O programa do Dia Internacional dos Museus, na sexta-feira, e da Noite Europeia dos Museus, no sábado, vai envolver cerca de 600 atividades em 54 concelhos do país, anunciou esta terça-feira a Direção-geral do Património Cultural (DGPC). De acordo com este organismo, os dois eventos – de entrada gratuita nos museus, palácios e monumentos tutelados, com algumas exceções – vão envolver um total de 88 espaços museológicos, com mais de 400 iniciativas previstas para o Dia dos Museus e cerca de 200 para a Noite dos Museus.

O Dia Internacional dos Museus foi criado em 1977 pelo ICOM — Conselho Internacional de Museus – com o objetivo de promover, junto da sociedade, uma reflexão sobre o papel dos museus, e por esse motivo, a entidade lança todos os anos um tema. Este ano, o Dia Internacional dos Museus e a Noite Europeia dos Museus celebram-se sob o mote “Museus hiperconectados: novas abordagens, novos públicos”.

A Noite dos Museus é uma iniciativa criada em 2005 pelo Ministério francês da Cultura e da Comunicação, à qual Portugal aderiu posteriormente. Nesta ocasião, os museus portugueses organizam múltiplas atividades — espetáculos de teatro e dança, concertos, visitas guiadas e encenadas, entre muitas outras -, convidando os visitantes a usufruírem dos seus espaços em período noturno.

Comparativamente a 2017, segundo a DGPC, regista-se, este ano, um aumento no número de concelhos participantes, que passaram de 46 para 54, mantendo-se o número total de atividades nas seis centenas. No dia 18 de maio, sexta-feira, a entrada é livre no horário normal de funcionamento, exceto nos seguintes casos: no Museu Nacional de Arqueologia, onde a gratuitidade será das 10h00 às 23h00, e no Palácio Nacional de Mafra, das 09h30 às 17h30 (última entrada às 16h45), e das 20h00 às 23h00.

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No dia 19 de maio, sábado, a entrada é livre a partir das 18h00, exceto no Museu Nacional dos Coches, em que a gratuitidade será das 10h00 às 24h00 (com última entrada às 23h30). No sábado, os seguintes serviços estarão encerrados após o horário normal de funcionamento: o Convento de Cristo, o Mosteiro da Batalha, o Mosteiro de Alcobaça, o Mosteiro dos Jerónimos, o Museu Monográfico de Conimbriga — Museu Nacional, o Palácio Nacional de Mafra, o Panteão Nacional e a Torre de Belém.

Em comunicado, a DGPC sublinha, a propósito do tema deste ano, que “os museus, enquanto parte integrante das suas comunidades, não podem alhear-se da rede global de conexões que carateriza a sociedade contemporânea, quer no que respeita ao modo de interpretar e apresentar os seus acervos, quer no que se refere aos meios utilizados para cativar novos públicos”. “A digitalização das coleções, a presença de elementos multimédia nas exposições ou o ‘hashtag’ são apenas alguns dos recursos proporcionados pelas novas tecnologias”, acrescenta.

No entanto, “a hiperconectividade dos museus deve ser também entendida no sentido de estes alcançarem uma aproximação mais abrangente aos vários setores da sociedade, cada vez mais sujeita a transformações, nomeadamente com o aparecimento de novas minorias, grupos étnicos ou instituições locais”.

Para refletir sobre estas questões, a DGPC organiza na sexta-feira, em parceria com o jornal Público, um debate com David Santos, subdiretor-geral do Património Cultural, Luís Raposo, arqueólogo e presidente do ICOM Europa, e Rodrigo Moita de Deus, diretor do NewsMuseum, em Sintra. A sessão, moderada pela jornalista Isabel Salema, tem início às 18:00 no auditório do jornal Público, em Lisboa, com entrada livre, mediante inscrição através do endereço debates.publico@publico.pt.