pela “cerveja com fartura”. Água também por lá anda, mas melhor é mesmo a dupla vinho e moscatel.

A sardinha gorda e bem assada é uma das características de qualquer arraial tradicional. © Sara Matos / Global Imagens

A Freguesia de Santo António presta homenagem ao Santo Padroeiro com um arraial à maneira — abram alas para o Arraial de Santo António. De 1 a 15 de junho há duas coisas prometidas: sardinha pequenina e boa sobre o pão e música popular a bombar das colunas. O melhor de dois mundos vai concentrar-se na Praça da Alegria. De domingo a quinta-feira, a partir das 12h00 e até às 00h00, há música, bebida e petiscos, sendo que aos sábados e vésperas de feriados, entre as 22h00 e as 00h00, tudo isto acontece com o acrescento da bem fadada música ao vivo.

O arraial do Clube Atlético de Arroios, na rua homónima, pode ser menos conhecido, mas nem por isso menos concorrido. Nos dias 9, 10 e 12 há música ao vivo, o que inevitavelmente sugere um divertido bailarico sobre o alcatrão, onde se juntam aspirantes a dançarinos profissionais de todas as idades. Em dias de festas os restaurantes da rua abrem até mais tarde e as esplanadas enchem-se de pessoas e de vida. Já em Campo de Ourique os arraiais ficam por conta d’Os Combatentes, que prometem 11 dias de animação, seis DJs e desfiles, entre outras surpresas.

Em CarnideMarchódromo no dia 16, quando todas as marchas populares, desde as infantis às seniores, juntarem centenas de pessoas no Jardim da Luz. Já os arraiais, que aqui não podiam faltar, são cortesia do Clube Carnide e acontecem durante quase todo o mês de junho — a festa é, no entanto, mais demorada no muito concorrido dia 12 de junho, com animação garantida até às quatro da manhã. Não muito longe há concertos no Grande Arraial de Benfica, nos dias 22, 23, 24 e 25 de junho — ao palco, na Alameda Padre Álvaro Proença, vão subir nomes como Carminho, Sérgio Godinho e também os D.A.M.A.

O Centro de Cultura Popular de Santa Engrácia também não quis ficar indiferentes às iniciativas das muitas associações que fazem de anfitriãs em noites de arraiais e também preparou um programa que, na verdade, não foge muito aos outros. O mesmo não se pode dizer das celebrações em Alvalade, com os bailaricos a realizam-se, este ano, no Parque de Jogos 1º de Maio na Fundação Inatel — de 9 a 18 de junho há comida e bebida dedicadas ao santo padroeiro.

E o que dizer das Festas do Lumiar? O programa completo pode ser consultado aqui, mas para abrir o apetite podemos dizer que há concerto de Linda Martini no dia 17 de junho, espetáculo de dança clássica indiana no dia 18 e a Festa Indiana da Comunidade Hindu de Portugal a 25 do mesmo mês. E já para os lados do Parque das Nações há santos populares sob orientação do Ingleses Futebol Clube.

Dando ainda um saltinho para as bandas de Algés, há arraiais no Largo Luís Alves Miguel, a cargo do Clube Sportivo de Pedrouços, sendo que também a Academia Recreativa de Santo Amaro promete organizar o que diz ser “o melhor arraial de Lisboa”, que vai ocupar a Rua Academia Recreativa de Santo Amaro. De referir ainda que os Santos à Campolide, da Associação Viver Campolide, também prometem festa e manjericos até 2 de julho — e no programa estão nomes tão sonantes como Herman José, já no dia 9 de junho.

Durante o mês de junho, as ruas de Lisboa enchem-se de pessoas e de vida. © Sara Matos / Global Imagens

O arraial Santos Noventeiros é, muito provavelmente, o mais insólito de todos. Organizado pela mesma equipa que anda a deixar os lisboetas “loucos” pelas festas Revenge of the 90’s, promete dotar a festa de um revivalismo sem igual. Venham de lá as sardinhas e a cerveja, mas também o melhor da música pop e pimba dos anos 1990. A entrada é gratuita e a animação está prometida entre as 17h e as 04h, nos Jardins da Praça do Campo Pequeno. Pelo meio há atuações ao vivo, o Pequeno Saúl incluído — sim, o bacalhau vai mesmo juntar-se à tão prometida sardinha.

A diversidade também se celebra na 21ª edição do Arraial Lisboa Pride — o maior evento Lésbico, Gay, Bissexual, Trans e, pela primeira vez, Intersexo — acontece no próximo dia 24 e vai fazer do Terreiro do Paço a maior pista de dança do país. Das 16h às 04h há DJs e concertos, mas também bares e mostras de artesanato urbano, entre outras surpresas.

