Doze rapazes, entre os 11 e 16 anos, e um adulto  estão encurraladas numa gruta em Chiang Rai, na Tailândia. Depois de 10 dias desaparecidos, foram encontrados. Contudo, agora vem o mais difícil: tirar todos da gruta – entretanto imersa em água devido às fortes chuvadas –, são e salvos. Com as chuvas na região ainda nos máximos e a impossibilitar a saída, o salvamento é uma operação que pode ainda “durar meses”.

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Um plano para retirar as crianças vai ser delineado mas, na verdade, eles estão a 2.3km, dentro de um complexo sistema de grutas”, explicou à BBC um membro da equipa internacional de resgate.

No passado, outros casos de difícil resgate debaixo de terra também levaram a salvamentos complicado. Relembramos quatro nos últimos oito anos.

O caso mais mediático de um salvamento debaixo de terra foi este, a 5 de agosto de 2010, quando 33 mineiros chilenos ficaram presos durante 70 dias. A operação de resgate foi também complicada. No final, “os 33” foram retirados recorrendo a uma pequena cápsula que atravessou um túnel de 700 metros de profundidade para salvar cada um dos mineiros.

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Só foram encontrados passados 18 dias e, depois, foi o mais difícil. Até serem salvos era preciso estarem alimentados, saudáveis e, o mais importantes, psicológicamente sãos. Nunca lhes foi dito que, no pior dos cenário, o resgate demoraria meses. A história acabou por dar um filme, “Os 33” que estreou em 2015, com maus resultados de bilheteiras.

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Dois anos depois, em 2012, no Perú, nove mineiros ficaram também presos numa mina. Ao todo foi ‘apenas’ uma semana, mas estavam desidratados e confusos. Receberam oxigénio e comida por um tubo especial que ligava a superfície à mina antes de esta colapsar. “Deixei cair lágrimas, lágrimas de alegria”, contou ao Telegraph um dos mineiros quando foi salvo.

Em 2014, mais um caso. Desta vez, em vez de ser na América Latina, foi na gruta alemã mais profunda, a Riesending. Um homem de 52 anos ficou preso e ferido na cabeça a 975 metros de profundidade. Mais de 60 pessoas estiveram nas operações de salvamento, que só foram possíveis depois de descer uma corda que foi içada à mãos pelos salvadores.

A gruta tinha água e temperaturas muito baixas, por isso, ao salvarem o homem, de apelido Westhauser, foi preciso envolvê-lo numa película de polistereno para o proteger. Ao todo esteve 11 dias debaixo de terra, até ser salvo dos labirínticos túneis da gruta.

Mais recentemente, em 2018, 950 mineiros ficaram bloqueados numa mina de ouro na África do Sul, depois de uma tempestade ter provocado um corte de eletricidade. Ficaram presos a mil metros de profundidade e, até serem salvos, foi preciso enviar-lhes água e alimentos. Ao todo estiveram mais de um dia debaixo de terra até serem içados para a superfície quando foi reparado o dano.

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Quanto à equipa de futebol tailandesa presa na gruta, ainda se está a equacionar qual a melhor solução para o salvamento. Entre um resgate já para esta semana e a possibilidade de este ser adiado “vários meses”, são muitas as dúvidas em cima da mesa. A idade e condição física dos jovens, além do complexo percurso dentro da gruta em águas lamacentas, tornam a operação de resgate num quebra-cabeças para os inúmeros peritos que estão a trabalhar para salvar os rapazes.