A taxa de desemprego atingiu os 6,8% em julho, de acordo com a estimativa provisória do Instituto Nacional de Estatística (INE), mantendo assim a mesma taxa que se havia registado em junho, neste caso já valores definitivos. Estas são as taxas mais baixas desde setembro de 2002. No entanto o número de pessoas desempregadas pode ter aumentando em julho, o que, a confirmar-se no próximo mês, será a primeira vez que isto acontece desde agosto de 2016.

Os dados divulgados esta quinta-feira, confirmam que a taxa de desemprego desceu durante o mês de junho, mas não tanto quanto se antecipava há um mês pelo INE, quando o Instituto estimativa que a taxa de desemprego tivesse descido dos 7% em maio para 6,7%.

As revisões dos últimos dados são normais, e até frequentes, e foi isto que aconteceu este mês quando o INE reviu os dados para o mês de junho, dizendo que afinal a taxa de desemprego desceu para 6,8%, mais uma décima que o antecipado. Ainda assim, esta é a taxa de desemprego mais baixa desde setembro de 2002.

Já em relação ao mês de julho, cujos números são ainda provisórios e podem ser revistos com os dados do próximo mês, a estimativa do INE é que a taxa de desemprego se tenha mantido nos mesmos 6,8%.

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No entanto, os dados (ainda provisórios) para o mês de julho apontam algumas diferenças face ao que terá acontecido no mês anterior. De acordo com o INE, já que a taxa de desemprego se mantém, mas com uma nova redução da população ativa, uma tendência que se vinha a manter este ano, mas que foi interrompida em junho. Mas o aumento da população ativa, que serve de base para o cálculo da taxa de desemprego, que aconteceu em junho terá desaparecido quase toda em julho.

Em julho, 7,1 mil trabalhadores terão deixado de contar para a população ativa (o que pode acontecer por várias razões, como a emigração, reforma ou por passarem a ser considerados desencorajados) em comparação com o mês de junho. Face aos dados de há um ano, há menos 6,4 mil trabalhadores considerados como parte da população ativa.

Os dados mais recentes demonstram também uma redução da população empregada — menos 7,6 mil trabalhadores –, e também um aumento, ainda que residual, no número de pessoas desempregadas, de 352,4 mil para 352,9 mil.

O aumento é muito diminuto e ainda terá que ser comprovado nos próximos dados, mas caso assim aconteça, esta será a primeira vez que a tendência de crescimento continuo que se tem verificado desde setembro de 2016 seria interrompida.

Em julho deste ano havia menos 106,8 trabalhadores desempregados que há um ano, altura em que 459,7 mil trabalhadores se encontravam numa situação de desemprego. A taxa de desemprego era de 8,9%, contra os 6,8% registados em julho deste ano.

Neste período, a economia criou 100,4 mil empregos, registando aumentos mensais em todos os meses, com exceção de este último.