Tudo podia correr mal, mesmo mal. Vrsaljko, do Atlético, logo ao minuto dois, viu cartão amarelo-a-fugir-para-o-laranja depois de uma entrada dura, fora de tempo e fora de tudo. Fora de tudo não; na canela ele acerta e bem. Repetiu a entrada, agora uma senhora pisadela que dói só de ver, e acabou expulso ao décimo minuto pelo senhor Turpin, o árbitro. O treinador do Atlético, Simeone, acabaria também expulso por protestos pouco depois.
No se veía una expulsión tan rápida por doble amarilla en un partido de cualquier competición europea desde el 22 de octubre de 2013 (Héctor Herrera a los 6 minutos en un Porto-Zenit, en la fase de grupos de la Champions League).
— MisterChip (Alexis) (@2010MisterChip) April 26, 2018
O Arsenal já encostava os madrilenos à defesa. A bola não conhecia sequer o couro à bota de ninguém do Atlético.
Logo ao minuto seis, Welbeck cruza da esquerda e Lacazette remata de primeira na grande área, em vólei. Passa perto do poste. No minuto seguinte, outra vez pela esquerda, cruzaria agora Nacho e Lacazette desviou de cabeça. A defesa (que defesa!) de Oblak, todo no ar, esticado até ao último tendão que o seu esguio corpo esloveno tem, é im-pre-ssi-o-nan-te.
Here's our team for #AFCvATL in text:
Ospina, Bellerin, Mustafi, Koscielny, Monreal, Xhaka, Wilshere, Ramsey, Welbeck, Ozil, Lacazette
Subs: Cech, Maitland-Niles, Holding, Chambers, Kolasinac, Iwobi, Nketiah pic.twitter.com/bTPMKgQd0K
— Arsenal (@Arsenal) April 26, 2018
???????? | ALINEACIÓN
¡Ya está aquí, nuestro ONCE para abrir estas semifinales de @EuropaLeague!
????⚪????¡Atleeeeeeeeeeeti!#ArsenalAtleti #AúpaAtleti #UEL pic.twitter.com/xlhoXKlmWZ— Atlético de Madrid (@Atleti) April 26, 2018
Tudo podia correr mal, mesmo mal. Mas a verdade é que Oblak contrariaria (os centrais do Atlético, Diego Godín e Giménez, faziam também uma exibição a roçar a perfeição do ponto de vista do futebol aéreo) a Lei de Murphy desse por onde desse. Ao minuto 21, deu. Wilshere tabela com Lacazette, isola o portentoso avançado dos londrinos, e só com Jan Oblak pela frente este remata. O guarda-redes do Atlético (provavelmente o melhor do mundo nesta altura da época) defendeu.
Ao minuto 61 não deu. A segunda parte vinha na mesma toada da primeira: mais Arsenal no estádio Emirates e o Atlético a resistir. E resistiu. Mas Savic tenta sair a jogar, é engolido à saída da grande área pela pressão do Arsenal, Wilshere e Nacho recuperam a bola, o espanhol desmarca Wilshere, que cruza desde a linha de fundo. Ao segundo poste, saltando mais alto que Giménez, Lacazette não perdoou.
Tudo o que podia correr mal… correu assim-assim.
Ao minuto 82, Griezmann empata. Saiu uma bola longa desde a defesa do Atlético, Griezmann apanha-a nas costas da defesa do Arsenal, conta com a “ajuda” de Koscielny, que escorrega, e acerta em Ospina na hora de rematar. À segunda, na recarga, só lá dentro é que acerta. Tudo empatado. E tudo assim continuaria por causa da Lei de Oblak. Ao minuto 87, Lacazette cruza à direita e Ramsey desvia de cabeça no primeiro poste. Oblak chegou, com uma palmada, onde quase nenhum guarda-redes chegaria.
⚽ ???????? Arsenal 1 – 1 Atlético ????????
Atleti return from London with a precious scoring draw#UEL #ArsenalAtleti #WeAreTheArsenal #AúpaAtleti pic.twitter.com/2PMx8jchRF
— GoalPoint (@_Goalpoint) April 26, 2018
No outro jogo da noite, o Marselha, em casa, no Vélodrome, derrotou o Red Bull Salzburg por 2-0, com golos de Thauvin (15′) e Clinton N´Jié (63′). A 2.ª mão disputa-se na Áustria, a 16 de maio. Recorde-se que na eliminatória anterior o Salzburg, depois de perder (4-2) com a Lazio em Roma, virou a contenda do avesso e eliminou os italianos com uma vitória (4-1) na Red Bull Arena.