O Village Underground Lisboa também não fica indiferente aos Santos Populares, pelo que no dia 16 de junho, das 19h às 03h, há churrasco, bandas e DJs. E já que o evento coincide com a conferência mundial da marca de skate Element, que em 2017 celebra 25 anos, estão prometidas demonstrações de skate da equipa mundial da marca. A entrada é gratuita.

No Village Underground os Santos Populares vão ser celebrados em cima de um skate. © Imagem retirada do site do Village Underground

No Largo do Intendente, entre as 20h e as 22h de dia 12, o convite é para dar um pezinho de dança. Em causa está a after party (como quem diz a festa de despedida) do Atlantic Swing Festival. O tempo para dançar é tão curto que a organização pede mesmo para que os participantes cheguem a horas. Depois das 22h, a música que dá mote ao estilo de dança típico dos Estados Unidos dá lugar aos bailaricos tradicionais dos santos.

Desengane-se quem pensar que o arraial apenas acontece na rua, com gente a dançar na calçada ou até mesmo no alcatrão. No interior também se faz a festa e exemplo disso é o arraial do Mercado de Campo de Ourique, que arranca esta quinta-feira, 8 de junho, pelas 21h. A entrada é livre, com a cerveja (0,20l e 0,25l) a custar apenas 1 euro. Já as sardinhas, acompanhadas de arroz de tomate e saladinha de pimentos, vão custar 6,20€. A festa prolonga-se durante todo o mês de junho, sendo que ao adquirir frutas, legumes ou peixe nas bancas típicas do mercado, os visitantes ganham senhas que podem ser trocadas por um café, água ou cerveja no bar ou no café do mercado.

Entre quatro paredes acontecem também as festas de Santo António no Evolution, no Saldanha. De 9 a 14 de junho, o hotel vira um autêntico arraial, onde não faltam manjericos, sardinhas de decoração, música popular e também um menu tradicional que vai pôr toda a gente a comer caldo verde e tantas outras tapas à base da sardinha. A entrada é aberta ao público, além de gratuita, e para ajudar a fazer amigos há cerveja artesanal da autoria do próprio hotel.

Até o Evolution hotel, no Saldanha, se vai transformar num arraial, com direito a cerveja de produção própria. © Divulgação

Se o objetivo for precisamente comer bem, fique sabendo que o restaurante Bastardo vai apostar, de 9 a 26 de junho, num menu de jantar específico para os Santos Populares, o qual incluiu chouriço assado nas vezes de amouse bouche e trilogia de sardinhas para entrada. O prato principal é açorda de camarão e para sobremesa nada como um tão típico arroz doce. O menu custa 25 euros por pessoa, mas as bebidas são à parte.

Mas há mais paparoca pela frente. Desde o final do ano passado que a equipa do Brunch Clandestino nos habituou a pequenos-almoços tardios, a escorregar para as primeiras horas da tarde, em moradas secretas. Com a chegada do santo mais adorado dos lisboetas, a conversa é outra: dia 24 de junho há Arraial Clandestino na Casa dos Amigos do Minho, na Rua do Benformoso. A partir das 15h, o terraço prepara-se para receber barrigas vazias e para enchê-las há os habituais pitéus de chorar por mais, minis fresquinhas e rifas em fartura.

https://www.instagram.com/p/BUW1eHEhW6_/?taken-by=brunchclandestino

Para os lados da Mouraria também há festa, com o Arraial Renovar a Mouraria a celebrar 10 anos de vida. Ao longo do mês de junho há 16 concertos a marcar na agenda. E onde há música há sardinhas gordas, bifanas saborosas, mas também caldo verde e caracóis. No dia 12, essa segunda-feira que vai mandar lisboetas e turistas para a rua há espetáculo a cargo do grupo Telefonia, banda que se dedica a música retro-pop-imigra-bailariló-laico-portuguesa — o nome diz mesmo tudo.

Na Sagrada Família, à semelhança do que tem vindo a acontecer nos últimos anos, as temperaturas vão voltar a esquentar. O Santo Tropical está de regresso e com ele estão também as pouco tradicionais caipirinhas, os refrescantes mojitos e os petiscos de inspiração afro-brasileira. Por enquanto o valor da comida ainda não está fechado, mas já se fala em cocktails a 5 euros.

E por falar em jantares alternativos, também os há no Ritz Four Seasons, com um menu especial disponível até 30 de junho nos dois restaurantes do hotel de cinco estrelas, no Valverde Hotel, com jantares temáticos de 12 a 17 de junho no pátio ajardinado da unidade, e no restaurante Adlib, onde também há menu temático à maneira.

As festas de Lisboa chegam ainda ao Quiosque do Sr. Oliveira, no jardim do Príncipe Real, onde não vão faltar os petiscos tradicionais aqui servidos.

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