O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas disse esta quinta-feira, em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, que o recenseamento automático dos emigrantes no estrangeiro vai permitir outras condições de igualdade a mais um milhão de portugueses. “Trata-se da maior mudança nas condições de cidadania dos portugueses no estrangeiro dos últimos 40 anos”, disse José Luís Carneiro aos jornalistas, à margem do IV Encontro Nacional de Gabinetes de Apoio ao Emigrante.
O regime jurídico de recenseamento de residentes no estrangeiro, que consagra o registo automático nos cadernos eleitorais aos portadores de cartão de cidadão, será submetido a aprovação, na especialidade, na comissão parlamentar dos Assuntos Constitucionais, a 24 deste mês. O automatismo automático de recenseamento permitirá aumentar o número de eleitores portugueses recenseados no estrangeiro dos atuais 318 mil para cerca de um milhão 380 mil, de acordo com o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas.
A 24 de abril último, a proposta legislativa foi aprovada, por unanimidade, em votação do grupo de trabalho para as alterações às leis eleitorais e do regime jurídico do recenseamento eleitoral. “Esta mudança vai, de uma vez por todas, permitir outras condições de igualdade entre portugueses que estão cá e que estão lá e outras condições de participar cívica e política na vida do seu país”, sublinhou José Luís Carneiro.
O IV Encontro Nacional de Gabinetes de Apoio ao Emigrante, que decorre na tarde dsta quinta-feira no auditório da Casa da Cultura de Pedrógão Grande, debate assuntos de Segurança Social estrangeira, comunitária e extracomunitária, equivalência de estudos, investimentos, dupla tributação, pedidos de colocação no estrangeiro, informação jurídica, legalização de viaturas e isenção de Imposto Automóvel e a Campanha Trabalhar no Estrangeiro.