José Peseiro é o novo treinador do Sporting, depois de a comissão de gestão ter rescindido contrato com Siniša Mihajlović. A notícia foi avançada pela CMTV e confirmada pelo Observador. A CMTV refere ainda que o contrato é válido por um ano e tem um ano adicional de opção.
José Peseiro regressa ao clube que já tinha treinado entre 2004 e 2006. Nas três épocas em que orientou a equipa principal do Sporting, o clube de Alvalade ficou uma vez em terceiro lugar (2004-05) e uma em segundo (2005-06). Não chegou a terminar a terceira e última época ao serviço do Sporting, de 2006-07, por ter apresentado a demissão ao então presidente do Sporting, Dias da Cunha.
No seu currículo sportinguista tem também uma ida à final da Taça UEFA de 2005, tendo perdido por 1-3 no estádio de Alvalade contra os russos do CSKA de Moscovo.
Dois títulos, dois grandes e o “objetivo” de treinar Benfica e seleção
Ao todo, José Peseiro tem dois títulos: uma Taça da Liga, com o Sporting de Braga, conquistada em 2012-13; e um campeonato no Egipto, ao serviço do Al-Ahly em 2015-16.
O último clube do treinador ribatejano, que em Portugal treinou o Nacional da Madeira, o Sporting de Braga e o Futebol Clube do Porto, foi o Vitória de Guimarães. Em maio, José Peseiro e o clube minhoto acordaram rescindir contrato após o Vitória de Guimarães ter terminado a época em nono lugar.
No estrangeiro, José Peseiro foi treinador-adjunto do Real Madrid (2003-04, ao lado de Carlos Queiroz) e treinador principal do Al Hilal (Arábia Saudita), Panatinaikos (Grécia), Rapid Bucareste (Roménia), seleção da Arábia Saudita, Al Wahda (Emirados Árabes Unidos), Al-Ahly (Egipto) e Al Sharjah (Emirados Árabes Unidos).
Numa entrevista em fevereiro deste ano ao Diário de Notícias, José Peseiro comentava o facto de lhe faltar treinar o Benfica para fazer o “pleno” nos três grandes do futebol português. Referiu que já tinha tido a “possibilidade” de ir para o clube da Luz, e deixou a nota: “Continua a ser uma dos meus objetivos”. Sobre a possibilidade de vir a ser selecionador nacional, respondeu de forma semelhante: “É um objetivo de carreira”.
Quando lhe perguntaram em que clube português foi mais feliz, preferiu não isolar nenhum. “Em todos tive momentos de felicidade”, garantiu. “No Sporting não venci mas estive perto. No FC Porto foram seis meses com um contexto complicado, em que era difícil ter sucesso. A felicidade não se faz só de resultados. Faz-se do trabalho, do processo, dos jogadores que treinamos, das amizades que fazemos… muitas vezes até as derrotas, que custam, trazem algo de positivo”, disse ao Diário de Notícias.