O apelo para a mudança de comportamentos está esta terça-feira no centro das iniciativas de associações, empresas, autarquias e Governo, no Dia Mundial do Ambiente, com destaque para a luta contra a poluição pelo plástico descartável. O Dia Mundial do Ambiente, criado pela assembleia-geral das Nações Unidas em 1972 e celebrado pela primeira vez em 1974, assinala-se com o tema “Sem contaminação por plástico”, uma semana depois de a Comissão Europeia divulgar a sua estratégia para reduzir a poluição do mar.
A preocupação com a utilização excessiva do plástico por uma população que não para de crescer leva os responsáveis pelas iniciativas a pedir a redução da utilização de plástico, reutilizando-se sempre que possível os vários utensílios deste material e, quando já não têm uso, a colocação no local adequado, o ecoponto amarelo.
Em Portugal, o Governo escolheu a gestão do uso da água, a eficiência da utilização de materiais na construção de casas e a redução do consumo de plástico como temas principais da semana do ambiente, a decorrer até sexta-feira, com o ministro do Ambiente a marcar presença em eventos a cada dia, pelo país.
Nas várias iniciativas incluiu-se a apresentação do Relatório Estado do Ambiente (REA), que reúne informação acerca das várias áreas do ambiente, dos resíduos, à água, ar, ruído ou conservação da natureza. Em Torres Vedras, haverá uma festa infantil, com o tema de mobilidade suave em destaque. Esta cidade tem um sistema de partilha de bicicletas.
Na Arrábida, em Setúbal, será inaugurada uma exposição na área da conservação da natureza, sobre roazes sadinos, espécie de golfinhos que Portugal deve proteger. O ministro estará em Lisboa, onde, no final do dia, inaugura o centro de educação ambiental da Águas de Portugal com o tema “Água a 360º”, em Lisboa, onde serão referidas as linhas fortes da campanha para a poupança deste recurso, a avançar “tão depressa quanto possível”.
Dados divulgados pela ONU dizem que, a cada a ano, chegam aos oceanos oito milhões de toneladas de plásticos, o que ameaça a vida marinha e humana, além de destruir os ecossistemas.