Os guardas-florestais iniciaram às esta sexta-feira uma greve de três dias, exigindo suplementos de ordenado, descongelamento de progressões e promoções e a integração de cerca de 200 trabalhadores.
A greve foi marcada pela Federação dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais e termina às 24h de domingo, estando marcada para a manhã de hoje (11h) uma concentração à porta do Ministério da Administração Interna.
A Federação acusa o primeiro-ministro de não cumprir a promessa de integrar mais de 200 trabalhadores em abril, e diz também que foi António Costa, quando foi ministro da Administração Interna (2005 a 2007), quem extinguiu a carreira dos guardas-florestais.
Orlando Gonçalves, dirigente da comissão executiva da Federação, disse recentemente que atualmente há 307 guardas-florestais em Portugal (130 no Norte, a região com mais efetivos), mas que há 25 anos havia cerca de mil, um número que a estrutura sindical, da CGTP, defende que deve ser reposto. “O Governo continua, teimosamente, a recusar a atribuição dos suplementos de função e de escala aos guardas-Florestais do SEPNA/GNR, perpetuando a injustiça resultante de estes terem deveres específicos e funções idênticas às dos militares da GNR adstritos ao SEPNA, mas remunerações que, em média, são 350 euros mais baixas que as daqueles”, diz a Federação em comunicado.
O Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR tem como missão zelar pelo cumprimento da lei no que se refere à conservação e proteção da natureza e do meio ambiente.
Segundo a Federação o Governo não aceita incluir os suplementos remuneratórios aos guardas-florestais, que era uma forma de acabar com a discriminação.
“Depois de conseguirmos alcançar o fim da extinção da carreira, precisamos de prosseguir a luta pelo direito aos suplementos remuneratórios”, diz o comunicado.